Capítulo 2

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Isabella 

Sinto pequenos calafrios em meu nariz, depois em minha boca para logo está sentindo todo o meu rosto formigar. Com uma vontade de gritar merda, eu desperto. Olho injuriada para todos os lados a fim de matar quem teve a coragem de me acordar.

Nenhuma alma viva.

Será que foi algum fantasma? Não. Eu não acredito nisso. Para mim, somente os vivos fazem mal.

Então percebo que a grande janela, que vai do piso até o teto, está aberta e o vento travesso de uma figa, foi quem tirou-me do melhor do meu sono. Ah, peste. Bufo contrariada. Ninguém merece ser acordada. Ainda mais em pleno sábado. Quando tenho aqueles minutos a mais de sono, quando não tenho que me levantar para ir trabalhar.

Estou igualmente aquele meme: Acordei, mas não recomendo.

Com a expressão fechada, tiro o grosso lençol do meu corpo nu e começo a buscar Mateus no quarto. Olho de novo na cama, para ver se não tinha ficado louca e meu marido tivesse passado despercebido por mim, mas somente encontro o lugar mais vazio e remexido. No banheiro, somente a bancada toda remexida e algumas toalhas e cremes de cuidados no chão.

Hum...

Como fumaça minha raiva se dissipa, sendo substituída por um frio gostoso na barriga. Identificado por mim como: Tesão. Deus! Aqui cabe uma dica para vocês, fodam, fodam muito com seus maridos ou namorados no banheiro. Não é coisa desse mundo. Parece que vamos subir nas paredes de azulejos feito uma lagartixa em uma parede quente. E continuando no reino animal, ainda somos capazes de nos transformarmos em uma escandalosa rã, com nossa abertura excessiva de pernas. Mas juro, ninguém irá se arrepender.

Mas não é hora das lembranças pecaminosas.

De volta ao quarto, eu chamo:

— Mateus...

Nada.

— Amor meu...

Somente o silencio.

Onde será que ele se meteu? Depois de ter tirado meus couros ontem, de termos feito mais posições que as do Kama sutra. Acho que irei até mesmo lançar o Kama Teus. Tenho certeza de que o livro esgotaria assim que fosse lançado. De ter contorcido meu corpo mais que o acrobata do Cirque du Soleil naqueles tecidos. Imaginei que ele estaria cansado e ainda permaneceria roncando ao meu lado na cama, fazendo de tudo para estar me esmagando com seu corpo grande.

Eu sei, estou exagerando. Ele não ronca. Mas que ele só sabe dormir colado a mim. Ahh... isso é de todas as noites.

Falando em ronco. Jesus, Maria e José. Minha barriga faz o barulho de mil rinocerontes selvagens prestes a atacar. Em seu ápice de fura, sinto meu estomago arranhar, como se fosse o chifre do animal no chão, resmungar alto, parecem que dezenas de ascáridas se atiram, furiosas, numa luta desesperada, contra as paredes do meu intestino.

Credo que fome!

Dou dois passos decidida a vestir algo que cubra meu corpo nu e ir atrás de alimento, mas de repente, escuto um barulho, viro e vejo a porta do quarto se abrir.

Então, estanco. Agora prestem bem atenção no que vou descrever:

Mateus, nu, igualmente veio ao mundo. Espera! Claro que um pouco mais evoluído. E que prosperidade. A começar pelo seu corpo. Jesus! O homem é quase do tamanho de um cavalo puro-sangue (sim, eu ainda chamo de cavalo, mas agora diria que pelo bom motivo, se é que me entende). Mas voltando. O peitoral dele, faz inveja para qualquer lutador de muay thai. O abdômen, tão duro quanto uma pedra. Cada gominho de sua barriga, parece que foi especialmente desenhado para causar frisson nas mulheres, especialmente na língua que quer lamber cada um deles incontáveis vezes. As pernas torneadas e grossas, para sustentar toda magnitude que é seu corpo. O rosto, esse nem se fala do quão é belo. E por último, não menos importante, seu majestoso membro. Que só de vê-lo agora, já me sinto úmida. Pronta para dá uma de lagarã(sim,eu inventei um nome para abreviar o lagartixa com rã), de novo.

Bodas de Algodão : Conto de A Esposa Virgem - COMPLETA ATÉ 20/01Onde histórias criam vida. Descubra agora