Capítulo 4

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Mateus

— Você está linda — elogio Isabella.

— Obrigada. Você também está muito encantador.

Ela fala simples, então se posiciona na frente no espelho.

Então fico olhando, pelas minhas contas, por a milésima vez para minha mulher, que está toda concentrada em arrumar seus belos cabelos marrons em um penteado frouxo e metade preso somente de um lado, o que deixa toda amostra suas costas, devido ao decote de seu vestido branco, escolhido por ela para nosso simples jantar para os nossos familiares em comemoração ao nosso aniversario de dois anos de casamento.

Tento buscar seus olhos no reflexo, mas ela desvia o seus como fizera a semana toda. Me evitando. A nossa conexão está perdida desde segunda, o dia que ela simplesmente saiu da construtora para um lugar desconhecido por mim até agora, pois ela se nega a falar. Quando cheguei em casa aquele dia, ela parecia nervosa, arrisca e até mesmo parecia que tinha chorado. E por mais que eu perguntasse a cada oportunidade o que a tinha deixado assim. Sempre a mesma resposta. Nada.

No entanto, eu sabia que o nada de uma mulher, sempre quer dizer um trilhão de coisas.

E não vou mentir, por mais que eu confie nela. Todas essas suas atitudes estranhas estão me deixando desconfiado, muito mais nervoso. Com medo, medo de que ela possa ... Melhor não pensar.

— Vou descer para receber nossa família — digo, quando ela começa a passar um batom rosa em seus lábios.

Ela acena com a cabeça. Eu queria ficar aqui, com ela, mas eu não queria dar motivos para estragar a nossa noite. Pois de fato, eu poderia continuar minhas perguntas e ela poderia ficar nervosa e chorosa como tem ficado por qualquer motivo banal. Mas prometo a mim mesmo. Eu iria esperar por mais essa noite, depois não descansaria em descobrir o que estaria acontecendo.

— A espero lá na sala de estar.

Novamente ela não responde. Melhor ir logo. Dou passos em direção a saída de nosso quarto, mas antes de sair, ela me chama:

— Mateus ... — viro-me em seu sentido — Hoje nossa noite será perfeita. E mais uma vez agradeceremos a Deus e todas obras do destino que nos uniu. Eu te amo.

E como passe de mágica. Meu medo e nervosismo dão lugar ao sentimento que descobrir com ela: amor.

— Te amo — sopro um beijo para ela.

Isabella volta se maquiar, enquanto agora eu saio para sala, com um sorriso bobo nos lábios e coração quente.

****

Já no andar debaixo, recebo a senhora Eva e Julinho, com um abraço e beijo em minha sogra e um toque especial com meu cunhado. Em minha mãe dou um beijo em sua testa e um leve abraço rápido em papai.

— Que felicidade ter todos vocês aqui nessa noite tão especial para mim e minha esposa — digo, comovido. Por que, quem poderia imaginar que um homem como eu, estaria aqui e agora comemorando dois anos de casado, ainda mais quando fora obrigado a casar?

— Não perderia isso por nada — mamãe dita serelepe. E todos sorriem.

— Nós que ficamos felizes em poder celebrar o casamento com vocês, meu filho — papai, enaltece, sábio. — É um orgulho para mim está aqui.

E silenciosamente eu agradeço a esse homem, como tenho feito sempre, por ter imposto sua vontade contra minha vida.

— Onde está minha filha? — minha sogra pergunta.

Bodas de Algodão : Conto de A Esposa Virgem - COMPLETA ATÉ 20/01Onde histórias criam vida. Descubra agora