Papai Noel Do Mal

Capítulo 4 - Alice

                                               Inglaterra, Londres, 1859

Dorian lia atentamente o livro é o estudava diversas vezes, com extrema atenção. Em cada palavra e em cada segundo, tudo o que ele lia ele aprendia e se perguntava se estivesse em um pesadelo ou coisa do tipo.

Um pesadelo muito cruel e mortal, mas não era o caso, Dorian não sentia mais os prazeres da vida, não se cuidava mais, a barba estava toda entrelaçada, suas roupas fediam, e seu hálito era insuportável.
Ele não ligava mais para a sua própria higiene, sua única preocupação era com o mostro do natal.

Apos ler o livro da primeira folha ate a ultima, mais de sete vezes, ele descobriu algumas coisas sobre o Drokian. A criatura vem apenas uma vez por ano de seu mundo par o nosso, e sempre vem a procura de uma criança com a idade de sete anos. Por que sua pureza acaba a partir dessa idade, e é nesse momento que acontece a transição e que gera uma energia espiritual muito grande, gerando o principal alimento do Drokian.

Drokian, criatura das trevas conhecido por sugar almas de crianças puras e inocentes.
Através de vários dias de estudos, ele chegou a adivinhar onde o Drokian atacaria, uma semana antes.

Era um menino de sete anos, que morava com sua avó em uma casa nos subúrbios da gigantesca cidade de Londres.
Durante esses dias, Dorian cercou a casa e esteve se acostumando a rotina da família, seus hábitos e suas manias, enquanto isso escrevia runas em volta da casa, um tipo de magia antiga que no livro ensinava, uma que fosse possível que a criatura entrasse e não conseguisse mais sair, um tipo de armadilha.

Finalmente a noite de natal chegou, no dia anterior, na véspera de natal, Dorian havia comprado uma arma e munição de prata, a única coisa que poderia matar seres espirituais.

Aquela noite como de costume nevava muito, telhados cobertos por neve cor de nuvens, chaminés de grandes fabricas que trabalhavam sem parar todas as noites,  agora finalmente descansavam das duras jornadas.
Todos os homens e mulheres da cidade, se reuniam em suas casas, para a grande ceia de natal, uns possuíam muito, outros quase nada, mas todos tinham o espirito natalino quente em seus corações.

Muitos cumprimentavam Dorian quando passavam por ele, e para não levantar suspeitas ele sempre acenava para eles.
Horas se passaram e Dorian já estava impaciente olhando pela janela, se perguntando por que o Drokian não havia aparecido.

Ele tentou se lembrar das preferencias da criatura, e quanto mais se perguntava, menos ele entendia, ate que viu o garoto levantar do sofá durante a noite e vim ate a janela.

Ele abriu a janela fazendo o ar quente da casa afagar o frio gélido que Dorian sentir por estar no frio por tanto tempo.
— Moço, você é o Papai Noel?
Dorian for ou um sorriso, fez que não com a a cabeça.
— Garoto, em que mês você nasceu?
Ele olhou para o lado como se estivesse pensando.
— Minha vó me disse que eu nasci em Março, mas fui registrado só em Abril.

Sem nem se despedir Dorian saiu correndo desesperado, ele enfim entendeu seu erro, era comum que as pessoas somente registradas seus filhos depois de um mês, durante o batismo isso o fez lembrar de coisas que fizeram ele sentir um gosto amargo na boca.

Ele corria, mas a neve não deixava que ele se movimentasse com facilidade, sua respiração ofegava, ele trombava e caia sobre pedras a todo momento, mas não desistiu, pois ele sabia quem o Drokian viria atrás.
O rosto de Dorian estava branco, não era pela hipotermia que estava tendo por causa do frio, e sim pela chance de alguém muito querido para ele ser levado pelo Drokian.

Apos alguns minutos de muito esforço para chegar na casa, ele chegou na janela com muito esforço a forçou a abrir, quando vou o que mais temia, Alice de mão dada com o Drokian.
Ele entrou correndo e tudo que pé e ver foi o sorriso dele, antes de envolver Alice em sua capa negra sumir dentro da chaminé.

Dorian, mesmos com os dedos esbranquiçados pelo frio da noite, se arrastou e entrou na chaminé, e subiu ela por dentro, colocando os pés em cada canto em extrema agonia.
Não iria perder sua filha também para o monstro, ele jamais se perdoaria se isso acontecesse.

Quando chegou no topo, pode ver o que seria um tipo de portal, ele sem medo enfiou sua mão ate que o portal se fechou, mas antes pode ouvir Alice gritar por ele.

— Papaiiiiii — e o silencio reinou, e Dorian caiu do topo da chaminé ate o chão, mas graças às roupas grossas de inverno ele não se feriu durante a queda.
Não podeis ser o mesmo dito sobre seus dois dedos de sua mão esquerdas, o portal quando se fechou, cortou os dedos de Dorian.

O sangue jorava de sua mão e enfiam uma mão debaixo do casaco ele retirou o que seria um tipo de pano e estancou o sangramento.
Sabe umas desciam de seus olhos, e não era pela dor de sua mão e sim pela dor da perda de suas filha.

Margaret apareceu de camisola, perguntando o por que dele estar ali.
— Alice… — ele percebeu a expressão no rosto de sua ex esposa, e entendeu na mesma hora.
— Quem é Alice.
Ele olhou para a mesa e viu novamente outro presente em cima da mesa, um que seria o que ele mais temia, se levantando ele pegou o presente embrulhado e saiu pela porta sem dar sequer satisfação para Margaret.

Ele pode ouvir ela dizer algumas coisas, mas sua sede de vingança estava mais forte do que nunca agora, ele estava mudando e se tornando uma pessoa totalmente fria e calculista a partir daquele momento.

— Não volte mais aqui ou vou chamar os guardas reais, você entendeu, seu maluco — o barulho da porta sendo fechada com força foi a única coisa que ele pode ouvir.

Dorian sabia que precisava encontrar aliados e que sem eles não conseguiria matar aquela coisa.
Ele olhou para o presente embrulhado e decidiu abrir depois, pois queria estes preparado, por saber o presente que seria.

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