Capitulo 2 - O Delírio

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                                                 Londres, Inglaterra - 1853

Dorian estava desesperado largando o candelabro de velas no chão sem se importar onde havia jogado as velas.
Saiu correndo em direção da chaminé e bateu de frente contra ela, sem se importar com a dor ele entrou na lareira mesmo com as brasas quentes que ainda pulsavam de calor em suas costas.
— Thomasssssss — ele gritou desesperado atrás de um sinal de vida de seu filho, mas não teve nenhuma resposta do fundo da passagem escura e suja de carvão de anos de uso.

Quando Dorian olhou bem no fundo viu o que achou ser um tipo de luz, no caso varias luzes, como um céu estrelado , mas como isso seria possível, se no alto da chaminé era totalmente lacrada.
Dorian perguntou para si mesmo se estava louco, coçou os olhos e se arrependeu desse ato, por piorar sua visão já que suas mãos estavam imundas.
Ao olhar de novo para as luzes, notou que elas desapareceram lentamente ate sumirem por inteiro.

Dorian saiu da chaminé, ele estava sentindo um calor insuportável vinda de dentro da casa e percebeu que havia derrubado o candelabro na cortina e que o fogo agora se espalhava por toda a casa.

A fumaça obrigou Dorian a tampar a boca para fugir da cortina de cinzas.
Quando ele olhou para a o lado viu sua mulher gritar com a criança no colo.
— Se salve, Margaret — gritou para a mulher.
— E você? — ela perguntou com os olhos lacrimejando.
— Eu dou um jeito — logo em seguida ele olhou para a mesa e viu algo de estranho, parecia um presente embrulhado em uma caixa, de um tamanho ate que pequeno.

Dorian pegou o presente e pulou pela janela, que se partiu em vários pedaços.
Quando ele se levantou olhou para trás e notou o seu lar em chamas, e sem poder fazer nada ao não ser olhar o que um dia foi o lugar mais feliz de sua vida.

Ele enfim encontrou sua mulher que o abraçou fortemente.
— Margaret, alguma coisa levou nosso filho.
A mulher parecia surpresa e sem entender o que estava acontecendo.
— Dorian, não temos um filho.
O homem robusto e corpulento agora parecia mais alguém fraco e sem esperança. Seus olhos se escureceram com a ideia de que estivesse louco e paranóico.

— Thomas foi levado, temos que salva-lo — ele começou a correr em direção da casa em chamas, mas foi parado por um guarda da corte que o esbofeteou no rosto.
— Se comporte homem, você é o joalheiro real, não vá perder a cabeça só por que sua casa entrou em chamas.

Dorian olhou para seu velho amigo sabendo que estava cansado demais para continuar a lutar contra aquilo.
— Mas meu filho? — perguntou Dorian olhando para baixo, e levando as mãos aos olhos para proteger o chão de suas lagrimas.

— Dorian, você não tem um filho, só sua esposa que esta atrás de você assustado com seus delírios.
Aquilo nocauteou Dorian que o fez finalmente aceitar o inevitável de que ele estivesse louco e por fim ele aceitou o fato que precisava de ajuda.
                
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Meses depois Dorian, Margaret e a pequena Alice estavam morando em outra parte da cidade de Londres, apos o rainha em pessoa sentir pena do relojoeiro e lhe proporcionar uma moradia em um lugar muito mais privilegiado, perto do Palácio Real.
Dorian possuía tudo o que mais queria, sua família de volta, mas as lembranças de Thomas não desapareciam e os sentimentos que sentia também não.

Ele não entendia o por que somente ele se lembrava de Thomas, fez varias teorias, mas nenhuma parecia ser convincente o suficiente para fazer alguém acreditar em sua historia então ele mantia esse segredo para si todas as noites em que ia se deitar.
E durante todas as noites ele acordava assustado, sempre com o mesmo pesadelo o acordando durante a madrugada escura e gélida da noite.

Em uma dessas noites e arriscou fuçar a única coisa que o fazia acreditar em sua própria loucura.
Ele desceu as escadas ate o porão de sua casa, lá encontrou o que seria uma caixa de objetos comuns, e de dentro retirou o presente que seu maior pesadelo havia deixado como prova de sua existência.

Desde tudo o que havia acontecido ele jamais havia aberto o presente, faziam meses e nunca Dorian teve coragem disso.
Ele respirou fundo e retirou o laço — o que é isso — Dorian ficou surpreso por achar dentro o que menos esperava.

Era o dedo pequeno e seco com se tivesse todo sido absorvido por alguma coisa igual as raízes de uma arvore velha, que deixou Dorian enjoado.
Havia um símbolo entalhado parte superior do dedo indicador. Dorian se perguntou o motivo e razão por ter aquilo ali dentro e finalmente tomou a decisão mais importante de sua vida.

— Juro pela minha vida que não vou deixar que Thomas seja levado, eu irei te caçar e vou te matar. Apartir de hoje eu vou fazer o que for necessário para encontrar pistas sobre você, isso é uma promessa eu garanto.

Após fazer uma promessa para si mesmo ele guardou o dedo medonho, e voltou para seu quarto de deitando com sua esposa.

Aquela noite enquanto sua mulher roncava profundamente, Dorian arquitetou um plano, um que mudaria sua vida de pernas por ar, mas se ele estava disposto a arriscar sua vida, ele faria o que fosse necessário para encontrar seu filho.

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Espero que estejam gostando desse livro, e agradeço a todos que deixem sua curtida caso gostem.

Papai Noel Do MalOnde histórias criam vida. Descubra agora