♤Doces manhãs de neve♤ 1/2

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*(S/n);Seu nome

*(S/s);Seu sobrenome
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Não, ela não estava olhando para ele, estava? Não! Yato havia dito que não era impossível, mas que logo o esqueceria. Então por que ela fazia isso? Por que ele fazia isso?

Era a mesma coisa todos os dias em que a neve resolvia cumprimentar as manhãs frias de inverno. Ela ficava atrás do balcão protegida do frio pelo aquecedor que jorrava ar quente por todo o ambiente, lembra-se perfeitamente que foi por isso que Yato sugeriu que entrassem na primeira vez em que pisou no local, ela estava lá e os recebeu com um sorriso, que o loiro julgou ser destinado ao senhor que estava logo atrás deles.

Mas percebeu com o tempo que aquele lampejo de alegria poderia ser destinado exclusivamente para ele, mas custava a acreditar nisso. Afinal ela só ficava lá parada, encolhida embaixo da blusa de lã, as vezes trocava algumas palavras com os garçons ou com o caixa, algo dentro dele se contorcia toda vez que alguém a tocava, como sentia inveja deles.

O loiro sempre sentava próximo às janelas, mesmo que não fosse ele o motivo dos seus sorrisos ele poderia fingir que sim, não é? Que mal havia nisso? Viu-a se afastar do balcão, era hora de ir. Acompanhou com os olhos ela pôr o casaco e esconder os fios (cor do cabelo) dentro do gorro.

Sua mão agarrou a maçaneta, mas algo a impediu de girar, não podia ir embora, não assim. Afastou a mão da porta e caminhou até a mesa onde ele estava com um sorriso radiante no rosto sentou em frente ao garoto, as mãos tremiam levemente enquanto apertava as luvas, respirou fundo e estendeu a mão.

-Me chamo (S/n) (S/s)! _Disparou alegremente.

Yukine congelou no lugar enquanto contemplava seu lindo rosto de perto, você era realmente muito linda.

-Aaaah... _ Ela o assustava com tamanha calorosidade, mas aquilo não era nada comparado ao fato de ouvir sua voz tão perto de si, direcionada exclusivamente para ele.

Era demais! Achava que era impossível e não viu outro jeito para lhe dar com aquela euforia repentina a não ser sair daquele lugar às presas. Tropeçou nos próprios pés quando chegou a calçada, arrancando uma risada nasal da garota que o via através das portas de vidro do estabelecimento.

Uma parte de si ficou triste com aquela reação, mas a outra sabia que ele voltaria, bastava apenas que o tempo colaborasse, a neve cairia lá fora e ele estaria lá sentado a mesma mesa de sempre. Arrumou o gorro na cabeça, pôs as luvas e saiu do local satisfeita pelo o que havia feito.

[...]

-Burro! Burro! Burro! _Dizia a si mesmo enquanto batia na própria cabeça.

Por que diabos havia fugido? Ela só queria que soubesse seu nome. Nada demais, não? O mínimo que podia ter feito era revelar seu nome antes de sair correndo feito um covarde. Nunca diria isso a Yato, ele iria tirar sarro da sua atitude até o resto da sua vida, talvez contasse a Hiyori, sem sombra de dúvida, o que ela dissesse seria mil vezes melhor do que qualquer coisa que saísse da boca daquele deus fajuto.

-(S/n)... (S/s). _Pronunciou com dois dedos sobre os lábios sentindo os movimentos que eles faziam ao dizerem algo tão lindo quanto seu nome.

Sorriu sozinho sentindo-se a pessoa mais sortuda do mundo por ter tido sua atenção mesmo que por poucos instantes. Ficou lá na calçada do hotel do outro lado da rua por algum tempo até ver a figura que tanto assombrava sua mente abandonar o estabelecimento dando um tchauzinho para alguém lá dentro.

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