O pequeno Deus do Lótus e o Imperador de Barriga Preta[TGCF]

Arco 1:Talismãs para todos os lados!

[Capítulo ainda não revisado, perdoem essa autora por qualquer erro.
E Boa Leitura (/^.^)/*.°•]

O pavilhão principal era silencioso, com apenas o som das folhas balançando ao vento, e de um pequeno grilo solitário escondido em algum canto do jardim para serem ouvidos.

Os dois Deuses seguiam a Matriarca do clã de perto durante todo o caminho até um cômodo reservado em que pudessem conversar sem ter a preocupação de serem interrompidos.

Servos andavam para lá e para cá, agitados e inquietos, suas cabeças sempre baixas.

Cochichos e mais cochichos eram ouvidos sempre que as três figuras passavam por uma dupla ou grupo desses serventes.

HanXu com sua natureza curiosa tentava ouvir o que era dito - Mesmo que não houvesse muito sucesso em suas tentativas - e no máximo conseguia ouvir frases soltas como "Cultivadores?", "O que ela pretende fazer com eles?".

Sua insatisfação com suas tentativas falhas de ouvir o que era dito ficou logo aparente em sua face, mas que num instante foi substituída por uma expressão pensativa.

"O que houve?" Jun Wu pergunta num tom baixo, e olha para o jovem Deus que mantinha as sobrancelhas levemente franzidas.

HanXu não teve muita chance de responder, pois a Matriarca para com seus passos e se vira para eles, "Acredito que vocês aindam não tenham achado uma pousada para ficar, espero que aceitem meu convite para ficarem por aqui." Um Servo abre a porta da construção à frente e um belo e arrumado aposento pôde ser visto.

"Por favor, sintam-se em casa, espero que gostem de seus aposentos, é o mínimo que podemos fazer por aqueles que vieram nos ajudar." Com um gesto da mulher, os dois homens entram, "Agora, vamos falar sobre o que está acontecendo na cidade."

Ela pega numa bela chaleira, delicada e requintada, e serve a todos com chá antes de continuar.

"Nossa cidade sempre foi muito estável monetariamente, e muito popular, essas ruas eram cheias de vida durante o dia, pessoas de todos os lugares vinham para cá atrás de nosso belo Jade. Somos de origem pesqueira, e vivemos principalmente da venda de Peixes para a Capital e Cidades ao redor, porém, a mais ou menos cinco meses atrás, um terrível Espírito Maligno - não, aquilo só pode ser um demônio - apareceu por aqui e trouxe problemas para nós."

Suas sobrancelhas apertam, e a mão que segurava a xícara treme levemente.

"Com sua chegada, vários Demônios D'Água também vieram, e poluiram nosso rio com sua Energia Maligna, espantando todos os peixes e deixando nossas águas escuras e perigosas, vários moradores acabaram morrendo antes que percebecemos o que estava realmente acontecendo. Achamos que isso era o pior que poderia acontecer mas... Foi aí que Espiritos Malignos apareceram em nossas Minas de Jade."

"Matriarca Fu, o que esses Espíritos fazem?" HanXu tolamente pergunta colocando sua xícara de chá sobre a mesa.

"Eles causam tantos problemas, são seres terríveis ah! Com a presença deles por lá, não podemos coletar nosso Jade, e ainda ficamos sem nossos peixes por conta dos Demônios D'Água, o que será de nossa cidade se isso continuar?" Ela faz uma pausa, o olhar escurecendo.

"Mas isso não é o pior de tudo. Esses Espíritos Malignos das minas, eles assombram até a loucura quem quer que se aproxime das áreas de mineração, minha neta - a jovem que viram a pouco - está sendo perseguida por um no momento... Ah eu não aguento vê-la sofrendo dessa forma!"

A mulher de fios grisalhos põe a mão em frente a boca, as sobrancelhas tricotando fortemente enquanto a outra mão apertava o tecido da roupa refinada e elegante sobre o peito, sua figura toda demonstrava angústia e seus olhos brilhavam com um leve desespero.