Segredos em soneto

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Um segredo é revelado;
Quando a solitária noite faz pulsar em meu peito o vazio da desesperança, começo a recitar sonetos.
São simples e vezes confusos, mas do puro gosto do sentir, tornam-se únicos.
Nunca os torno a repetir, não por promessa, mas por esquecê-los quando termino de citá-los.
São segredos singelos, lançados ao vento e amontoados no porão do esquecimento.
Resquícios de alguns tornam-se poesia. Lamento, em curtos momentos, não ter a quem apresentá-los.
Talvez a prova de maior fidelidade do meu amor, seja um dia dividir, com quem desejar ficar, a tempestuosa aflição de desfazer-me em versos.

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