Capítulo Três

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Assim que acabei de me vestir, desci as escadas abaixo. Encontrei Keyla no colo de George e ambos sorriam brincando de um jeito esquisito. - Bom dia! - Cumprimentei-os correndo em direção à porta. A abri e puxei André pela mão, fechando a porta logo à seguir.

- Calma, amor. - Ele sorriu de lado. Cobriu meu rosto com as suas enormes mãos e depositou um selinho em meus lábios. Seu beijo me deixou tranquila por poucos segundos. - Bom dia, Senhor! - Cumprimentou George, que logo respondeu.

- Faltam poucas horas para a consulta. - Falei.

- Eu sei. Você me relembrou disso toda noite. - Murmurou com o olhar fixo no meu. - E uma parte do dia de hoje. - Sorri sem graça. - Respire fundo, vai. - Puxei para dentro a máxima quantidade de ar que consegui e logo empurrei de volta. - Isso! Agora me cumprimente como deve ser! - Sorri boba envolvendo seu pescoço com os meus braços. Ele cobriu minha cintura com suas mãos e me puxou para si. Aproximei nossos rostos, nos beijando.

- Meninos, por favor! - Ouvi meu padrasto dizer com uma risada. - Não é o tipo de cena adequada a uma criança de um ano, não acham?

- Só mais um pouquinho. - André disse durante o beijo. Sorrimos e logo paramos o beijo. Ele me deu um último selinho. Sorri e o afastei. Mordi o lábio observando seu sorriso estampado no rosto.

- Andéeee! - Berrou Keyla chamando pelo meu namorado. Assim que ele a viu, se dirigiu para ela e pediu permissão ao George para pegá-la.

- Pequena! - Sorriu. A atirou para o alto a segurando quando desceu. Deu um selinho em seus lábios e ela lambeu a ponta do nariz de André. Típico de Keyla. Sabe se lá quantos narizes ela já lambeu.

- Não é o tipo de cena adequada a sua namorada, não acham? - Fingi estar brava cruzando os braços. André e George sorriram. E assim que eu sorri também, Keyla caiu na risada. Me dirigi até ela e apertei suas bochechas. - Cadê minha mãe, George?

- Supermercado. - Respondeu, se levantando do sofá. - E eu e a Keyla precisamos ir ao banheiro. Vou banhá-la. - Ele falou e logo Keyla levantou os braços em direção ao George. Como se entendera o que ele dissera. - Posso roubá-la de você?

- Sim. Parece que ela já não me quer mesmo. - André disse. George pegou Keyla, a segurando no colo.

- Boa sorte na consulta, Rose. - Ele falou com um sorriso. Retribuí com um sorriso de agradecimento. George deu de costas e logo subiu as escadas com Keyla.

Senti meu celular vibrando no bolso traseiro das minhas calças e logo o tirei. Havia recebido uma mensagem de Vanessa. Desbloqueei o celular e abri a mensagem:

"Hey Vadia! Me encontre no Hospital, não vou puder passar aí.

XoXo, Van"

Bloqueei o celular e voltei o colocando no bolso traseiro. Suspirei fundo e olhei para André. Ele me abraçou acariciando meus cabelos. Depositou um beijo no topo da minha cabeça e por alguns segundos, fechei os olhos. - Lembre-se que está fazendo isso por nós. - Sussurrou e eu assenti. A verdade é que eu vou fazer isso mais por mim do que pela gente.

...

- Como se chama, por favor? - Perguntou a recepcionista. Era uma senhora ruiva e estreita, com os seus quarenta e tal anos. Usava óculos redondos no rosto e aparentava ser simpática. Visto que a simpatia é uma obrigação nesse cargo, pode ser que seja apenas aparência mesmo.

- Rose Santiago.

Ela assentiu com os olhos vidrados na tela do computador. Meus dedos batiam freneticamente sobre o balcão cinza da recepção. Podia ser por nervosismo, receio, ou até mesmo ansiedade. Porque raios a minha mãe nunca me levou à um Ginecologista? Talvez se eu já tivesse ido a um, não estaria conforme estou neste exato momento. Nervosa, receosa, ansiosa. E a única parte não ruim é que as palavras rimam.

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⏰ Última atualização: Nov 19, 2014 ⏰

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