Cap1. Back to Riverdale

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Elizabeth

  Numa tentativa de me manter equilibrada ao sentir as minhas pernas começarem a tremer, apertava com mais força as minhas mãos contra a parede húmida, o meu corpo começava a ceder eu sentia-me no meu limite pelo menos pela terceira vez. Sweet Pea mantinha o seu corpo atrás do meu, sentia o seu peito molhado contra as minhas costas geladas, as suas mãos seguravam firmemente a minha cintura ajudando-o com os movimentos cada mais fortes e acelerados dentro de mim. Os gemidos eram cada vez mais altos, a respiração descontrolada e num ápice os dois corpos satisfeitos separavam-se.

  O meu olhar pousou sobre o rosto do moreno agora na minha frente, ele humedecia os lábios com a sua língua ainda com as mãos na minha cintura, aproximou-se e tocou os meus lábios delicadamente acarinhando-os com os seus. Eu correspondi da mesma forma delicada ao seu beijo, abraçando o seu pescoço com os meus braços, os meus dedos brincavam com as pontas dos seus cabelos negros. 



  - Tenho uma coisa para te contar. - Pea olhava para mim enquanto eu cobria o meu corpo com uma camisola branca e uns calções de ganga. 

 - Sim, diz-me. - sorri encorajando-o a falar, a sua expressão era mais séria do que eu gostaria que fosse. 

 - É que ... - ele caminhou até á ponta do meu quarto onde eu me encontrava, pegou o meu casaco com o símbolo dos Serpents e colocando-se atrás de mim ajudou-me a vesti-lo. As suas mãos agarraram o meu cabelo retirando-o de dentro do casaco. Eu mantinha o meu olhar no espelho na nossa frente apreciando cada movimento de Pea através dele. - Disseram-me que o Jughead está de volta a Riverdale. - ele murmurou depositando um beijo na pele delicada do meu pescoço e afastou-se.

  Acho que Sweet Pea conseguia ouvir o bater descompensado do meu coração se tivesse um pouquinho mais perto de mim, tentei disfarçar o efeito do que ele acabara de me dizer e então rodei o meu corpo sobre os meus pés ficando de frente para ele. Sorri de forma fraca pousando as mãos sobre o seu peito antes de ganhar coragem para dizer alguma coisa.

 - Sweet, eu não quero saber do Jones. Ele ter voltado não muda nada, pelo menos para nós dois. - eu queria acreditar no que eu própria dizia, aproximei os meus lábios e depositei um breve beijo sobre a sua boca fina. 

  Pea não disse nada, eu respeitei isso. Sei perfeitamente o quanto isto pode ser difícil para ele, afinal eu era a namorada do seu melhor amigo, a rainha serpente do lado de Jughead Jones. Mas tudo isso mudou quando sem nenhuma explicação ele decidiu abandonar Riverdale, abandonar os serpentes, abandonar-me. 

  Eu passei bastante tempo sozinha, saí do gangue, e afastei-me de todos os meus amigos, Jughead tinha levado consigo o meu coração, todo o meu amor, e onde quer ele estivesse era lá que eu estava, eu não pertencia ao meu próprio corpo. Foram semanas de sofrimento sem fim, de drogas e bebidas que quase me mataram, e que acabaram por matar a antiga Elizabeth. Sweet Pea esteve sempre do meu lado, apoiou-me quando mais ninguém se sentia capaz de o fazer, não desistiu de mim mesmo depois de todas as vezes que o mandei embora. O carinho entre nós aumentou e acerca de três meses que começamos algo, a que ainda não demos nenhum rótulo, mas sem sombra de dúvida que estamos juntos, e felizes na simplicidade deste envolvimento. Ele convencera-me a voltar para o gangue que mesmo sem Jones me quis como sua rainha, eu dou o meu melhor para os proteger e para que a paz se mantenha agora que os ghoulies desapareceram sem sabermos bem para onde. Veronica abriu as portas do Pop's dando trabalho a alguns elementos, Archie colocou outros no centro comunitário ajudá-lo, e Cheryl e Toni reconstruíram o antigo bar dos serpentes que agora funciona normalmente, um bar aberto a todos, ainda que alguns habitantes da cidade não se atrevam a por lá aparecer. Kevin e Veronica, após o fecho da taberna dela passaram atuar algumas noites no Whyte Wyrm, a vida de todos mudou mas era na minha que se refletia a maior mudança.

  A minha mãe mantém a sua relação com FP, Jellybean passa os seus dias a estudar empenhada nos seus estudos e inteligente tal como o seu irmão sempre foi, Polly ainda está internada na clínica, por mais que a esperança de um dia a ter em casa junto a nós não morra, esse dia parece estar bem longe pois nos últimos meses não registou nenhuma melhoria após uma nova recaída em que quase me cegou com uma tesoura.  O seu ódio por mim parece nem lhe pertencer, como se outra pessoa tivesse controlo sobre a minha pobre irmã.



Jughead

 Um ano depois do dia em que deixei Riverdale, aqui estou. A caminho da minha terra, a caminho dos braços da minha pequena Elizabeth. Sei que provavelmente a cidade não irá me receber da melhor forma, afinal mesmo eles não sabendo a razão eu abandonei a minha família, a minha namorada, a minha vida.

 Parei a minha moto em frente á antiga casa dos Cooper, retirei o capacete e passei os dedos sobre os fios do meu cabelo negro. Era incrível a luta de sentimentos e emoções dentro de mim neste momento, como um regresso ao passado tudo parecia igual, e ao mesmo tempo tão diferente. 

 Caminhei até ao alpendre, ainda com o capacete da moto nas minhas mãos, apertei o pouco que restava do fecho do meu casaco de couro até perto da minha garganta, respirei fundo umas trinta vezes antes de finalmente ganhar coragem para aproximar a minha mão da campainha, mas antes que pudesse tocar fui interrompido por um barulho que vinha de dentro da casa ,ouviam-se passos a descer as escadas que se aproximavam cada vez mais, e algumas vozes que eu ainda não conseguia distinguir entre as gargalhadas. Não sei explicar a minha reação seguinte, mas não me movi, nem sequer a mão da campainha tirei mesmo não estando a carregar na mesma. Numa fração de segundos a porta abriu-se, os meus olhos arregalados não podiam acreditar no que estava á minha frente. 

 Elizabeth estava na frente de Sweet Pea que a abraçava pela cintura, os dois riam mas as suas expressões mudaram assim que me encararam. Nenhum dos três pronunciou nada por longos segundos, até que Elizabeth quebrou o silêncio constrangedor, segurou a mão de Pea e encarou o meu rosto com uma expressão que eu nunca tinha visto antes, de indiferença.

 - Pelos vistos é verdade o que diziam. - ela cuspiu as suas palavras. - Voltaste. - a última palavra foi acompanhada por um revirar de olhos. Senti um nó na minha garganta, eu ainda nem tinha recuperado do que acabava de ver.

 Sweet Pea não se pronunciou, arrastado pela mão de Elizabeth passaram por mim e seguiram o seu caminho até á moto dele, desaparecendo a alta velocidade do alcance da minha visão. Eu continuei no mesmo sítio, paralisado, nervoso e confuso com o que acabara de acontecer. A minha namorada está com o meu melhor amigo  ? 











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⏰ Última atualização: Jan 19, 2020 ⏰

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