2. Apenas um sonho...

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Enrolo a toalha no meu corpo, suspiro e solto meu cabelo, deixo a toalha cair e meu corpo quente entrar em contato com uma brisa fria que entra pela janela. Coloco minha roupa (calça legging, uma regata branca e um casaco preto) e verifico se as mangas cobrem meus braços, penteio meus cabelos e saio do quarto. Vou para a cozinha e vejo ele de costas, sem camisa! Ele está olhando algumas coisas na despensa de cima e resmungando, sento na banqueta de frente ao balcão e mordo meu lábio:

— Procurando alguma coisa, senhor? — ele olha pra trás e sorri traveso, volta a olhar a despensa e responde:

— Estou procurando algo para cozinhar, algo que nos agrade em um todo — levanto da banqueta e dou a volta no balcão, apoio minhas costas no mesmo e cruzo meus braços.

— Imaginei que tivesse uma cozinheira — retruco e ele não olha pra mim.

— Tenho, mas a dispensei. Achei que não fosse gostar de ter alguém a servindo — responde e volta a me olhar mas, dessa vez, fecha a despensa, se vira totalmente pra mim e apoia as costas na bancada, assim como eu estou no balcão.

— O senhor acertou. Não gosto de ninguém me servindo — ele sorri e se aproxima, fica tão perto que posso sentir seu hálito quente no meu rosto.

— Não está com calor? — ele pergunta e engulo em seco.

— Não senhor — respondo e ele sorri de novo, esse sorriso...

— Por que está tão vermelha se não está com calor? Não quer tirar o casaco?! — tento não suspirar.

— Estou bem senhor — ele me olha e sinto que está vendo minha alma. Ele aproxima o seu rosto do meu, seus lábios ficam tão próximos que fico nervosa e ofegante! Ele desvia o caminho e vai para a minha orelha, sussurra:

— Por que está tão nervosa? — pergunta e fecho meus olhos, meu coração bate tão forte que sou capaz de ouvi-lo.

Ele se afasta sorrindo e observo seu corpo, a pele branca e seu abdômen definido, uma grande tentação.

— Acho que estamos perdendo o foco señorita, mesmo ainda achando que deve tirar o casaco — olho nos seus olhos e sorrio.

— Acho que o senhor não ficaria feliz com a visão — ele novamente se aproxima, mas não tanto quanto antes.

— Gostaria de arriscar! — ele morde o lábio e sinto meu rosto queimar. — O que quer comer? — pergunta e vira para o fogão, deixo todo o ar que segurava ir.

— O que quiser escolher, estou nas suas mãos! — será que ele entendeu com um duplo sentido? Não quis me referir a outra maneira.

— Vamos ter que pedir comida então — ele ri e se afasta do fogão, indo para o outro lado do balcão, ele se senta e apoia seu queixo em suas mãos. — Estou faminto, e hoje quero comer comida japonesa — ele pega o celular e começa a mexer nele. — Você gosta?

— Sim senhor, é uma de minhas favoritas — ele me espia por cima do telefone e sorri de novo. — O senhor me parece ser muito feliz — ele abaixa o celular e novamente me olha, gosto de ser o centro de sua atenção.

— Apenas quando não me chama de "senhor" — tiro o sorriso que nem ao menos tinha percebido se formar.

— Não quero incomodá-lo, nem chateá-lo — ele ri.

— Você não me chateia, nem incomoda. Só não sou tão mais velho que você, tenho 19 anos! Quer dizer, realmente vê necessidade em me chamar de "senhor"? — ele se atrapalha.

— Não, posso deixar de chamar, se preferir. E sim, não é tão mais velho que eu — ele sorri e suspira, provavelmente de alívio por não tê-lo compreendido mal.

Minha Pequena - Volume umOnde histórias criam vida. Descubra agora