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Divergente: androide que começa a se recusar obedecer a ordens (explicação bem bleh mas continuamos)

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Hong Kong, 2042.

"Três divergentes foram presos após causarem prejuízos aos seus donos, a políc-''

- Mas que merda, não é, Johnny? – eu reclamava sentado em minha poltrona assistindo ao jornal das 7 am.

- Sim, Sr. Wong.

- Parece que mesmo depois de toda a confusão em 2038, eles não aprendem que não é mais seguro construir androides e...

- Senhor, telefone para você.

Estendo meu braço para Johnny, meu secretário pessoal, praticamente da família.

Ele me entrega o telefone e eu o encosto levemente sobre minha orelha.

[...]

- Uhum.- eu respondo secamente e encerro a curta ligação.

- Eram os investidores?

- Sim, era sobre uma reunião que acontecerá em quatro dias.

Ser um CEO de uma empresa não é tão fácil quanta aparenta, apenas vinte e três anos e já estou neste posto, isso resultou em um enorme armário com remédios para minhas frequentes dores de cabeça e insônia, elas estão vindo me visitar várias vezes durante essa semana, minhas olheiras profundas são a prova disso.

- Acho que vou tomar um banho quente, você poderia preparar a banheira, Johnny?

-Claro, Senhor. Com espuma, certo?

- Você me conhece, camarada. – Respondo com uma piscadela.

Enquanto Johnny prepara a banheira, vou até a cozinha e configuro a cafeteira em um "café amargo''.

Somos apenas eu e Johnny, e meu labrador, seu nome é Puto.

Não eram esses os planos, quando havia acabado de adotar ele, o trouxe para meu apartamento, e para a minha surpresa, ele estava muito alegre, até demais.

Isso resultou em três almofadas rasgadas, presente de minha avó.

- SEU PUTO!

E acabou que toda vez que eu falo essa palavra, Puto vem rapidamente correndo até mim.

História meio bizarra, mas é a verdade.

- A banheira está pronta. – Johnny anuncia.

Pego meu café e vou ao banheiro.

[...]

"toc toc toc"

- Quem é? Vá ver isso, Johnny, por favor.

- É Alex.

- Alex? – Pergunto confuso. – Quem diabos é Alex?

- O vendedor de... androides.

- Veja o que ele quer.

Johnny abre a porta e eu me levanto do sofá.

- Boa noite, Sr. Wong, eu estou com uma oferta imperdí-

- Não.

Tento fechar a porta, mas ela é impedida com um braço.

- Alex... não é? Você já veio aqui tantas vezes e mesmo assim eu não consigo decorar seu nome... mas isso não vem ao caso. – respiro para uma pausa. – Eu já recusei suas ofertas milhares de vezes e agora não será-

- Mil perdões, eu disse errado! – Alex começou. – É um presente.

- Um presente? – eu estava indignado. – Quem em sã consciência não sabe que eu não quero qualquer tipo de androide.

- É um presente tão sofisticado, senhor... – Alex não desistia.

- Eu não pedi sua opinião. – me virei para Johnny. – O quê acha sobre isso? O quê eu devo fazer?

- Acho que o senhor pode dar uma chance...

- Tudo bem, - me virei novamente para Alex. – só me dê logo isso.

Alex abriu um sorriso vitorioso e me entregou o gigante pacote. – aliás, embrulhado com um lindo papel violeta – Eu o peguei cuidadosamente e coloquei em frente ao sofá.

Me despedi de Alex e então sentei-me em frente àquele pacote gigante.

- O quê acha disso, Johnny? – deitei a cabeça na cabeceira da poltrona. – Eu realmente não sei o quê fazer com isso.

- Por quê o senhor não abre? Não me parece algo intimidador.

Johnny tinha razão, eu iria abrir o pacote e se não gostasse, o dava embora.

Me levantei e dei uma olhada rápida em volta do pacote violeta, havia um grande laço preto enrolado junto.

Eu percebi que nem perguntei quem havia me mandado este "humilde" presente. Olhei um pouco para cima e observei um pequeno cartão.

Não precisei fazer esforço para alcançá-lo. Ele era pequeno e muito bonito.

O abri com calma e pude ler as palavras sobre uma linha.

"Remetente: ______

Destinatário: Wong Yukhei"

Estranho. Quem me mandaria um androide, um presente tão caro e ainda por cima sabendo que as chances de eu recusar seriam altíssimas?

Peguei o laço e o puxei lentamente até que se desmanchasse. Então segurei a ponta do pacote e o rasguei, bruto.

Uma caixa transparente com um... ou melhor, uma androide.

- Modelo AX400. – Johnny disse se aproximando. – Ouvi dizer que são para tarefas diárias.

- Mas você já faz isso. – respondi. – É inútil, mande devolve-

- Não! – Johnny retrucou, soou mais como um grito. – Quer dizer, não seria mal uma ajuda em casa.

- Johnny... – pensei bem, ele parecia cansado mesmo. – Tudo bem, acho que será melhor mesmo.

Ele me ajudou a abrir o pacote, tiramos a androide de dentro.

- Qual é o nome dela? – perguntei curioso.

- Acho que temos que escolher. – Johnny respondeu. – Faças as honras, senhor.

Eu realmente não tinha alguma ideia, nunca fui bom com nomes (Puto era a prova disso). Então fechei os olhos e deixei que a criatividade fluísse.

- Yuqi, Song Yuqi.

- Perdão, senhor?

- Seu nome será Song Yuqi.


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então? o que acharam? essa ideia veio do nada e não perdi tempo para escrever!

não esquece de votar, me motiva muito a continuar

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beijinhos!



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