Ascender

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O meu vestido antes branco, está repleto de sangue e órgãos de um Hindunis. Uma criatura da noite, vive embaixo da terra e uma mordida causa alucinações. O cheiro era desagradável, e o choque, perceptivelmente, notável. Os olhos de Cavill estavam totalmente negros e todas as suas veias estávamos amostra, haviam ferimentos em sua face, mãos, perna e abdômen. O mago do vilarejo Gale, avisou perfeitamente que haviam Hediondos na Floresta das Sete Luas, entretanto eu não estava a cogitando a possibilidade de ver algum.

Ainda com a espada garganta a dentro da criatura, o bruxo a tira com força fazendo com que mais sangue espirrasse nele. Ao sair, mancava e gemia de dor.

— Vai ficar em choque até outro Hindunis vir até você? — Ele segura das rédeas de Xanthus e solta um gemido doloroso.

Me recupero do transe.

— Perdão, eu estou assustada, nunca havia visto algo parecido. — Ele me olha e seus olhos voltam ao normal. — Você está ferido, vamos andar mais um pouco até algum córrego ou lago, para que eu possa ajudá-lo no ferimentos.

— Eu não preciso da sua ajuda.— Ele diz mancando até o cavalo.

— Você é o bambambam das esferas, o bruxo jamais intimidado, independente. Mas eu sou dona do trono que rege a porcaria de tudo e todos e por lei você tem que me servir e obedecer, vá a merda você e sua profecia, ou você faz o que eu estou mandando para seguirmos bem ou eu mesma mato você enquanto sangra. — Falo extremamente irritada batendo em seu peito. Ele me olha como se eu fosse outra pessoa, uma outra versão de mim.

Bingo!

— Porra. — Ele inspira profundamente. —Suba. Vamos procurar um córrego e descansar.

Ganhei.

O cavalo andava calmamente pela floresta, embora fosse extremante macabra e escura. Os galhos eram baixos para e mim e eu já estava pronta para receber uma galhada no rosto, até que alguém desviou-os com as mãos. Amém!

Apesar do silêncio que as árvores transmitiam, minha mente não parava quieta. Não conseguia parar de pensar nas palavras ditas por Cullen em Gale. Me faltam respostas, lacunas estão abertas. Eu tenho poderes? Não tenho? O que significa de fato quem eu sou e o que posso fazer para salvar o meu povo e que história é essa de anjo caído? Desperto dos meus pensamentos quando vejo um pequeno lago iluminado pela lua.  O cavalo para e Cavill desce com dificuldade. Amarra as rédeas de Xanthus em uma árvore e simplesmente se rende a dor e senta ao chão.

— Preciso que colabore para ajudá-lo. Eu sei que dói e está extremamente cansado. Ula deve ter colocado algo útil em minha bolsa  — Digo remexendo no pacote em minha cintura. — Dito e feito, tenho panos limpos para limpa-lo e fazer um curativo, com ajuda da Calêndula  irá melhorar, mas eu preciso que levante e venha comigo até o lago.

Ele me olha cansado, mas sabia que precisava de ajuda. Fui até ele dar apoio para se levantar. Já em pé seguimos para o lago, com dificuldade. Dou uma olhada em suas vestes. Sua calça de couro e botas apenas precisavam de um pano molhado, ao contrário de sua camisa , face e braços repletos de sangue.

— Sente-se — Apontei para uma pedra que estava a beira d'água. — Preciso que tire a camisa, vou lavá-la, limpa-lo e fazer seus curativos.

Ele só assente. Eu ajudo a deslizar a camisa entre seu braços e cabeça, dando uma visão (celestial ) do seu corpo, pele clara, leve pelos em seu peitoral. O corpo perfeito para alguém que dar duro matando monstros.

— Vai ficar babando ou me ajudar? — Ele cospe no intuito de me deixar constrangida e sorri. Eu apenas o ignoro.

Molhei um dos panos e me virei para começar a tatear seu corpo retirando o sangue. Passei de leve em sua clavícula, logo o branco já estava tomando uma cor avermelhada. Descendo por seu abdômen, percebo o ferimento causado pela criatura e quando passo o pano, ele respira pesado em dor. Molho mais um pouco e torço, vou para os braços. São grandes e musculosos. Cavill não dizia um "ai" mas não desgrudava aqueles olhos desgraçados de mim. Por Deus, isso me arrepia a espinha. Repetindo o processo, paro em sua face. Me aproximo um pouco mais e começo pela testa, limpo levemente e desço para o maxilar. Sinto que sua respiração ficou pesada. Mas continuo. E finalmente paro em seus lábios feridos. Passo de leve sobre eles, tirando os resquícios de sangue e sinceramente, ele tinha uma boca extremamente convidativa, apesar de eu nunca ter beijando ninguém.

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