Algum tempo se passou e Analu teria que contar aos pais o que havia decidido fazer, pois havia chegado o grande dia.
Numa manhã, antes de ir ao orfanato ela resolve conversar com os pais.
-Papai, posso entrar?- Analu pergunta batendo na porta.
-Claro minha filha, entra.- Felipe que estava deitado com Roberta se ajeita e chama a filha para sentar na cama, pega em suas mãos e percebe que sua filha está um pouco nervosa.- Está tudo bem, minha filha?
- Papai, Roberta, eu preciso dizer uma coisa.-Roberta se ajeita e segura na mão da nova filha.
-O que foi filha? Quando me chama de Roberta é porque é sério o assunto.
-Entao... Nesse tempo em que estavam viajando eu estava ajudando ao orfanato que o papai ajuda todos meses, só que um dia chegou uma menininha lá, o senhor precisa ver papai, ela é linda, loirinha, dos olhos a coisa mais linda do mundo, ela tem 5 anos, o nome dela é Júlia -Diz sorrindo e emocionada- os pais dela eram usuários de drogas e faleceram quando ela tinha 3 anos e pouquinho, desde então ela está sozinha e eu resolvi adota-lá.- Diz olhando para os pais com receio. - Mas eu entendo se vocês não aceitarem ela aqui, eu vou com ela para o castelo, sem problemas algum.
- Oh, minha filha, que atitude mais linda. Como me importar, é minha neta.- Abraça a filha- Quero as duas aqui em casa, vamos montar um quartinho lindo todo de princesa pra ela, igual era o de vocês, tá bom?- beija a filha e beija a noiva- Nós vamos ser pais e avós meus amor, não estou acreditando nisso- gargalha.
- Quando vamos conhecê-la minha filha?- Roberta pergunta segurando sua mão.
-Hoje, mãezinha, já estou indo busca-lá. O juíz me concedeu a guarda dela. - Levanta empolgada. - Vamos comigo, por favor?
- Claro que nós vamos, não é Felipe?- Pergunta ao noivo que concorda com a cabeça- mamãe só vai pegar a bolsa.
No meio do caminho Analu conta aos pais todo processo de adoção, sua convivência com a Júlia. Contou que já havia falado dos pais para ela.
Chegando no orfanato Analu vai a sala da direção pegar os papéis, enquanto os pais ficam do lado de fora. E de repente aparece uma menininha que parecia estar uma pouco nervosa, ela aparenta ter uns 5 aninhos.
- Oi. - Roberta puxa assunto com a menina.
- Oi, como é seu nome?- Menina pergunta tímida.
- Meu nome é Roberta e o dele é Felipe.- Felipe diz oi e acena com a mão.
- Você sabia que o nome do meu vovô e da minha vovó também são Roberta e Felipe? Minha mamãe disse que vinha me buscar mas ela tá demorando. - Disse a pequena aflita - Será que ela me esqueceu tia? Ela não me ama mais?- Diz quase chorando.
- Ei, ei , ei, calma pequena - Diz Felipe a colocando no colo e enxugando as lágrimas- sua mamãe já deve estar chegando.
Analu agradece a diretora do orfanato e sai da sala, quando sai da sala da de cara com o pai e sua filha no colo dele.
Ela agacha na altura dos joelhos do pai e fala:
- Então quer dizer que a mocinha já está trocando a mamãe pelo vovô?- diz fazendo cócegas na filha.
- MAMÃE!- A menina pula em seu colo- pensei que tivesse esquecido a Julinha aqui. - disse triste.
- Claro que nao, filha. Então quer dizer que você conheceu a vovó e o vovô já?
- Eles são a vovó e o vovô? - colocou as mãos nas pequenas bochechas.
Roberta e Felipe acham graça na menina.
- Sim, senhorita, nós somos seus avós e será que a Júlia quer dar um abração na vovó dela?- Roberta pergunta estendendo os braços.
- Simmmmm- Júlia responde toda alegre.
Roberta e Felipe se encantam pela neta e já querem mima-lá:
- hum... Será que tem gente que está merecendo ganhar um presente?!- Felipe pergunta em alto tom enquanto caminhava com suas "mulheres" para o carro.
Júlia parou e olhou para o avô:
- Eu tô vovô, eu tô! Não tô mamãezinha? Fala pra ele mamãe.
- Sim papai, ela está merecendo- disse rindo colocando a filha no carro.
- Viu vovô, a Julinha tá merecendo um "pesentao", bem "gandao".- Júlia gesticula com as mãozinhas.
- Ah, então o vovô e a vovó vão te levar para comprar um presentao bem grandão, o que você acha?- Felipe diz dirigindo.
Roberta só observa sorrindo, imaginando como seria Felipe com seu filho.
Sim, nesse meio tempo descobriram que seriam pais de um meninão, seu pequeno João.
- Está tudo bem meu amor? - Felipe sussurra para esposa.
- Está sim meu amor- responde acariciando o rosto do marido.
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Guerra dos sexos- Feliberta
RomanceComo o título diz, bem diferente! Vamos quebrar os padrões e mudar um pouco as idades.