♣Poderes♣

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Jungkook é acordado por uma forte luz no rosto, e resmunga, com dor de cabeça.

ㅡ Levanta. ㅡ escuta Taehyung ordenar.

ㅡ Você não manda em mim.

Suas cobertas são arrancadas e o irmão tinha cara de poucos amigos.

ㅡ Você vai buscar a minha moto hoje. Não posso mais faltar, se não, vou rodar de ano. 

Larga o tecido no chão e ia sair, quando lembra de mais uma coisa.

ㅡ E se algo tiver acontecido com ela, o senhor vai pagar o conserto das suas economias. Ainda vai me pagar a gasolina que gastou. Já falei com nossos pais e eles concordaram, esse é o seu castigo.

ㅡ Esquece, eu quero comprar um videogame novo. ㅡ retruca, atrevido. ㅡ E, além disso, você disse que se eu precisasse da moto, poderia pegá-la.

ㅡ Ah, desculpe se eu não deixei claro. ㅡ deboche escorria de sua voz. ㅡ Beber não está na lista de necessidades para se viver e matar aula também não.

ㅡ Por que você está sendo tão idiota? Essa foi a primeira vez que eu fiz isso! ㅡ o mais novo se sentia inconformado.

ㅡ Por isso mesmo, vou te incomodar tanto pra você pensar duas vezes antes de fazer isso de novo. ㅡ saiu a passos pesados do quarto.

Dor de cabeça dos infernos, seu cérebro pensava, enquanto lembrava do que o havia levado a beber tanto. 

Seu irmão poderia ser um assassino.

Balançou a cabeça, tentando afastar esses pensamentos. Não iria tirar conclusões precipitadas antes de falar com Taehyung. Como disse para Namjoon, acreditava que toda história tinha seus dois lados, e só poderia julgar quando soubesse de tudo.

Desceu para o café e os olhos do irmão pareciam lasers sobre si. O que estava acontecendo? Ele só havia saído para beber, e Taehyung estava agindo como um namorado ciumento. Ignorou o mais velho até ele pegar o carro da família e ir para a escola.

ㅡ Mãe… eu tenho mesmo que pagar a gasolina e os possíveis danos da moto pro Tae? ㅡ Jungkook agora tentaria convencer sua progenitora de que aquilo não era preciso.

ㅡ Claro que sim! A moto é do seu irmão. ㅡ parou de lavar louça e olhou para o filho, não muito feliz. ㅡ Você não teria que fazer isso se tivesse usado a moto para coisas necessárias.

ㅡ Mas naquele momento, beber era uma questão de sobrevivência! ㅡ Faz uma careta de desagrado.

ㅡ Então, me conta, o que era que você estava tentando afogar com a bebida? ㅡ encarava, desconfiada, Jungkook.

ㅡ Não é nada…

ㅡ Se não é nada, você tem que pagar pra ele. ㅡ voltou para suas tarefas, e o mais novo murmurou um "merda" antes de sair para o quarto.

Além de estar com dor de cabeça, teria que ir à pé até o bar pegar a moto de volta e rezar para nada ter acontecido com ela. Via seu videogame cada vez mais distante. Trocou de roupa e saiu de casa, esbarrando no pai, que havia passado a noite no trabalho e apenas voltava agora.

Caminhou até o bar, sentindo as pernas sofrerem por ser sedentário, e pensou, aliviado, que na volta estaria com a moto, se tudo desse certo. 

Mas claro… que quando se tratava de Jeon Jungkook, nada daria certo. Chegou ao estabelecimento e qual não foi sua surpresa e horror ao encontrar o dono do bar, deitado no chão em frente à varanda de madeira, em uma poça de sangue que se formava. Ao longe, escutou o barulho de motos.

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