Him - J9 / Joongnine

Capítulo 4

Fui atrás de Ming por toda a faculdade, porém, não o encontrava, motivo a qual me fez voltar para meu curso. Na hora da saída, fui direto ao prédio que consistia, no curso de engenharia.

Estava ansioso, precisava vê-lo e consertar tudo o que Prew havia dito a ele, eu não havia conseguido o ajudar e agora tinha medo, dele ficar com raiva de mim. Após a saída dos alunos, fiquei na ponta dos pés à procura do moreno, porém, nada dele.

Bufei, não acreditava que ele tinha ido embora. Abaixei minha cabeça, ficando totalmente pensativo. Eu deveria ter parado ela, mas não tive nenhuma ação.

— O que faz aqui?— sobressaltei, me assustando, assim que ouvi uma voz atrás de mim.

Ao me virar, pude sentir um alívio, por ver o rosto de Ming a minha frente. Um sorriso queria escapar, mas eu teimoso, apenas continuei sério.

— Ta maluco? Quer me matar do coração?— revirei os olhos.

— Desculpe. — ele riu. — Mas então, o que faz aqui?

— E-eu?— o olhei, um tanto envergonhado.

— Não me diga que...— ele se aproximou, tendo um sorriso largo em seus lábios. — Veio me ver?

— O que?! Claro que não!— cruzei os braços. — Eu só acabei me perdendo por aqui.

— Ah.— ele disse baixinho, me fazendo olhar para outro lugar. Ming parecia decepcionado com a minha resposta.

O que eu podia fazer? Nunca que eu admitiria que vim atrás dele, estava muito tímido, para fazer tal coisa. Caminhei devagar, para assim poder voltar ao estacionamento, porém, parei meu caminho.

— Ming, quer uma carona?— fiquei olhando para o céu.

— Quero sim.— respondeu animado, vindo até mim. — Obrigado por perguntar.

— Só estou tentando ser legal. — fiz uma careta voltando a andar, agora sendo seguido pelo mais novo.

(...)

Assim que chegamos na frente do prédio, a qual dormíamos. Continuei sentado no banco do motorista, precisava tirar forças para pedir perdão, pelo que havia acontecido mais cedo. Ming continuava calado, fixo em seus dedos, enquanto me esperava.

— P', me desculpe pelo que aconteceu mais cedo. — Ming soou baixo, e ao olha-lo, percebi que ele estava um pouco envergonhado. — Eu não deveria ter falado aquilo pra ela, mas eu não consegui me conter, você entende?

— Por que ta me dizendo isso?— perguntei baixo.

— Porque eu não deveria ter falado aquilo, confesso que senti raiva do modo que ela se mostrou coitada. Sabe, eu não tolero pessoas mentirosas e sei que ela te machucou.— explicou. — Eu só queria que ela engolisse, todas as palavras que ela jogou na minha cara, hoje mais cedo.

— Uhn...— fiquei pensativo.— Me desculpa também, eu deveria ter feito ela parar de te ofender, só que eu fiquei calado como sempre. — continuei olhando para ele, e ele me olhou também.

— Tudo bem, P'.— sorriu.— Eu não estava fazendo aquilo por mim, estava falando tudo aquilo por você. Eu sei que você fica muito chateado quando vê aquelas coisas, então eu não podia deixar ela bancar a quieta.— tocou em meu ombro.

— Obrigado.— sorri pequeno.

— Nossa, eu falei coisas tão feias pra sua namorada?— eu fiquei o encarando e logo ri. — Que foi?

— Não falou mais do que a verdade. E eu acho que não namoro mais ela.— dei de ombros.

— Você deve estar chateado.

— Estou, mas mais do que isso, estou aliviado. Eu falei umas boas verdades pra ela. — agora foi a vez dele rir.

— Pensei que quem só ouvia suas ignorâncias, fosse eu. — revirei meus olhos. — Me sinto enciumado. — corei levemente.

— Idiota...— soei baixo, me ajeitando no banco, para poder sair do carro.

Ming deslizou a mão de meu ombro, para minha mão, me puxando para olha-lo novamente. Agora estávamos bem mais próximos, tanto que sentia a respiração dele em mim.

— Ei, quer sair comigo amanhã?— ele perguntou, olhando em meus olhos. Eu sentia seu hálito, bater levemente eu meu rosto.

— Por acaso quer me sequestrar?— brinquei, porém, ele estava sério.

— Se for pra levar pro meu quarto, sim, vou te sequestrar.— sorriu ladino.

— Vai se ferrar.— revirei os olhos.

— Então, quer sair comigo?

Não respondi, apenas virei e sai do carro, fechando a porta. O mais alto fez o mesmo, ao contrário do que eu pensava, ele não perguntou novamente. Então eu apenas segui para dentro do prédio.

Fui até os degraus, subindo rapidamente, estava morrendo de cansaço, precisava deitar. Enquanto eu subia, era seguido por Ming, que vinha logo atrás de mim. O mais novo era dos quarto divididos, sendo assim, ele pertencia aos andares inferiores do prédio. Eu que era aluno a mais tempo, era do andar superior, ficando com quartos únicos, sendo assim, não precisava dividir com ninguém.

Assim que subi todos os degraus, chegando ao quinto andar, pude perceber que o moreno ainda estava ali.

— Você é daqui?— perguntei, um pouco confuso, enquanto andava até a minha porta.

— Não.

— E então?

— Você me deu uma carona, decidi retribuir o serviço, te trazendo até o seu quarto. — eu o olhei, mas ele não estava me olhando.

Ao chegar na minha porta, parei, me virando para ficar de frente para ele, o moreno apenas desceu seu olhar, agora me encarando.

— Bom, obrigado.— soei baixo.

— Sem problema, boa noite. — vi ele se aproximar, e não tive reação a não ser olha-lo nos olhos. Ming ficou me encarando de perto, como se fosse me beijar. Contudo, ele sorriu. — Seus olhos são bonitos. — após dizer isso, ele se afastou.

Senti um alívio ao vê-lo mais longe e logo sorri pequeno. O mais alto saiu caminhando, para voltar a escadaria, assim ele iria para seu quarto. Porém, tinha algo que eu queria dize-lo e iria falar, antes que ele fosse embora.

— Ming?— chamei-o e ele parou, ainda de costas para mim. — Eu saio às 18:30 do curso, então as 19:20 eu estou livre para sair com você. — disse baixinho, envergonhado.

— Sério?— ele se virou e eu assenti. — Oba!!!— voltou correndo até mim, beijando meu rosto e logo saiu correndo para a escadaria, descendo rapidamente.

Confesso que fiquei preocupado com a velocidade a qual ele correu, mas quando ouvi um “EBA” novamente, eu achei graça e fiquei mais aliviado, por ele não ter caído e morrido.

— Maluco.— sussurro, entrando no meu quarto, enquanto tocava minha bochecha, que fora beijada, minutos atrás.

É, talvez tivesse sido ótimo aceitar sair com ele.