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LEIAM ISSO ANTES DE COMEÇAREM, É RÁPIDO!

Não possuo um bom vocabulário para fazer as falas do príncipe, então perdoem-me!

Irei fazer os xingamentos atuais mesmo, porque acho que dá mais impacto.

Se eu lembrar de mais algo, acrescento.

BOA LEITURAAAAAA!

– Não, mamãe. – recusei gentilmente. – Eu estou bem, foi só uma leve dor de ouvido.

– Lou, mesmo assim, tome esse chá que eu preparei. – balancei a cabeça negando. Esses chás medicinais da mamãe tem um gosto horrível. Ela faz o melhor chá do mundo, mas os que são para dor tem um péssimo gosto.– Vamos, meu amor. Melhor eu com esse chá do que aquela cagalhota com seus remédios.

– Mas, mamãe... – seu rosto logo fez uma expressão de raiva, engoli seco e peguei a xícara de suas mãos.

– Ótimo. – um sorriso se fez em sua face. – Agora preciso ir encontrar o lanfranhudo do senhor Jack. Até logo, filho. – um beijo foi depositado em minha testa.

Minhas irmãs e meu irmão estavam na casa da vovó. Não gosto de ir para lá já que ela não gosta muito de mim.

Subi a velha escada de madeira em direção ao andar de cima onde fica o nosso quarto.Andei até a janela e fiz a batida secreta.

– Lou! – Zayn apareceu na sua janela. – Vamos?

– O que está esperando? – desci e fui até a frente da minha humilde residência. Zayn já estava lá. Caminhamos até o nosso lugar. Não necessariamente nosso, mas em nossas imaginações sim.

Para chegarmos sem sermos vistos, precisamos seguir por uma estrada de terra. Nós brincávamos de corrida e quem chegasse primeiro ganharia uma moeda do outro.

– Cheguei! – Zayn bateu no muro de pedra. – Oh, droga!

– O que foi? – ele segurava seu suspensório.

– Meu botão soltou e eu não estou achando. – nós dois nos abaixamos tentando achar esse bendito botão. Sem ele um lado do suspensório do Zayn fica solto.

– Espera. – coloquei a mão dentro do bolso. – Eu tenho outro botão aqui, quando chegarmos em casa posso costurar para você.

– Obrigado, Lou.

O moreno procurou a porta que ficava escondida atrás dos arbustos, assim que encontrou, usou nosso pequeno truque para abri-la, dando de cara com o enorme e espetacular jardim.

– Está tão lindo quanto a semana passada. – soltei em meio ao encanto.

Fechamos a portinha e nos direcionamos aos meios das lindas flores. Passamos boa parte da tarde brincando entre as árvores e plantas. Com toda a certeza esse é o melhor momento do meu dia. Nós paramos de brincar assim que nos cansamos, então deitamos na grama admirando o esplêndido céu.

– O que você acha que o rei faria se soubesse que nós frequentamos seu mais belo jardim todos os dias? – perguntou.

– Bom, eu acho que o rei nem se importa, ele parece ser uma boa pessoa, o problema é o seu filho pacóvio. – encarei o meu amigo. – Fiquei sabendo que ele é um pé no saco. Minha irmã que contou.

– Uuh. – fez uma expressão de nojo. – Mas você já viu ele alguma vez?

– Nunca, e nem quero. Deve ser um feio, esnobe e lanfranhudo igual o senhor Jack.

O Zayn riu alto com as minhas últimas palavras e eu o acompanhei. Rimos tanto que a minha barriga começou a doer.

– Oh, Louis, preciso ir!

Garden of Eroda | lsOnde histórias criam vida. Descubra agora