Garden of Eroda | ls

III

– Qual o nome do livro que você quer levar? Preciso deixar anotado.

– Peter Pan.

Não demorou muito para a biblioteca começar a ficar cheia de alunos. Tomlinson sentou-se ao lado da mãe, ajudando ela pegando os papéis e anotando os livros.

Chegaram em casa por volta das seis da tarde, e a casa estava um brinco. As meninas preparavam o jantar e os gêmeos brincavam na janela.

– Mamãe, a senhora poderia fazer um daqueles deliciosos chás? Eu prometi para um amigo que levaria para ele ontem, mas acabei dormindo na vovó aí...

– Mas é claro.

– Mamãe, mas eu já fiz chá, por que você não leva o meu, Louis? – Lottie perguntou confusa enquanto preparava uma sopa.

– O seu é horrível! – fez cara de nojo e toda a cozinha caiu na gargalhada.

– Não é não!

– Calma crianças. Louis, aguarde um pouco que já irei fazer o chá. – o rapaz pegou os pratos e distribuiu no lugar de cada um.

– Você não vai comer aqui, Lou? – a senhorita Jay que já havia começado a preparar o chá, perguntou.

– Deixem um pouco de sopa para mim, quando chegar tomo.

Dona Jay preparou o chá e entregou a Louis em uma chaleira que estava enrolada em um pano para não queimar as mãos do rapaz. Ele pegou duas xícaras bonitas que eram usadas apenas em ocasiões especiais e colocou dentro de uma bolsa.

Caminhou até o jardim do príncipe e sentou lá, aguardando a chegada do mesmo. Passou o tempo e o garoto achava que o príncipe não iria mais.

– Tomlinson? – a voz rouca surpreendeu Louis.

– Príncipe? – virou-se e encontrou Harry em pé, surpreso em vê-lo ali.

– Pensei que não viria mais. – Styles falou com decepção em sua voz. – Ontem esperei por quase toda a noite, mas não veio.

– Me perdoe, majestade. Eu fui buscar minhas irmãs na casa da vovó e não tive como voltar. Então precisei passar a noite lá. – tentou explicar-se. O príncipe andou até seu lado e sentou, colocando seu lampião no chão.

– Trouxe o chá? – apoiou os braços em suas pernas, cruzando os mesmos. Tomlinson ficou surpreso com a pergunta, e logo desenrolou a chaleira e pegou as duas xícaras.

Despejou o chá já pronto e entregou uma das xícaras a Styles.

– Porque ele tem essa cor estranha? – franziu as sobrancelhas.

– É leite, majestade.

– Quem coloca leite no chá? – deu uma risada, mostrando suas covinhas que não passaram nem um pouco despercebidas por Tomlinson.

– Minha mãe coloca leite no chá, e o torna ainda mais gostoso, majestade. – falou em um tom de raiva. Quem ousa falar do chá da sua mãe?

– Pare de chamar-me de majestade, camponês. – Tomlinson o encarou surpreso. – Apenas Harry ou Styles, de sua preferência.

– Isso é sério? – o príncipe concordou. – Uau, me sinto lisonjeado. E pare de me chamar de camponês, principezinho.

– Não prometerei, Tomlinson. – quando Harry deu o primeiro gole, fechou os olhos admirando o sabor.

– E então? Gostou? – seus olhinhos curiosos estavam atentos a cada expressão do príncipe, que parecia deliciar-se no sabor do chá.

– Isso é uma obra de arte. Sua mãe tem mãos de anjo, Tomlinson. – abriu seus olhos lentamente, e apoiou-se em seu próprio braço.