As coisas sempre são mais complicadas do que a gente espera...
5 anos depois... eu já havia me redimido e me descoberto (de certa forma)... encontrara um propósito que não fosse a vingança ou raiva... ela se tornou a minha primavera.
"Não importa qu...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
_ Musica _ "Wicked Games - The Weeknd"
SAKURA
Eu estava rendida ao toque daquelas mãos grandes cobrindo a curva da minha cintura, apertando meu corpo com força contra aquela muralha escura e ofegante. Eu queria sentir seu gosto e ver se ainda era tão aconchegante como me lembrava.
Eu queria sentir aquelas mãos me tomarem a tantos meses que acabei perdendo a conta. As vezes quando eu voltava do hospital e ia tomar um banho, minha mente vagava pelo céu estrelado pensando onde ele estaria, e acabava por me masturbar ali mesmo lembrando do seu cheiro fresco e da postura imponente e sempre distante, mas tão atraente que chegava a doer senti-lo tão ríspido as vezes.
Eu queria provoca-lo como a nenhum outro e fazer com que me desejasse mais que a qualquer mulher. Queria olha-lo por inteiro e não ver nele frieza ou indiferença, pois aquilo acabava cada vez mais comigo e eu precisava de algum sinal pra saber se ele me queria da mesma forma que eu ansiava por ele.
Me surpreendi com a força que meu corpo se chocou ao dele, mas seus olhos ainda me focavam como um animal pronto pra atacar sua presa.
Eu era a ovelha entregue ao lobo de olhos vermelhos.
- Não me provoque Sakura. - sua voz rouca saiu em um sussurro bem no pé do meu ouvido. As pernas fraquejaram um momento com a sensação ardendo em meu ventre. As noites que sonhei, depois de voltar do trabalho, ou depois de passar na floricultura e ver Ino feliz com Sai, com a lembrança de estar tão perto assim dele de novo, não faziam jus ao momento real. Estávamos novamente naquela bolha só nossa, e eu sabia que de alguma forma ele também sentia isso.
Eu queria beija-lo, queria sentir que podia toma-lo para mim, e quebrar aquela muralha que ele inutilmente tentava manter. Aproximei meu rosto do dele. Dava para sentir nossa respiração no intervalo uma da outra. Fechei os olhos para não encarar a expressão ainda séria e amena em sua face. Eu iria beija-lo, iria com certeza...
até sentir seu corpo se afastando do meu.
- Sinto muito... - ele virou de costas e saiu andando sem olhar pra trás. Eu achei que estávamos chegando à alguma lugar, que talvez ele fosse dar uma chance pra tudo isso. Eu estava errada, mas diferente das outras vezes, eu não deixaria aquilo tirar a minha estrutura. Tinha que ser uma pessoa melhor e mais forte, por mim e por Tsunade-Sana que me ajudou a ser quem sou hoje. Eu iria focar na missão. Se ele não me via como eu queria então não tinha muito a ser feito. - Vamos... - disse parando no final da clareira em direção a casa.
Respirei fundo, lembrando de todas os dias em que passei com minha mestre naquele campo de treinamento, descontando toda a raiva por ele ter partido meu coração. E quando foi embora para sua viagem eu decide que o esperaria, mesmo tendo feito algo de que me arrependo até hoje naquela noite com Neji, depois de ter ido beber algumas doses de Saque com Tsunade. Eu sei que estava me sentindo sozinha e cansada, mas ainda sim...
