Atchison (Kansas), 06 de Dezembro de 1985.
Estávamos a mais de uma hora no carro do meu novo papai, minha nova mamãe bajulava meu novo irmãozinho de Quatro anos. Eu já estava com muito sono, meu metabolismo não me deixava viajar por muito tempo.
–Já estamos chegando?– Perguntei a Margaret Martin, minha nova mãe. Ela me encarou sorridente, seus cabelos castanhos e encaracolados eram carregados pelo vento. Seus Olhos do mesmo tom eram doces e Gentis, sua expressão serena me lembrava de fato uma mãe.
– Ora meu bem, você me perguntou isto há 5 minutos. – A diversão em seus olhos era nítida. Eu adorava quando ela sorria desta forma para mim, me fazendo achar que eu seria seu único homenzinho.
– E você disse que faltava pouco. – Ressoei fingindo entrar em sua brincadeira.
–Mas falta pouco Campeão, já estamos chegando, por que você não cochila por enquanto? – Meu novo papai Giordan Martin comentou, sem retirar os olhos do volante.
Ser uma criança de seis anos era muito bom, foi a primeira vez que gostei de ser eu. Alfred e eu fomos adotados há algumas semanas por um casal que não poderia ter filhos. Agora enquanto meu novo irmãozinho dormia no colo de mamãe, eu ficava mais e mais ansioso para conhecer meu novo lar.
– Chegamos!– Margaret suspirou, percebi que ela também não se dava muito bem com automóveis. Ao toque suave dela sobre Alfred, ele despertou e começou a ver a pequena cidade pela janela. Eu o acompanhei, era linda.
Havia casas simples e bonitas por todo o local, também havia certos locais onde tinha casas maiores e alguns prédios. Eu não sabia muito sobre os prédios, apenas o que a Madre me ensinou, que o governo investia nestes locais caros por causa do solo que eles procuravam ate a ultima gota de um material ultra caro, chamado: Petróleo.
Não sabia muito, mas o que eu e as outras crianças de minha idade aprendíamos, era que o petróleo era um item muito estimado, podendo causar ate mesmo guerras por este material.
Os solos que não obtém esta raridade, eles utilizam para construções, e por meio disto criou um sistema de luxo, onde eles colocam a etiqueta de local nobre.
Voltei minha atenção para a cidade, uma imensa catedral que me lembrava bastante ao orfanato que eu vivi, só que 60 anos mais novo, apareceu. O piso era feito de algumas pedras pretas e douradas, a catedral era muito grande, acho que ela era maior do que a que eu morava. Varias janelas e pilastras, havia algumas arvores adornando ela.
De repente Margaret chama minha atenção. Tiro meu olhar da vista da cidade por um momento, a quantidade de casas e arvores era absurdamente desproporcional, havia casas com plantas enquanto outras quase não tinham um teto.
–Veja crianças, a cidade tem muitos pontos turísticos lindo, mas como qualquer outro local existe as favelas para crianças sem um teto, se eu pudesse acolheriam todas. – Margaret comentava e a cada palavra eu seguia seu olhar, de fato existiam becos escuros que me encaravam. Mas eu pensava que se ela só queria ter um filho, ela poderia ter adotado estes tais meninos de rua. Adultos!
Mas eu estava feliz de que ela tenha me adotado, pois agora eu teria algo que sempre me fora negado. Uma família, pais, irmão, um lar para chamar de meu.
–Alaster e Alfred, vejam esta e a praça em que eu e seu pai nos conhecemos, podemos dizer que é amor a primeira vista. – Margaret comentou contente, eu sorri vendo a praça mutuada de pessoas aparentemente colocando enfeites em postes e arvores. Era dezembro, o mês de prosperidade e felicidade. Ao menos era assim que a Madre descrevia para mim.
– Oqu e quiro?– Alfred que ainda tinha dificuldade em falar mesmo em sua idade de Quatro anos. Ele veio do mesmo orfanato que eu, por isso o entendia perfeitamente.
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Lord Of Darkness - Lord of the Trone - Livro 1
FantasíaAlaster Quinz, jogado a sarjeta desde a infância, sendo alvo de acontecimentos sobrenaturais, desamparado e sem esperança. Agora, como se as coisas não estivessem de mal a pior, uma mulher linda e bastante louca o persegue, querendo assassiná-lo, se...