🦋 Capítulo 23 🦋

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" Há poder no nome de Jesus, para cadeias quebrar. Ouço cadeias quebrando."

Arthur Aguiar

— Então é hoje que vamos conhecer a sua namorada? Minha mãe me olha empolgada enquanto me arrumo diante do espelho.
— Mãe, a Lara não é minha namorada! Arqueio a sombrabcelha para ela.
— Não ainda Arthur! Não ainda! Meu pai põe a cabeça para dentro do quarto e faz tal comentário e eu apenas nego com a cabeça desacreditado.
— É filho, seu pai tem razão. É questão de tempo, no tempo certo, na hora certa tudo irá se ajeitar. Minha mãe diz.
— Eu sei mãe, eu soube que a Lara é a mulher da minha vida desde a primeira vez que a vi. E Deus já confirmou isso de muitas formas, mas que é complicado é. A Lara é uma menina de personalidade forte. Uma hora ela se mostra sensível e parece sim sentir algo por mim, mas outra hora ela é fria e parece estar longe de sentir algo. Eu gosto tanto dela. Tudo que eu mais quero é cuidar dela, proteger, fazer ela feliz. Eu não sou nem capaz de explicar o que eu sinto por ela. Sento na cama e solto um suspiro.
— Filho, você é um rapaz que vale ouro. Se Deus disse que sim, não importa as circunstâncias, vai acontecer. Mesmo que você não enxergue nada, Ele sabe o que está fazendo. Pelo o que você nos disse a Lara é uma menina frágil que já foi muito machucada e que sofreu muito. Tudo isso deve ser muito confuso para ela. Você precisa ter paciência. Minha mãe me aconselha.
— Eu tenho certeza que logo, logo, a Lara vai perceber o quão sortuda ela é, por ser amada por um rapaz tão bom e especial como você. Meu pai sorri.
— Obrigada! Vocês são os melhores pais do mundo! Abraço os dois agradecido.
— Eu só espero que ela não queira me matar. Ela nem sabe que vou levá-la a igreja. Estou nervoso. Respiro fundo.
— Vai dar tudo certo filho. Confia! Meu pai me incentiva.

...

Lara Menezes

— Olha ela, toda linda. Onde vai vestida assim? Toda arrumada, para balada que não é né! Leila pergunta no batente da porta enquanto termino de passar um batom.
— Eu vou sair e não, não é para balada nenhuma.
— Se não é para balada e você toda arrumada desse jeito. Você vai a um encontro? Ela pergunta animada.

Nessa hora, por pouco não engulo o batom.

— Não é encontro algum. Eu vou sair com um amigo, só isso. E sem gracinha e sem mais perguntas Leila. Encerro o assunto.
— Ok. Ok! Ela levanta as mãos em rendição.— Só aproveita tá! Ela me dá um beijo na testa, pega as coisas e entra no banho.

Para minha sorte o Arthur chegou enquanto a Leila ainda estava no banho. Fui até a porta e avisei que estava saindo e corri para o carro.

— Oi! Digo assim que entro no carro.
— Oi! Você está linda! Ele diz enquanto me encara com um olhar de afeto.

Eu estava vestida em uma calça jeans, uma blusa de alça verde musgo com uns detalhes de renda e um casaco marrom por cima. Estava bem diferente do que costumava usar, afinal eu só uso roupas mais simples, curtas e justas. É a primeira vez que ele me elogia desse jeito e olha que meu corpo não está nada amostra como o habitual. Pela primeira vez um homem não liga para o meu corpo. O Arthur é mesmo um príncipe.

— Obrigada! Você também está muito bem. Dou um sorriso sem graça.
— Que bom. Ele ri. — Podemos ir?
— Podemos sim! Assinto enquanto coloco o cinto e então ele dá partida no carro.

Fui o caminho inteiro tentando fazer com que ele me dissesse onde estávamos indo e não tive sucesso.
Já estava com um frio na barriga de tanta ansiedade, quando finalmente ele parou o carro. Olhei em volta e só vi uma praça e do outro lado uma igreja. Engoli em seco e olhei para ele.

Um amor para recomeçar Onde histórias criam vida. Descubra agora