🦋 Capítulo 9 🦋

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"Rei dos céus, quem pode te ver,
como você me vê."
Face a face movement

Arthur Aguiar

Essa não... decidiram fazer uma pequena reunião após a aula. Vou me atrasar para o primeiro dia de curso.
Devo confessar que não prestei atenção em uma palavra que foi dita durante a reunião, não conseguia parar de olhar o relógio.
Quando finamente deram a reunião como encerrada, saí correndo feito um louco. Peguei o carro no estacionamento da escola e diriji em direção ao curso.

Lara Menezes

Saí correndo em direção ao ponto de ônibus, sem conseguir tirar os olhos do relógio. A Leila vai me matar definitivamente.
Ainda do outro lado da rua, vejo meu ônibus parado no ponto. Estava tão louca e apressada que corri sem prestar atenção em nada.
Só me dei conta que estava atravessando a rua, com o sinal aberto, como se fosee uma maluca suicida, quando ouvi uma buzina, o carro drenado bruscamente em cima de mim, me jogando no chão.

Graças a Deus, não bati a cabeça no chão a ponto de me deixar desacordada, inconsciente, nem nada do tipo. Porém comecei a me analisar ainda sentada no chão e constatei que meu braço estava todo ralado e sangrando. Minha perna também doia bastante, mas não conseguia ver até então nenhum machucado.

- Meu Deus, moça, você está bem? Ouço uma voz atrás de mim.
- Estou bem, eu só... - Perco a fala assim que vejo de quem se tratava e não consigo acreditar no tanto de azar que tenho.
- Você? Não acredito! - Bufo impaciente ao ver Arthur na minha frente. - Você está cego? Não me viu não?
- Te ver eu te vi, mas não a tempo suficiente de não te atingir na velocidade em que você se atirou na frente do meu carro. - Ele diz de maneira inteligente, me deixando sem saber o que dizer.
- Você se machucou, vem, vou te levar ao hospital. - Me estende a mão convencido e eu arqueio as sobrancelhas.
- Não vou a lugar nenhum com você. Eu acabei de perder meu ônibus e um compromisso muito importante por sua causa. Levanto sozinha mesmo com dificuldade.
- Você é maluca, eu estou tentando te ajudar. - Me olha inconformado e percebo que um tanto de gente estava em volta de nós assistindo aquela cena ridícula.
- Esse é o seu problema, quer ajudar as pessoas que não querem ajuda. Eu não vou a lugar nenhum com você. -Esbravejo irritada.
- E vai ficar com o braço desse jeito? Não está conseguindo nem ficar em pé! - Aponta para minha perna e eu respiro fundo, pois realmente era verdade. Estava doendo muito.
- Eu dou um jeito! - Dou de ombros sem querer da o braço a torcer.
- Ah menina, você vai sim. Nem que seja obrigada! Ele diz e me agarra repentinamente pela perna, me pegando no colo como se eu fosse uma mercadoria.
- Me larga seu idiota! Me larga agora! - Grito freneticamente tentando fazer com que ele me colocasse no chão, mas ele me ignora completamente.
- Dá para se acalmar? Eu vou te levar para fazer um curativo e depois te deixo em paz. Diz e pela primeira vez eu fico contente com o que ele diz.
- Ótimo! Então vamos logo, não vejo a hora disso acontecer. - Sorrio debochada e ele revira os olhos enquanto põe o cinto de segurança em mim.

Depois de já estar dentro do carro, me contente em ficar quieta. Havia muita gente olhando e o que eu mais queria era sair de lá o mais rápido possível.

O caminho inteiro foi feito em silêncio. Virei meu rosto para lado de fora e fiquei com os olhos fixos na janela o tempo inteiro.

- Vem, eu te ajudo! - Me estende a mão assim que abre a porta do carro.
- Já disse que não quero sua ajuda. - Digo rude e desço sozinha.
- O que eu te fiz Lara? Me diz? Sinceramente não consigo entender. Eu também estou gastando o meu tempo com você aqui, eu também tenho uma vida e parei ela para poder te ajudar. Será que você poderia ser mais gentil? Educada pelo menos. - Ele diz chateado e fico sentida por ter tratado ele mal.
- Tudo bem. Vamos, serei atendida e você logo vai se livrar de mim. - Saio andando em direção a entrada enquanto ele vem ao meu encalço bufanfo impaciente.

Arthur Aguiar

Sinceramente não consigo entender o que ela tem contra mim. O que eu fiz para ela? Como pode ser tão rude? Não da uma trégua nem por um segundo. Parece uma fera!

Tive que levá-la para o meu carro a força, não consigo entender.

- Prontinho, o curativo está feito. Logo, logo estará novinha em folha. - A doutora diz simpática.
- Obrigada! Ela sorri descontraída.

Ah, então ela sabe sorrir. O problema é comigo mesmo.

- Vem, vou te deixar em casa. Digo sem muitos rodeios entrando no carro e deixando ela se virar, entrar por conta própria e ela o faz sem contestar.

Seguimos o caminho mais uma vez em silêncio, até eu parar em frente sua casa.

- Pronto! Está entregue, melhoras! -Digo sem olhar para ela.

Ela faz menção de descer, mas se vira para mim.

- Me desculpe! Confesso que tenho sido grossa com você sem motivo. - Diz cabisbaixa e então a encaro.
- Se isso tudo for pelo o que eu disse aqui ontem, eu do fundo do meu coração, eu só quis te alertar. Eu fiquei preocupado, pois uma moça jovem e bonita como você, precisa tomar cuidado. Existem muitos caras cafajestes por aí. Em nenhum momento eu quis dizer o que você deve ou não deve fazer. - Me explico com sinceridade e vejo ela me analisar atentamente.
- Tudo bem. Me desculpe, não sei o que deu em mim. - Dá de ombros envergonhada.
- Tudo bem, já passou! Vamos esquecer isso, ok dona Lara? - Arqueio a sombrabcelha esperando que ela concordasse.
- Sim senhor Arthur! Ela sorri pela primeira vez.

Ela tem um sorriso tão lindo.

- Me desculpe ter te atropelado. Eu realmente não consegui parar. - Me explico.
- Não, eu quem praticamente me atirei à sua frente. Bom, obrigada por tudo!
- Não precisa agradecer. E olha...- Dou uma pausa e pego um papel para anotar meu telefone. - Esse é o meu número, se precisar de qualquer coisa, se sentir dor, pode me ligar! - Lhe entrego o papel.
- Ok! Obrigada mais uma vez! - Faz menção de abrir a porta, mas faço sinal para que ela aguarde.- Desço e a ajudo.
- Figo feliz e me sinto lisonjeado em estar aceitando minha ajuda. -Digo assim que a ponho sentada no sofá.
- Assim eu me sinto horrível! - Ela tapa o rosto vermelho de vergonha.
- Para com isso, só estou brincando. - Dou de ombros sorridente.

Estava tão contente por ela estar sendo finalmente gentil comigo. Me sentia um completo idiota por não conseguir parar de rir ao seu lado. E por querer fazê-la sorrir a todo instante também.

- Preciso ir agora! Qualquer coisa, só me dá um toque. Faço sinal de telefone no ouvido e ela sorri mais uma vez.

Tão linda... Poderia ficar o dia inteiro arrancando sorrisos dela e ainda assim, não me causaria.

- Ok. Até logo! Me oferece um sorriso de canto.
- Até logo! - Me despeço e vou embora.

Acredito que as coisas agora irão melhor. Pelo menos é o que eu espero. Estive pensando e depois daquele sonho, e do ocorrido inesperado hoje, tudo indica que não posso me afastar dela. Ela precisa de mim!

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Notas da autora: Eita, eita, quantos acontecimentos e novidades. O que vocês estão achando? Será que a Lara realmente cedeu? Será que a fera se acalmou? Hahaahah
Começando Um amor para recomeçar com muita expectativa.
Se trata de um livro diferente do que estamos acostumados. Você irá se surpreender com os personagens e o decorrer da história.
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Essa história promete!! ❤
Conto com vocês! ❤

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