Um amor para recomeçar

🦋Capítulo 31 - RETA FINAL🦋

"Espírito Santo,
ore por mim."
Fernanda Brum

Lara Meneses

Depois de ter chorado bastante e me derramado aos pés de Jesus, o pastor deu uma breve palavra e nos despediu.

Pedi licença ao Arthur para ir até o banheiro a fim de me certificar da maquiagem, pois com certeza precisava de um retoque após tanto choro.

Após estar mais tranquila, retorno para onde Arthur se encontra e vejo que a maioria dos jovens já haviam saído e logo saímos também.

— Você está com pressa de voltar para casa? Estava pensando em darmos uma volta na praça.

O culto foi durante a tarde e não demorou muito acabar. Olhei o relógio era por volta das cinco da tarde.

— Não, não tenho pressa. Podemos ir com certeza. — Sorri contente.

Seguimos caminhando e conversando até nos sentarmos em um banquinho da praça. Havia um carrinho vendendo algodão doce e então Arthur fez questão de comprar.

— E aí? Gostou do culto? — Ele pergunta ao terminarmos de comer.

— Muito! Não sei nem explicar, foi incrível. O que eu senti, foi surreal. — Sorri ainda desacreditada. — Deus realmente me ama. — Solto um suspiro.

— Ama e ama muito! Não deixe que nada roube essa verdade de você e não perca nada do que viveu hoje. Deus tem mais para você. — Arthur diz de forma amável.

— Obrigada! Obrigada por não desistir de mim. — Falo realmente grata.

— Eu jamais vou desistir de você. — Ele me olha intensamente fazendo minhas bochechas ganharem uma nova cor.

— As vezes acho que você é bom demais para mim. — Falo sem olhar para ele.

— Por que diz isso? — Ele me olha atentamente.

— É que... meu passado... é complicado.

— Você confia em mim, certo? — Ele pergunta e eu apenas faço um sim com a cabeça. — Então se abre comigo, eu quero te ajudar a superar tudo que você sofreu Lara, me deixa fazer isso.

— Ok. Você tem razão, acho que está na hora de te contar por tudo que eu passei.

— Certo. Estou pronto para ouvir. — Arthur se vira para mim e me devolve toda e completa atenção.

— Tudo começou quando... — Começo a falar, mas sou interrompida com o choro de uma criança.

Olhamos em volta e vimos um menininho que aparentava ter uns quatro anos sozinho chorando. Por não haver quase ninguém próximo, ele provalmemte havia se perdido.

Com o coração na mão, me levanto e vou até o garoto, com Arthur ao meu encalço.

— Oi, está tudo bem? Cadê a sua mãe? — Me abaixo à sua altura.

— Minha ma-mãe su-sumiu. — Ele diz com certa dificuldade pelo choro.

— Está tudo bem, a tia vai te ajudar. — Tomo o menino nos braços e ele se acalma aos poucos.

Arthur se afasta um pouco a fim de procurar os pais enquanto fico com ele, o acalmando.

— Qual seu nome amiguinho? — Pergunto com ele no colo já mais tranquilo.

— Gabriel. — Ele diz deitado em meu ombro baixinho.

— Você tem um nome lindo Gabriel. — Falo baixinho também.

— Você vai achar minha mamãe? Eu não quero ficar longe dela. — Resmunga de forma fofa no meu colo.

— Vou sim, fique tranquilo. O titio logo virá com a sua mãe. — Acaricio seus cabelos loiros.

Ele era uma gracinha.

Não demora muito e Arthur retorna, e para minha decepção sozinho.

— Você não os encontrou? Não encontrou ninguém? — Pergunto um pouco nervosa assim que ele se aproxima.

— Nada! Talvez eles foram para outro lugar não sei, falei com todos no caminho.

— Eu quero mamãe, quero papai! — O garoto faz menção de chorar de novo, mas comigo acalmá-lo novamente.

Ele aparentava estar com sono, então comecei a ninar e ele já estava quase adormecendo.

— Você leva jeito com criança... — Arthur começa a falar enquanto olha em volta à procura dos pais da criança. parece até que já foi mãe, não sei, alguma coisa diferente... — Arthur diz fazendo meu coração apertar e as lágrimas quererem rolar.

— Imagina! — Esboço um riso descontraído, com o coração quebrado por dentro.

— Olha, tem um moço vindo na nossa direção atrás de você, deve ser o pai dele. — Arthur aponta para as minhas costas.

— Ah, sério? — Respiro aliviada e me viro rapidamente.

Minhas pernas parecem fraquejar e meu corpo também parece não reagir aos meus comandos assim que vejo Bruno a minha frente.

— Ah, esse que é o nosso filho? — Bruno pergunta olhando para mim segurando os meninos nos braços enquanto Arthur nos olhava sem entender nada e já desapontado.

As lágrimas logo começam a rolar sem pedir permissão e eu sinto a vontade de sair correndo o mais rápido dali. E agora?

Notas da autora: Eita que o Arthur descobriu um dos segredos da Lara e da pior forma possível. O que será que vai acontecer agora?

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Notas da autora: Eita que o Arthur descobriu um dos segredos da Lara e da pior forma possível. O que será que vai acontecer agora? E os demais segredos da Lara? Ainda há muito para ser revelado.
Aguardem...