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Sabina hidalgo

Sabe quando você se sente perdida? Quando sente que nada que você faz é bom ou suficiente?

Eu tenho trabalho,agora eu tenho amigos mas eu ainda me pergunto,por que eu ainda não estou me sentindo bem aqui?

Minha vida parece está em uma montanha russa,eu tenho muito a agradecer mas eu também tenho muito a pedir.

No pouco tempo que eu estou aqui deu tudo certo,agora eu tenho amigos que são bem legais,eu tenho um emprego bom e uma casa maravilhosa mas eu sinto que nunca deveria ter saído do México,deixar minha mãe não foi nada fácil e agora toda vez que eu estou feliz eu sinto que estou sendo egoísta com ela.

Eu deveria está planejando tudo para o começo das minhas aulas que irá começar daqui a pouco mas como eu já tenho tudo preparado resolvo andar por aí apenas olhar as coisas que estão ao meu redor.

A cena que ocorreu ontem com o Noah não sai da minha cabeça,por um momento eu achei que aquilo foi um erro mas o problema é que as vezes o erro beija tão bem e isso me tortura cada vez mais por está querendo provar dele mais e mais...

Olho a hora e vejo que já estava um pouco atrasada então corro até a escola e logo adentro nela vendo alguns pais deixando seus filhos e então vou até a sala onde minhas aulas aconteceriam e logo vejo todos os acentos ocupados pelos meus alunos.

Sabina: olá - olho para todos e eles estavam bem risonhos,me apresento para eles e pergunto o nome de cada um e percebi que as gêmeas não estavam lá e logo estranho pois elas estavam tão animadas.

Não demora muito e eu começo minhas aulas mas como sempre começo com uma dinâmica com todos numa roda...eles estão se divertindo tanto e isso está me deixando orgulhosa de mim mesma...

Any: saby? - olho para a porta e vejo any segurando a mão das duas meninas que eu tinha sentido a falta então deixo minha auxiliar com as crianças e vou até elas

Sabina: estão atrasadas mocinhas - me agacho e fico do tamanho delas e logo recebo um abraço e peço para elas irem se juntar a turma

Any: Noah mandou pedir desculpas pelo atraso,ele está tão perdido,suas aulas foram duplicadas para as turmas dos mais velhos e dos menores,ele está a ponto de enlouquecer,por isso que as meninas chegaram atrasadas - afirmo com a cabeça e abraço a mesma

Sabina: tá tudo bem - sorrio e a mesma segue seu caminho até suas aulas então continuo com as minhas - crianças,chegaram duas alunas novas,se apresentem meninas - sorrio olhando para as duas e as mesmas falam seus nomes sem vergonha alguma e isto me fez sorrir mais ainda.

As aulas foram se passando mais rápido que o normal,o horário do recreio iria começar então fico esperando as crianças terminarem suas atividades e logo me despeço de cada uma dando um até logo e saio andando para fora da sala.

O local dos menores eram separados para nenhum se machucar com os meninos maiores estão saio de lá e fico observando cada criança brincando e cada adolescente flertando um com os outros o que me fez rir ao pensar que um dia era eu que estava ali.

Saio dos meus desvaneios quando escuto meu celular tocar e logo atendo quando vejo o nome de contato. Era minha mãe

Sabina: mãe! Oi - falo toda animada andando para a sala dos professores

Fernanda: saby? - escuto a voz da minha irmã mais velha e logo um aperto no meu coração se instala

Sabina: Fer? Cadê a mãe? - escuto ela suspirar e logo entro em desespero internamente

Fernanda: ela passou mal sabina,ela está no hospital pela 4 vez dessa semana,eu só te liguei pois ela insistiu muito pois ela me disse que te ligaria hoje a essa hora - sinto meus olhos lagrimejarem

Sabina: eu vou voltar,eu preciso cuidar dela - entro na sala e dou graças a deus que ela estava vazia

Fernanda: você sabe que ela não quer isso,fique e eu vou te dando notícias,o médico acabou de me falar que ele vai dar uma olhada nos exames dela,ela está com tanta dificuldade de respirar que chega dói no meu coração - escuto ela fungar e uma lágrima escorre pelo meu rosto - ela escondeu de todo mundo que estava doente,ela é tão forte que me parte o coração em ver ela numa cama de hospital

Sabina: eu vou estar aí nem que eu chegue amanhã ou depois,eu preciso ver ela - tento conter as lágrimas mas não consigo

Fernanda: não saby! Fique,eu vou te dando notícias,fique bem ok? Beijos - ela desliga o telefone e eu ponho o mesmo encima da mesa branca e apoio minhas duas mãos sobre elas e sinto lágrimas por todo meu rosto.

Meu choro era Silêncioso,cheio de medo e desespero,eu queria estar lá,nesse momento eu estou me sentindo uma inútil por não está ajudando minha mãe a se cuidar.

Escuto as vozes dos meus amigos entrando na sala mas não consigo me mover dali,eu só estava com medo...com medo do que pode acontecer com minha mãe...

Any: saby? - não respondo nada e apenas engulo seco tentando não soluçar

Noah: hey - sinto as mãos grossas de Noah segurando minha cintura me puxando para um abraço e sem pensar duas vezes retribuo o abraço o apertando e deixando as lágrimas caírem - tá tudo bem,vai ficar tudo bem,calma - ele passou as mãos pelas meus cabelos e encostou sua cabeça na minha que estava em seu ombro.

Ele não me perguntou o que estava acontecendo,ele não ficou insistindo saber,em nenhum momento vi curiosidade naquele abraço,ali eu senti que ele estava tentando me consolar mesmo sem saber o que era...

Naquele abraço eu me senti segura dos meus próprios medos.

Eu não deveria está quase me apaixonando por ele...eu não devia me render tanto,mas é inevitável... é inexplicável o que eu estou começando a sentir.

Noah: olhe para mim - ele diz ainda com seus braços em volta do meu corpo então eu apenas ergo um pouco minha cabeça e uma de suas mãos se solta da minha cintura e vai até meu rosto limpando uma das lágrimas - se quiser conversar eu sempre vou está aqui ok? Quando se sentir preparada me fale - assinto e ele continua me abraçando.

Eu estou prestes a pedir para que ele nunca mais me solte,eu estou me sentindo tão segura em seus braços que eu não quero mais sair daqui...

the best of me  {urridalgo}Onde histórias criam vida. Descubra agora