Tudo que o fim disse a mim, era impermeável, tudo que se foi, no fim.
Naquele dia estávamos de mãos dadas sobre o preto e azul, azul e preto. Você me dizia algo aventuranças sobre um pássaro vermelho de olhos brilhantemente escuros.
O cachorro de pernas longas, ao qual chamava de fofo me seguiu até a ponte, aonde costumávamos passear.
Eu estava me sentindo sozinho nesse mundo estranhamente estranho, até que ele longamente caminhando em seu trono vagabundo perfeitamente simétrico viveu por mim, ou eu vivi por ele.
Vamos caminhar agora, eu, eles, e eles.
Eles, e eles, e eles, caminhamos.
O fim me disse que a chuva caía, disse a mim, e ao pássaro vermelho que a chuva caia sobre ele também.
Com medo do fim, viramos as costas ao presente, afinal, quem liga para presente?
Eu gosto de pensar no futuro, lá sim vai ser melhor. O fim me disse que o futuro é o presente do passado. Não acreditei em suas palavras, então continuei sobre o mar de ondas em Netuno.
Netuno, meu corpo congelado, não respirava, a vida dizia não.
Dizia, o fim do mundo irá ser um colapso em gelo.
O pássaro vermelho disse a mim que ele estava certo, o fim de tudo era o fim de tudo, então ele podia congelar seu corpo.
Era o fim de tudo, e ninguém sabia. O remorso irá corroer suas almas até a morte.
