Capítulo 2

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Pô gente, desculpa a demora ai. É que eu sou uma desequilibrada mentalmente, e tava tentando ficar bem kkkk 

Provável que vão ter que reler tudo né, eu tive que reler. Só que esqueci porque o Logan aparecia agora. Mas acho que vai dar tudo certo. kkkkkk

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Ester Veron

- Meu Deus, Thé.. - a voz quente de Logan não passava de um sussurro perto do meu cabelo, que apenas eu conseguia ouvir. - Que saudade eu senti de você Ester.
Me apertou mais no abraço. 

Meu melhor amigo. 

O cheiro dele era o mesmo, o abraço o mesmo, e por alguns instantes eu consegui relaxar, e me imaginar num lugar seguro e conhecido. 

Só por alguns instantes... Não durou muito a sensação de estar confortável com o abraço do Logan, foram segundos de carinho e conforto naqueles braços que eu antes conhecia.

Então comecei a sentir o comichão subir minha barriga, um formigamento que já estava se tornando até normal, conhecido dentro de mim, meu próprio pedaço de escuridão, que consumia partes de mim de pouquinho em pouquinho. 

E estar em contato com o corpo de Logan começava a me incomodar, fazendo a escuridão se agitar nas veias, apertando meu peito, como uma mão invisível agarrada ao meu pescoço. 

Senti minha cabeça começar a zunir bem baixinho, me atrapalhando  os pensamentos, fazendo meu corpo ficar em alerta. 

"Porra Ester.. que bosta, é o Logan..." meus pensamentos gritavam em minha cabeça, enquanto eu ainda respirava encostada no ombro de Logan naqueles segundos, me dizendo que eu deveria tentar manter ele em mim, porque ele era ELE. 

Velho e querido Logan. Que eu não via a algum tempo sim, mas que deveria estar dentro da categoria de pessoas que eu conseguia tocar...

 Mas não consegui, e quando a angustia subiu por minha barriga separei nosso abraço, com uma leve resistência de Logan, que não ajudou o mal estar passar. 

- Bom.. Oi! - falei sorrindo. Era um sorriso verdadeiro, mas minha voz falhou, vergonhosamente. 

A escuridão, meu buraco no peito, era mais uma coisa que eu guardava debaixo da pele. Debaixo de várias camadas. Debaixo da filha rebelde, da herdeira bêbada, da amiga irresponsável, da estudante inconsequente, e algumas outras. 

Camadas muito bem elaboradas e estruturadas, para eu não precisar lidar com o fato de que eu estava quebrada. Fodida. 

Não apenas pela saudade alucinante da minha família. Não apenas pelas noites sem dormir. Não só pelos momentos que eu me desconectava do mundo, desassociando, me perdendo em algum abismo estranho em mim mesma.. Mas a memória. 

Aquela memória. 

Aquela que quebrou alguma coisa em mim mais que qualquer outra. Mesmo eu não entendendo o porque. 

Aquela em que o homem muito grande ia para cima de Sarah.

 Uma coragem enorme crescia em mim. 

Eu partia para cima dele. 

E então a atenção dele estava em mim, querendo rasgar a minha roupa. O peso do seu corpo sob o meu. A barba por fazer encostando na minha pele, grudenta.. 

E seu cheiro. 

O cheiro que as vezes me fazia acordar de madrugada desesperada, alucinando que eu ainda estava presa sob o corpo do homem, e seu cheiro se mesclava com o meu, como se me roubasse a pessoa que eu era.

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