A Cena do Mal

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Ele estava excitado

Aquele cheiro era maravilhoso,

Nada despertava nele

Maior prazer do que isso.

Suas mãos estavam sujas

Mas o cheiro,

Ah aquele cheiro

Por ele valia a pena se sujar.

Hoje era uma exceção

E ele se esqueceu de se trocar,

O desejo era grande demais

Não podia esperar as formalidades.

Que visão do paraíso

Aquela imagem

Era o seu oásis

O seu orgasmo.

Um corpo nú

Totalmente ensanguentado

Caído no piso de madeira

De uma linda sala rústica.

Seus olhos brilhavam

Nada era tão prazeroso

Do que admirar

A bela moça ruiva.

Ele se lambuzou todo

Era o seu dia de rei,

Colocou um disco de Chico Buarque

Enquanto fazia a festa.

Suas risadas

Eram tão altas

Que provocam eco

Por toda a montanha.

Como todo bom artista

Ele deixou sua marca,

Pegou sua linda faca

E fez dos seios o seu quadro.

Rolava no sangue

Mais e mais

Se sentia livre e feliz

Era algo inexplicável.

Depois de mergulhar

Por dias e dias,

Começou a sentir repulsa

Daquele corpo.

O nojo,

Todo o cenário

Que agora cheirava mal

Criando bichos.

Decidiu lavar sua faca

Limpar o piso

E Cortar o corpo.

Congelou a Carne

Para a próxima semana

Tinha que preparar o jantar.

Afinal era a hora,

Precisava deixar tudo limpo

Para receber a próxima visita.

Enquanto Os Vizinhos Dormem [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora