Capítulo 12

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TODD

Estava tudo indo bem demais. Eu e Michael estávamos juntos como sempre imaginei. Deveria ser ótimo. Mas não estava sendo.

No início eu realmente me senti em um mar de rosas porque tudo na minha vida estava dando certo. Até que me lembrei de que tudo tem um fim, inclusive a paz.

— Mãe! Vamos, se não seremos os últimos! — gritei da sala e ela gritou do quarto dizendo que já estava descendo. Me afundei no sofá e peguei meu celular vendo coisas aleatorias.

Hoje é dia de Ação de Graça e vamos passar na casa da minha tia, como todos os anos.

Estranhei que o som da campainha. Não estávamos esperando ninguém, e além do doido do Michael, não conheço quem iria sair de casa para vir age aqui.

Me levantei e fui até a porta curioso para saber quem seria. Abri a porta e quase pulei de susto.

Já se fazia quase onze anos, mas eu reconheceria aquele homem em qualquer lugar. A pele pálida e com fortes marcas de expressões, os olhos castanhos como os meus, o cabelo preto quase raspado, a barba por fazer, o nariz que era exatamente como o meu, e o mais importante, a expressa séria no rosto. Raymond James estava bem ali, na minha frente. Após tantos anos.

— Todd? — fechei o punho com força tentando acalmar o turbilhão de sentimentos dentro de mim

Que merda você está fazendo aqui?

Vim te ver, filho!

— Me ver? — sorri — Uau, depois de uma década o bom moço resolveu me ver. Eu achei que você já estivesse morto, Raymond.

— Não fala assim!

— O que estava pensando? Foi dar uma volta e esqueceu o caminho de casa?

— Todd!

— Filho, quem é? — minha mãe perguntou descendo as escadas

— Ninguém. — eu já ia fechar a porta mas ele me impediu

— Ninguém? Como... — ela se aproximou e suspirou — Raymond.

— Elena. — sorriu educado, apenas revirei os olhos — Você pode ter tentado evitar mas em algum momento eu veria meu filho.

— Filho? Agora eu sou seu filho? Quando você foi saiu dizendo que ia comprar um presente, eu te esperei. Uma semana depois eu continuava esperando. Eu te esperei até os dez anos de idade!

— Sinto muito por isso, mas...-

— Cala a boca! Você não pode voltar e achar que tem razão! Sinceramente? Vai se foder! — bati a porta com força e a tranquei. Bufei e fui em direção ao sofá

— Todd, filho, eu não sabia que ele ia vir aqui! — se sentou ao meu lado

— A senhora não tem culpa mãe.

— Tenho, um pouco. Essa não foi a primeira vez que ele veio, eu devia ter ficado mais atenta!

— Não foi a primeira vez? — ergui uma sobrancelha a olhando

ETERNO (Romance Gay) - SPIN-OFF de VOCÊ, PERFEITO PARA MIMOnde histórias criam vida. Descubra agora