Capítulo 50

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talvez eu tenha me empolgado e esse capítulo talvez esteja muito grande....vocês sabem que as vezes eu faço uma bíblia no lugar do capítulo, é mais forte do que eu!!!

TODD

Nos primeiros meses as coisas não mudaram realmente, eu apenas fiquei nervoso demais. Tentei digerir melhor a notícia, mas a verdade era que eu já estava totalmente entregue a essa nova fase.

Quando completou oito meses Brienne se mudou para o meu apartamento. Eu que pedi isso. Na fraternidade ela quase não tinha espaço para si, então mobilhamos juntos o segundo quarto do apartamento onde ela se instalou.

Os dias passavam lentamente e eu não via a hora de ver o rosto do meu filho. Descobrimos que era um menino na terceira consulta que fizemos, e logo decidimos o nome. Ela queria muito algo que tivesse origem irlandesa ou algo assim, então fizemos uma lista dos nomes que achávamos legais e no final optamos por Kenneth.

Colton veio nos visitar nesse período, e me fez prometer que ele e Taylor seriam padrinhos. Foi bom ter mais alguém aqui, eu me preocupava com Brienne sozinha no apartamento.

Estava de noite quando a bolsa rompeu, ela já estava deitada em seu quarto e eu no meu. Fomos correndo para o hospital, e o pequeno nasceu somente de manhã. Ele era ruivo como eu, e após um tempo notamos que os olhos eram azuis como os dela. Com toda certeza Kenneth era a minha cara - mesmo que Brienne diga o contrário.

Foi difícil no começo. Ele era tão pequeno e tão dependente de nós, eu não fazia ideia de como cuidar de um recém nascido. Quando minha irmã nasceu eu já não morava com meus pais, e o mais próximo que tive de uma criança tão pequena foi ela.

Cada pequena coisa que Kenneth fazia me deixava nas nuvens. Sua primeira risada, a primeira vez que ele apertou meu dedo, o primeiro sorriso ao ouvir minha voz, a primeira vez que ele engatinuou. Tudo me deixava completamente apaixonado.

Aos poucos ele ia crescendo e ficando cada vez mais fofo, ainda me lembro bem de quando ele conseguiu ficar sentado por alguns segundos antes de cair na cama. Brienne e eu éramos definitivamente pais babões, estávamos sempre tirando fotos.

Depois que ela passou a morar comigo, criamos uma amizade bem especial. Tínhamos intimidade o suficiente para compartilhamos nossos segredos e pensamentos. Eu sabia que Brie não tinha uma boa relação com a família desde a adolescência, e que o intercâmbio foi uma forma de fugir um pouco, e ela sabia sobre tudo que aconteceu comigo antes de vir para cá. Sabia até mesmo sobre Michael e o sentimento que eu ainda nutria por ele.

Mesmo estando grávida ela conseguiu se formar tranquilamente, já que Kenny nasceu em julho e ela se formou antes disso.

Aliás, nesse período Giulia teve seu primeiro filho e Justin e Nathan sua primeira filha. Fiquei extremamente animado porque as idades das crianças seriam próximas e eles poderiam ser amigos no futuro.

O problema real veio depois. Nós dois éramos estrangeiros aqui, mas eu tinha o visto porque trabalhava aqui. Ela apenas estudava, e quando se formou, esse visto venceu.

Quando Brienne me contou que sua única opção era voltar para a Irlanda e morar com sua irmã - que já era casada e tinha três filhos -, eu entrei em pânico. Se ela fosse embora, Kenneth também iria.

— Você não pode ir! — repeti pela vigésima vez. Kenny finalmente dormiu, e só agora podemos conversar sobre isso.

ETERNO (Romance Gay) - SPIN-OFF de VOCÊ, PERFEITO PARA MIMOnde histórias criam vida. Descubra agora