Nos vilarejos da pequena Konoha havia uma garota de cabelos coloridos e libido aflorada. Nas ruas estreitas de casas de palha e ambulantes de milho as pessoas eram regadas pela fé, a viam como regateira, mas ela de fato almejava o proibido; um rapaz...
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- Eu não acredito que isso está acontecendo.
- Não chora amiga, ainda não está perdido pra você como para mim.
- A minha sogrinha é uma mal amada.
- O que você está pensando em fazer agora?
- Ainda não sei, mas pode ter certeza, não vou deixar meu futuro marido virar padre, não vou deixar esse homem escapar de mim.
Sakura se contorcia de ansiedade para a celebração do compromisso diante do superior provincial acabar logo, era uma cidade pequena, com muitos idosos e pessoas humildes, onde praticamente toda a população estava lá como ela, porém, não exatamente com as mesmas intenções.
Todos sorriam ao assistir os seminaristas fazerem seus votos, no início de cada ano, as duas casas religiosas da cidade acolhiam jovens que buscavam aprofundar suas vocações. Ao final do período, os candidatos se aprovados, poderiam fazer a sua primeira profissão religiosa temporária, ou seja, os primeiros votos religiosos. Para o desespero de Haruno Sakura, Uchiha Sasuke era um desses noviços, sua paixão platônica desde o ensino médio. O Uchiha do meio era um garoto recém completado de dezoito anos, inteligente, de aparência estonteante, querido por todos, tinha uma voz doce e amorosa, e em vez de seguir como seus colegas, e praticamente todos os jovens de sua idade, projetando o futuro para irem à faculdade, se decidiu pelo celibato. Foi criado assim, sua família era a mais assídua a igreja, sua irmã mais nova coroinha desde a infância, seu irmão mais velho padre há dois anos, seu tio a vinte, sua mãe já havia sido freira e seu pai o maior contribuidor de dízimos da região.
Para Sakura aquilo era o fim do mundo, desde sempre vem tentando fazer o rapaz desistir de seguir aquele caminho, Sakura o amava e o desejava de uma forma desesperadora, para ela o Uchiha estava sendo induzido, sempre acreditou que Sasuke não tinha vocação para padre como o mais velho, se é que o irmão tinha vocação mesmo para ser padre, ainda duvidava.
Sakura acreditava que ele tinha o fogo que tanto queria, e ela tinha suas provas.
Às vezes em que se insinuava para ele nos corredores da escola, quando dançava lhe olhando de longe nas pouquíssimas vezes em que ele foi a uma festa, nas vezes que o pegava mordendo os lábios fitando sua bunda, às vezes em que tentava o beijar. Tudo isso não a enganavam e ela estava disposta a fazer qualquer coisa para ele não se entregar a castidade. Estava encurralada pelo tempo. O problema de toda a história era a mãe de Sasuke, Mikoto Uchiha, ela acreditava que os filhos eram santos, literalmente, a sua filha mais nova, Hinata, era conhecida pela cidade como "a santinha dos milagres", de acordo com ela Hinata tinha o dom de curar as pessoas, e todos da cidade acreditavam de verdade, levavam seus filhos doentes para a cura de enfermidades, tanto pela doçura da moça, como pelas palavras de fé absoluta da matriarca. Ela sim tinha o dom das palavras, fazia a cabeça de todos e todos a seguiam e lhe admiravam por ter uma família tida como imaculada.
