Chapter Ten

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—Seungyoon?- o que meu ex namorado está fazendo aqui?

—Yian, que bom que eu encontrei você- ele caminhou todo decidido na minha direção, dei um passo para trás somente para sentir o carro as minhas costas, balancei minha cabeça.

—O que você está fazendo aqui?- não pude falar mais que isso, ele me encarou e sorriu, o filho da mãe teve a cara de pau de sorrir.

—Vim ver você- respondeu simplesmente, apertei a bolsa do Minjae e coloquei ambas as mãos na cintura e o encarei irritada não acreditando nessa situação:

—Ah então depois de todo esse tempo você vem me ver? Esqueceu que eu estava grávida? Esqueceu que eu precisava de você? Esqueceu que tinha um filho? Esqueceu de mim, seu imbecil? E ainda tem a cara de pau de dizer que veio aqui me ver? Faça mil favor né, Seungyoon- não deixei ele falar, tranquei o carro e caminhei para dentro de casa.

—Olha, você tem que entender que eu era muito no....- me virei com tudo e bati em seu rosto.

—Você era o quê? Novo demais? Eu estava carregando um filho seu,- respirei fundo para conter as lágrimas.—Eu precisava de ajuda, mas quando eu precisei, você me deixou sozinha- coloquei minhas mãos no meu rosto e quando ele fez menção de me tocar eu recuei.—Não tente me tocar, você me dá nojo, sai daqui, não quero ver essa sua cara.- e entrei, não fiquei muito tempo para ver se ele tinha ido embora, fui procurar minha mãe na cozinha e assim que a encontrei, me pus a chorar.

Yian não voltou para casa hoje.

Como eu sei? Eu fiquei vigiando pela janela qualquer movimento no estacionamento, e quando já está amanhecendo eu me joguei na cama e adormeci.

Mas acordei quando eu ouvi barulhos de chave, e me levantei em um pulo indo para a porta da frente, e no caminho bati meu dedinho do pé umas quinze vezes mas não liguei, abri a porta e me deparei com Yian carregando Minjae e mil sacolas enquanto tentava abrir a porta, cocei meu olho e fui ajudá-la.

—Bom dia- falei para ela e ela deu um pulinho de susto.

—Bom dia- ela respondeu quando peguei Minjae e ela pousou as sacolas no chão para abrir a porta para entrar, ela fez tudo isso em silêncio, acariciei a cabeça de Minjae enquanto esperava mas ela não abriu a porta invés disso se virou e me encarou.

—Posso ficar na sua casa hoje?- ela perguntou, seus olhos se encheram de lágrimas e eu engoli em seco, não podia abraçá-la por causa de Minjae mas eu fiz que sim com a cabeça e abri a porta do meu apartamento com uma mão e dei espaço para ela entrar.

—Vamos para o quarto?- ela concordou com cabeça e limpou as lágrimas do seu rosto, eu tranquei a porta e vi quando ela deixou as compras em cima do balcão da cozinha, caminhamos em silêncio e quando coloquei Minjae na cama, ela se deitou ao lado dele, fiz o mesmo e esperei que ela falasse qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, mas menos o que saiu da boca dela:

—O pai de Minjae voltou.

Meu Vizinho» MINO|||WINNEROnde histórias criam vida. Descubra agora