Capítulo um: a história de Sean

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Sean é um garoto de 19 anos descendente de uma linhagens de místicos muito antiga, mas ao passar dos anos essa linhagem foi se perdendo e a origem de seus dons eram desconhecidas. 

O dom de Sean era o da Proteção, ele seria forte quando em perigo, inteligente quando preciso e hábil quando necessário. Seus avós haviam lhe dito que um protetor sempre ajudaria as pessoas e sua alma era totalmente boa, sempre seria bondoso com todos mas que todo o protetor chegaria a um certo momento que encontraria sua alma gêmea, e seu mundo seria resumido nessa pessoa e que o faria muito feliz.

Sean nunca tinha se aprofundado nesse assunto, sabia sobre seu dom mas para ele era um sentido tão natural que não parecia ser alguma coisa mística como seus avós lhe contaram. Na verdade Sean tinha suas dúvidas se aquilo realmente existia, seus avós nunca tinham mostrado os seus dons a ele. Era como se tivessem perdido depois de mais velhos ou talvez simplesmente nunca existido.

Bom, já Maya Parker era uma garota de personalidade forte, extrovertida e com muito carisma porém com um certo azar de sempre dar de cara com problemas in(desejados).

Ela e Sean eram melhores amigos desde infância, suas casas eram do mesmo bairro e estudavam na mesma escola, sempre foram muito próximos e nada mudou quando se formaram no ensino médio. Ele havia conseguido um emprego como atendente em uma loja de ferramentas e fazia faculdade de tantanam e ela fazia faculdade de história.

Os dois eram melhores amigos e se entendiam em tudo, ela entrava em problemas e ele a ajudava a sair, se ela caísse no chão ele a segurava, se ela estava tendo uma ideia ele já tinha colocado em prática, pareciam duas mentes que trabalhavam em conjunto. Uma dupla que cresceu junto e que absolutamente ninguém iria separ.

Claro que muitas vezes se afastaram ou brigaram, entretanto a força desse laço falava mais alto e quando se viam novamente era como se a amizade deles nunca tivesse sofrido um se quer dano. E esse era o mais valioso laço de amizade entre eles, sempre estariam lá um pelo outro.

Mas uma coisa que Sean não sabia era que Maya escondia um segredo que nunca havia revelado a ninguém, nem a sua própria sombra sabia pois ela vivia como se fosse aquilo nunca tivesse existido, ela tinha receio que alguém soubesse a verdade e a julgasse.

Sean era um garoto com traços latinos, cabelo castanho, olhos castanhos, de porte médio e olhos traçados. Ele amava desenhar em seu sketchbook, ele adorava fazer road trip com seus amigos e amava a natureza. Morava com seu amigo Finn em um apartamento da zona oste de Los Angeles.

Seus pais haviam falecido a muito tempo e quem o cuidou foram seus avós. Seu irmão casula se chama Daniel e eles tinham um relacionamento muito bom entre irmãos, mesmo que o pequeno fosse um pirralho na maioria das vezes. Daniel adorava quando Sean trazia Maya para casa de seue avós, assim ele podia zoar seu irmão na frente de uma garota bonita.

Maya tinha um estilo meio e-girl, tinha cabelos curtos sobre os ombros, com tons escuros e nas pontas eram de cor beringela, seus olhos eram de um verde bem intenso e ela tinha algumas poucas tatuagens em seu braços esquerdo.

Ao contrário de Sean ela era uma garota normal, nunca soubera da história da linhagem da família dele e muito menos que ele exercia um dom de proteção, isso era um segredo absoluto que ele prometeu a seus avós que nunca contaria a ninguém.

Uma vez Sean cogitou a ideia de contar a ela sobre essa história de ter um "dom" porém achou que seria tolice, ela nunca acreditaria sem provas e ele nunca se quer conseguiu usar seus dons sem ser involuntariamente.

As vezes se passava na cabeça de Sean se ele realmente usava seus dons no dia-a-dia e em poucas vezes acabava achando que era verdade, como na vez que ele salvou uma senhora de idade de ser atropelada em uma avenida movimentada. Foi tão rápido que ele se quer lembra de como fez isso, em um segundo estava caminhando na calçada pensando sobre seu dia e no outro estava acalmando a pobre senhora que estava em choque de ter quase sido atropelada, seria só um instinto do ser humano ou seria o seu dom? Nem ele sabia responder essa pergunta quem dirá tentá-la responder para Maya. Então evitava ao máximo pensar sobre isso.

Mas nesse dia Sean não deixava seus pensamentos em ordem, apenas o que vinha a sua mente era o sentimento de que tudo era verdade sobre o seu dom, ele se sentia destemido como se nada o penetrasse, como se estivesse dentro de uma armadura e que o que visse pela frente ele enfrentaria. Era um sentimento estranho, Sean sempre se via tão exposto ao mundo de como ele deveria ser e de como agir, como se devesse ao mundo a sensação de ter tudo no controle a todo momento.

Ele não sabia explicar o porquê de se sentir tão seguro naquele dia.

O sol caia em LA, final de tarde movimentado tipico das férias de verão. Sean já tinha saído do serviço e estava aproveitando a brisa da praia. O por do sol estava lindo e ele sentia os últimos raios solares do dia penetrarem em sua pele dando lhe mais energia. Seus braços estavam apoiados em uma cerca de madeira entre as dunas e seus pés mergulhados na areia fofa, o vento leve bagunçava seus cabelos e seus olhos piscavam admirando o show de cores do por do sol a sua frente.

Naquele momento se sentiu leve, estava feliz e calmo. Sentiu que aquele singelo dia tinha sido único, agradeceu mentalmente por estar tão bem consigo mesmo e agradeceu por estar dando tudo certo.

O motivo de estar em paz absoluta era que além de estar se sentindo bem, Sean havia ganhado no final de seu expediente um aumento do seu chefe por ter elevado as vendas da loja, o dinheiro extra iria cair bem para ajudar seus avós nas contas e para a sua faculdade.

Sean estava se sentindo tão energizado que involuntariamente pegou seu celular e discou o número de Maya. Não sabia muito bem o porquê de ter feito aquilo só sabia que ele tinha que comemorar não só sobre seu aumento mas por estar se sentindo tão bem com si mesmo.

—Diaz! qual é a da vez? —a animada voz de Maya ecoou do outro lado da linha aos ouvidos de Sean, uma música de fundo era perceptível.

—Maya tá livre hoje a noite? —ele falou calmo esperando a resposta que já sabia.

—Hmm... Vai ter agito? —Sean rio baixo ao imaginar a cara de Maya ao escutar essa frase, nitidamente via na frente dele as sobrancelhas arqueadas e o sorriso esperando por um motivo pra sair por aí pela cidade.

—Coisa discreta, só quero sair para beber um pouco.

—Fechado, passo na sua casa mais tarde.

—Até logo Parker!

—Até depois Sean!

E assim a ligação foi encerrada, Sean guardou seu celular no bolso, pegou sua mochila e calçou seus tênis para sair da praia.

Antes de ir embora, olhou mais uma vez para o por do sol e respirou fundo algumas vezes. Depois deu as costas para o imenso oceano e seguiu deu caminho até em casa.

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