Seis

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Ois! Sim gente, é verdade que eu não tenho nenhuma vergonha na cara mas espero que vocês possam perdoar o atraso tão tão tão longo :)
Espero de verdade que vocês se divirtam lendo essa coisinha e perdoem minha demora.
Boa leitura!

O peito de Gendry oscilava enquanto tentava reivindicar ar de volta aos seus pulmões, a fúria emanando dele enquanto ele observava Davos o encarar de volta em um semblante frustrado e cansado. Eles haviam tido sua terceira discussão naquela mesma semana, Seaworth parecia muito convencido a fazer Gendry desistir de casar com a mulher que ele amava e isso enchia o jovem senhor de raiva. Aquele homem ranzinza e insatisfeito à sua frente era o mais próximo que ele já teve de um pai e ele estava visivelmente decepcionado com as escolhas de Gendry desde que Arya não era mais sua hóspede mas sua noiva.

— Você não pode simplesmente estar feliz por mim? Por finalmente estar me estabelecendo com uma mulher, ter uma esposa e cumprir os meus deveres enquanto amo e sou amado de volta? — perguntou atordoado buscando por uma resposta, porque diabos Davos não podia estar feliz por ele.

— Não me faça dizer o que você já sabe, rapaz. — a voz cansada respondeu — Eu mais que ninguém sei bem o quão feliz você merece ser, não só por tudo o que passou até chegar aqui. — Davos passeia os olhos ao redor indicando as paredes de pedra com compunham a fortaleza — Este lugar nunca conheceu um líder melhor que você. — Gendry permaneceu quieto, o queixo tremendo e o suor escorrendo em suas têmporas. — Eu quero ver você se casando com a mulher que ama, filho. Como no dia em que te vi prometer ao seu povo se tornar melhor senhor que você pudesse ser, mas nós sabemos que Arya não está pronta para isso. Você tem algumas escolhas, filho. Você se casa com a mulher que ama à sombra do abandono ou garante ponta tempestade.

Gendry não percebeu seu choro até sentir o salgado em seus lábios. Davos estava certo no final, a Stark não estaria feliz não importa o quão disposto ele estivesse. A dor o consumiu e ele esqueceu então que não estava sozinho em seus aposentos, chorando como uma criança abrigado nos braços do único pai que ele conhecia.

— Você está certo, Davos — sua voz entrecortada afirmando que ele havia entendido todo o ponto provocando toda a solidariedade do cavaleiro das cebolas — Arya deverá partir.

Arya Stark não tinha o melhor o humor naquela manhã mas decidiu não permanecer refém do castelo quando a chuva que insistia em cair parecia querer recuar. Ela ainda não havia cruzado com Gendry nem uma vez naquele dia, nem mesmo no café da manhã fazendo-a se culpar por tê-lo recusado em sua cama na noite anterior. Arya sentiu a falta dele toda a noite longa e por pouco não fora buscar o homem em seus aposentos quando ela percebeu que já estava mais que acostumada em dormir em seus braços fortes e protetores.

Eles conversariam depois e ela se desculparia com ele da melhor forma que ela conhecia mas agora ela realmente precisava sair daquele castelo para garantir que não enlouqueceria.

Todo o chão se encontrava encharcado derrotando qualquer pensamento de ir encontrar seu cavalo nos estábulos para um passeio. Praguejando, Arya planejou um passeio simples e rápido na praia não encontrando problemas na agitação do mar.

Os cabelos escuros balançavam a favor do vento e o barulho familiar das ondas se chocando com as pedras incentivam seus pensamentos e suas lembranças por todo o período que estivera no mar, procurando tudo e nada em especial. Aquilo poderia ser saudades? O fato é que ela sentia falta de suas aventuras que ela deixara para trás quando atracou naquele porto a algumas semanas dali, no entanto ela sentia mais saudades de Gendry e de todo o sentimento que ele lhe provocava mesmo em uma única noite. Ela estava tão apaixonada por aquele homem.

Os pés nus vasculhando o chão arenoso encontram um graveto que Arya usa para desenhar um navio enquanto seus pensamentos vagam em sua tripulação. O que eles estariam fazendo sem ela? A mulher amaldiçoa lançando o graveto para longe em um suspiro alto, odiando que aquele tempo sozinha não tinha efeito nenhum quando ela nunca esteve tão confusa.

Os ventos diminuíram e o sol tímido parecia querer mergulhar na imensidão do mar  naquele final de tarde, um lembrete de que ela precisava tomar o caminho de volta antes que a escuridão tomasse tudo o que ela podia ver. Seu pé estava afundado na areia e seu cabelo parecia arruinado mas ela não se importou, um incomodo no estômago reclamando sua despreocupação em ingerir qualquer coisa mais cedo, ela não demoraria a voltar. A única coisa que ela gostaria mais que comer qualquer refeição saborosa era se desculpar com Gendry e era isso que ela estaria fazendo tão logo encontrasse o caminho de volta. Levantando-se enquanto expulsava a areia abundante de suas roupas, Arya tomou um suspiro antes de virar-se encontrando o homem que amava tão perto dela, observando-a como se estivesse a muito tempo ali.

Ela se aproximou em passos lentos, esperando que ele segurasse sua mão para voltar juntos mas ele não fez, ao invés disso ele permaneceu parado olhando de volta para ela, os olhos azuis ainda tão azuis opacos.

— Você chorou.

— Você também.

— Porque ? — ele sorriu cheio de mágoa disfarçado de desdém para a pergunta dela.

— Nós não vamos nos casar. Você está indo para King's Landing, Winterfell out sabe-se lá onde mais — o Baratheon disse em uma sentença provocando a irritabilidade da mulher.

— Você está insano — observou incrédula — até ontem você dizia que me amava, que me queria aqui com você! — Isso é culpa de ontem ? Porque eu te mandei para os seus próprios aposentos? — as maos dela voaram para o peito dele, esmurrando com toda a sua raiva provocando um breve recuar no homem.

— Você nunca será feliz aqui comigo.

— Que seja! — ela quase gritou, caminhando em passos duros para fora de seu alcance possivelmente para partir. Para deixá-lo outra vez com a aprovação dele dessa vez.

Lord Gendry não chorou quando a mulher que amava sumiu completamente de seu campo de visão. Ela ficaria bem de qualquer maneira e era tudo o que importava para ele.

Ele permaneceu ali, de pé, o navio desenhado na areia impedindo que ele corresse para a Stark lamentando sua estupidez suplicando para que ela não fosse a Kingsland ou Winterfell, implorando para que ela não escolhesse os mares mais uma vez.

Quando o homem  retorna ele não vê qualquer vestígio de  Arya e ninguém parece querer contar a ele que ela deixara ponta tempestade. Ele some nos corredores para seus próprios aposentos solitários depois de recusar o jantar.


— Merda! — ele bate a porta torcendo para que ninguém consiga ouvi-lo tão angustiado, perguntando aos Deuses de um dia ele poderá amar   menos aquela mulher. Ele teme que não, mas não é como se ele pudesse fazer qualquer coisa a respeito. O Lord Baratheon é miserável quando a imagina calvagando sozinha para longe dele.






Terminamos por aqui! Dedico esse capítulo ao meu cristalzinho ThaianeMota e a todo mundo que tem paciência para aturar minha demora.

A partir daqui às coisas ficarão mais legais ao meu ver, entonces já me encontro muito ansiosa para começar a escreve-lo !!!!

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