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Todas as escolas deveriam ensinar a arte de dominar uma dor.
Deveriam ensinar-nos como nos livrar de uma.

Fugir, correr. Let's go

Tudo que eu queria neste momento era me livrar dessa culpa, correr para bem longe e esquecer que alguma vez essa noite existiu.

A tempestade foi se agravando cada vez mais, e os raios e trovoadas foram ficando mais forte.
A noite fria e chuvosa é a minha cumplice.
Caminhei por toda região, procurando um canto para me abrigar desta tempestade horripilante, mas nada eu encontrava

O meu corpo quase nú, coberto de uma camiseta branca que ia até a metade da coxa, deixa os meus peitos quase a mostra de tão molhada que estava, bem como o resto do meu corpo. O “xador”¹ estava completamente rasgado e nem cobria direito o meu cabelo e o meu corpo.

Ahhh que Deus tenha piedade de mim....

O meu corpo trémulo já não suportava tanto frio, e os meus pés descalço procuravam uma forma de repousar. Eu estava completamente cansada, exausta e fatigada de tanto andar, mas o medo de ser encotrada era pior do que não descansar.

Um... Um... e mais outro passo foi o suficiente para que o meu corpo tombasse direito nas poças de água...

Finalmente eu havia conseguido, finalmente eu tinha a minha liberdade. Agora sou livre de morrer em paz.
Fiz juíz naquilo que uma vez Jean-Jacques Rousseau disse.:
“Povos livres, lembrai-vos desta máxima: A liberdade pode ser conquistada, mas nunca recuperada”. -Jean-Jacques Rousseau
Eu havia conquistado a liberdade, mesmo que isso tivesse custado a.......

....

Se eu estava morta, então era óbvio que realmente este era o céu. De tão branco que estava, até chegava a doer os olhos.

Tentei levantar-me para poder apreciar melhor a beleza do céu, mas um movimento em falso ne fez desistir dessa descoberta ao céu.

Uma grande pontada de dor me atingiu em cheio, bem no centro da minha nuca. Voltei a me deitar e contei mentalmente até três e quando voltei abrir os olhos a luz já não me fazia tão mal assim.

Mas uma vez tentei-me levantar, mas dessa vez foi impedida por uma voz rouca que carregava consigo um tom de seriedade e divertimento.

se eu fosse você nem tentaria fazer algo assim....

Olhei para a direção em que vinha a voz e me assustei a ver um homem branco, de olhos aparentemente negros com um sorriso de canto nos lábios.

prazer sou Arthur Ramirez.

O homem continuou com a sua fala.

Do mais que eu tenho me reformado para o cristianismo católico, eu ainda conservava a cultura árabe e mulçurumana. A gente não podia falar com homens, muito menos estranhos. A não ser que sejam nossos maridos ou pais.

você fala?... Usa a boca para falar?....—diz fazendo gestos apontando para a boca... Que doido só pode.— desisto você é muda... E.... Bom...— diz fazendo gestos para “mudos” acho.— eu... não...sou... mudo...okey.

Para ser sincera eu estava achando tudo aquilo bem engraçado e até me deu vontade de sorrir. Mas claro que eu não sorri para um estranho Ramirez..
Nome bonito esse..

***

Nome bonito esse neh Safira, sua badidinha muda😂😂😂😂😂😂
O que acharam do nosso Arthur Ramirez? Um fofo neh!!!??? Que doido ele mesmo para achar que esta dai é uma muda...
Ta todo mundo louco pode😂😂😂🍀🍀🍀🍀

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Xador¹: roupa usada por muçulmanas. É usado como forma de respeito por mulheres, ele cobre a cabeça e deixa o rosto descoberto👇👇👇👇👇geralmente é preto

Simplesmente RamirizOnde histórias criam vida. Descubra agora