Epílogo

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16 anos depois...

Dentro da mansão Morland era um verdadeiro caos, funcionários correndo de um lado para o outro, criadas subindo e descendo as escadas, cozinheiras preparando uma grande quantidade de comidas, cuidando de cada detalhe para que tudo fosse quase perfeito.

- "Tudo isso é por você." - disse um garoto de olhos verdes a uma garota de cabelos pretos ondulados que estava deitada na grama olhando para o céu com os seus olhos cinzas.

- "É muita frivolidade, Jonathan." - ela respondeu.

- "Muita frivolidade? É o seu aniversario, Lucy!"

- "Sei que é o meu aniversário." - Lucy disse se sentando. - "Mas não acho que tudo isso seja necessário."

- "Não se fazem 16 anos todos os dias...você deveria ao menos demonstrar interesse, por seus pais. Por acaso eles não merecem essa alegria?"

A garota suspirou.

- "Eles merecem toda a alegria do mundo." - ela disse.

- "Então demonstre esse lindo sorriso que impressiona e apaixona todo mundo." - ele a animou.

Ela começou a rir.

- "Acho que Victoria não precisa que a digam tal coisa, ela parece mais entusiasmada que eu."

- "Victoria já nasceu entusiasmada, seu aniversário é em 5 meses, não duvido que tio Ezequiel queira fazer uma festa quase tão grande quanto esse quando o dia chegar." - Jonathan disse.

- "Poderíamos pegar um barco para Irlanda antes desse prazo?"

- "Eu aceitaria, mas me pediram para ser o acompanhante dela nesse dia." - ele respondeu.

- "Traidor." - ela o recriminou. - "Estive insistindo para que você fosse meu acompanhante hoje e você nunca aceitou."

- "Pensei que você já tinha um..."

Ela negou.

- "Meu pai disse que se encarregaria disso."

- "Não será Stefan Van Dort?"

- "Não diga besteira Jonathan. Os Van Dort e os Morland são equivalentes aos Montéquios e Capuletos 200 anos depois, sem a parte do romance."

O garoto encolheu os ombros.

- "Jonathan!" - Henry o chamou. - "Preciso de sua ajuda, filho."

- "O dever me chama, te verei no baile." - ele disse, depois se colocou em pé, deu um beijo na testa da garota e se foi.

- "Montéquio e Capuleto?" - disse uma voz atrás dela.

Lucy deu a volta para encontrar os olhos de Stefan Van Dort, segundo o que sua mãe havia dito, Stefan era a viva imagem de seu pai.

- "Alguém te disse alguma vez, senhor Van Dort, que escutar as conversas alheias é um ato de falta de cavalheirismo?" - ela questionou se colocando de pé.

- "Já me disseram, senhorita Morland, mas eu estava apenas passando por aqui e não pude evitar de te escutar."

- "Você deveria se retirar antes que a sua mãe envie todos os seus criados para te buscar."

Stefan riu.

- "Ela faria isso, mas o seu pai mandou me chamar agora, se me permite, eu irei procurá-lo." - Stefan disse e lhe dedicou uma reverência antes de ir para dentro da mansão. Ela apenas o observou se afastar.

(...)

A noite chegou o mais rápido do que esperado, a garota de olhos cinzas caminhava de um lado para o outro sentindo suas mãos suando, ela havia praticado esse momento com os seus pais, várias vezes, mas isso era diferente, na sala não estaria só os seus pais, mas todo o povoado estaria ali. Ela ouviu alguém bater na porta do seu quarto.

Falsas Impressões (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora