A chegada de um pecado

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*Autor ON*

Era mais uma tarde calma de primavera em Hage, o Sol estava a começar a sua trajetória rumo ao Oeste para se por.

Na igreja local, tudo caminhava tranquilamente como o habitual, a Irmã Lily estava recolhendo as roupas e lençóis do varal, enquanto os menores ajudavam em outras tarefas domésticas.

Logo havia escurecido e todos se recolhiam para dentro da velha igreja, era a hora do jantar e o prato era... Batatas!

Todos iniciaram as suas refeições quando ouvem um bater singelo na porta, Orsi se levantaria de sua cadeira e caminharia até as batidas e a abriria.

Ao fazer isso, ele se depararia com um menino de rua que não aparentava ter mais que oito anos de idade.

A sua pele era de um tom de moreno bem escuro, e na sua face havia algumas sardas que se perdiam em meio aquela tonalidade.

Os teus cabelos eram espetados e erguidos para cima, sendo da coloração rosa chiclete.

Os teus olhos eram arredondados e grandes, e as suas íris eram azuis bebês.

O pequenino usava um saco de batatas como vestimenta, e isso faria o coração do velho se partir em dois, e sem pensar duas vezes o recolhe para dentro do lar.

Todos tiveram uma grande surpresa com o retorno do velho padre acompanhado de um menino que lhe segurava a mão.

A irmã Lily limpava delicadamente a sua boca com um lenço, enquanto se levantara para dar as boas vindas ao jovenzinho, abaixando-se e acariciando-lhes a cabeça com um sorriso no rosto.

O menino a nada diria ou teria contato visual com a mulher, mas o seu rosto estava quente devido o carinho dela.

A morena rapidamente perceberia uma marca pequena arredonda suspeita no pescoço do menino, então se levantaria e encararia o velho.

─ Padre, acho que precisamos dar um banho nele, não acha? ─ Disse ela, levando-os para o banheiro. ─ tratem de comer as suas batatas! ─ Antes de sair totalmente do cômodo a mulher diria com os restantes na mesa.

Com o chegar dos três no banheiro, a freria fecharia a porta do cômodo e pediria ao padre para dar banho no menino.

O senhor sorriria para ela, se agaichando a frente do garoto de rua e começando a tirar a sua vestimenta improvisada presa na cintura por uma corda velha.

Ao retirar aquela corda que estava sendo usada de cinto improvisado, um grimório cairia no chão, estranhamente estava escondido nas costas do menino.

Ele era um grimório um pouco fino e comprido, meio largo

e na coloração rosa neon;

a sua textura era macia como as pétalas de rosa, tendo detalhes em dourados que formavam tal flor nas bordas da parte da frente e de trás, sendo conectadas por ramas espinhetas da planta. No centro do livro possuía o símbolo do reino Hearth gravado em seu centro.

Além daquele grimório que revelaria a sua real natalidade, estes observariam uma coisa no corpo do menino, este possuía inúmeras queimaduras não só de cigarros, mas também de objetos como facas super aquecidas.

Em meio ha aquelas feridas de cigarro existiam cortes feitos por arma branca ou algum outro objeto cortante. Em seu umbigo existia um símbolo gravado, ele era um coração negro com as bordas rosadas, com dois círculos na parte inferior, uma cruz branca ornando o centro e dentro dela um olho e nas laterais um seta apontando para os lados.

Ambos se entreolharam por alguns instantes, tentando entender o que haveria acontecido com ele.

─ E-eu sei tomar banho sozinho... ─ Disse o menino de rua que estava quase que semi-nu na frente daqueles dois que aparentavam um tipo confusão, ele termina de tirar o resto de sua vestimenta e adentra a banheira vazia.

O velho recolhe o grimório, entregando-o a irmã e pedindo para que ela saísse do banheiro para que ele desse procedimento ao banho.

─ Me diga o seu nome, garoto? ─ O velhote indagaria, enquanto enchia a banheira com água não muito gelada que ficava no banheiro.

─ Eu me chamo Baron... ─ Após dizer isso, rapidamente voltaria a se calar. O menino de olhos azulados encarava a batina do velho, tentando não se importar com o clima gerado em outrora.

─ De onde veio? ─ O velho lhe faria mais uma pergunta, começando a lhe esfregar o corpo para tirar toda a sujeira que tivesse em seu corpo.

─ Eu não sei... ─ Diria o menor em tom baixinho, olhando a água suja pingando na limpa da banheira.

O religioso não ousaria perguntar-lhe mais nada, pois, talvez tivesse acontecido algo antes de chegar e que o incomodasse. Terminando de dar banho, o secaria com uma toalha velha e lhe traria roupas velhas que foram do Yuno, que por sinal cairia bem em seu corpo.

Este o levou para a sala de janta, aonde os demais aguardaria-nos com um olhar de curiosidade, exceto a irmã.

─ Pessoal, este é o Baron. Ele ficará conosco a partir de agora. ─ O grisalho o encaminhou até uma das cadeiras, junto a dele e que já tinha batatas num prato para ele.

Todos fizeram as suas refeições de forma cotidiana e ao terminarem, foram para o seu quarto. O novato foi incaminhado para o quarto dos orfãos e assim todos foram dormir.

Os sete pecados capitaisOnde histórias criam vida. Descubra agora