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Rick

Fúria. Raiva. Ciúmes. Porra... eu estava prestes a explodir. Que fodido presunçoso, quem ele pensa que é.

É a minha Elizabeth.

Caminhei de volta a minha mesa, encontro Jenna com os olhos pesos aos meus cheio de curiosidade, bem eu também estaria se saísse daquele jeito. Volto com a maior cara de pau, sento pegando o meu café. A mesma fez o mesmo.

- Então você esta se adaptando? Não sei o porque, mas gostei bastante dessa cidade, me parece ser muito acolhedora o que é muito bom com a vida que levamos. - Jenna com toda certeza era maravilhosa, nem sequer tocou no assunto do que acabou de acontecer o que me leva a pensar que nos daremos muito bem.

- Já passei por tantos lugares durante esses anos todos, e não sei algo aqui faz com que me sinta em casa. - e falar isso em voz alta, me trouxe uns sentimentos estranhos.

- Sabe que me sinto assim também. Acho que é por ser uma cidade pequena as pessoas meio que se acolhem e se importam umas com as outras. Tem uma menina que faz estágio no meu setor ela é daqui ela me falou exatamente isso, os moradores daqui tratam uns aos outros como família, isso não é incrível. É o balde de ouro no fim do arco íris não se acha em qualquer lugar. - ela disse de forma calma e tão natural. Talvez ela não merecesse o que estava prestes a fazer, dei uma olhada em direção da mesa que eu mais gostava daqui. Elizabeth parecia feliz, a forma com que conversavam e riam com a maior naturalidade, a forma com que ele a tocava estava me deixando com os nervos a flor da pele. Então eu acabei falando sem pensar.

- O que você acha de ir comigo em um bar hoje a noite? Médicos também precisam se divertir não é? - sorri de lado a encarando.

- Como eu poderia negar depois dessa quase afirmação. - ela riu de volta.

- Te busco as oito, pode ser? Coloca seu número aqui e eu te mando uma mensagem para pegar seu endereço. - falo passando o celular e a mesma grava seu número, ficamos mais algum tempo jogando conversa fora, Jenna realmente era uma mulher encantadora, o papo fluiu fácil e de forma descontraída, falamos sobre tudo, tiramos sarro um do outro, era bom me identificar com alguém o que me fazia sentir uma pontada de culpa por estar usando-a para provocar ciúmes em Elizabeth. Essa mulher estava me fazendo agir como um adolescente que faz de tudo para chamar atenção da sua amada. Ei o que eu acabei de dizer, repreendo meus pensamentos. Eu não amo Elizabeth. Atração sim. Atração e desejo é o que sinto por ela.

Me despeço de Jenna e ambos vamos embora sigo para o meu apartamento quando vou atravessar a rua um geep surge do nada quase me atropelando autômaticamente já saio xingando, então é só aí que eu noto quem estava dirigindo o carro.

- Elizabeth. - falo com o humor de poucos amigos.

- Rick, me desculpa. - ela fala envergonhada.

- Pelo menos agora estamos quites. - falo serio e viro as costa e sigo meu caminho.

Aceno para o porteiro me aproximando, acabo pegando algumas contas e já me informo se o cara da internet e da tv a cabo havia vindo ele nega, falamos sobre futebol, ele me garante que vai ligar para o cara e ver se ele consegue vir ainda hoje, e eu agradeci. Me despeço e vou em direção ao elevador e sim encontro eles mais mais uma vez.

- eu acho que você deveria ter atropelado. Merecia. - presunçoso fala ainda mais alto para que eu escute.

- Cala boca Noah. - Elizabeth o repreendeu e eu confesso que eu gostei.

- falei alguma mentira? - ele Resmunga revirando os olhos. Arqueiro a sobrancelha encarando Elizabeth que fica vermelha no mesmo instante se é de vergonha ou raiva fica a dúvida, e fomos salvos pelo elevador chegando no terrio, todos entramos e eu resolvo que não irei responder. Pelo menos não como eles esperam.

- Nós iremos. - falo me direcionando para ela que me olha confusa. - Nós, eu e a Jenna. Você e o playboy ai. O bar. - faço gesto com as mãos claramente debochando como se estivesse desenhando.

- você não me cham.....- e quando ele vai estourar o elevador chega no nosso andar Elizabeth agarrando seu braço, puxando-o e xingando e o mesmo dirige-se a mim e eu apenas rio de deboche. Realmente parece que íamos sair no soco ali mesmo.

- Cala a boca vocês dois, parece dois galos em um ringue. Noah entra agora. - Elizabeth fala furiosa, ele pega as chaves e entra dou um sorriso vitorioso e ele bufa. - isso não vai ficar assim.

Noah... - a voz dela é com urgência. Que ela era uma mulher de personalidade forte eu já sabia, mas não esperava essa fera que está na minha frente. eu a encaro sorrindo.

- E você pode tirar esse sorrisinho do rosto. Você é tão culpado quanto ele, o que você tem na cabeça? Que joguinho é esse? Quer saber não me importa. - ela explodiu e eu só conseguia olhar para sua boca e a vontade que eu tive todos esses dias de tê-la novamente só voltou mais forte ainda. - eu disse que isso era um erro e seu comportamento mostra o quanto é imaturo.

- imaturo eu? E você o que é? Fugindo todos esses dias de mim? Nos beijamos e daí ? Não consegue lidar com o fato de que você gostou ? Com o fato que eu te deixo louca e cheia de tesão? - a cada palavra eu dou um passo em sua direção, nossos corpos estão colados. - Não consegue lidar com o fato que eu mexo com você? - ela não se move, eu toco seu rosto e vou em direção aos seus lábios, o clima muda, nossas respirações estão pesadas. Ela olha em meus olhos, não podemos negar o quão conectados estamos.

- Você não sabe absolutamente de nada. Rick. - ela fala baixinho e pausadamente.

- Eu sei exatamente o que eu quero. - eu falo sem tirar os olhos dos dela.

- não era o que parecia hoje de manhã. - ela fala firme. Esse era o problema ela estava com ciúmes. - quer dizer... eu.. eu não tenho nada que ver com isso. - levo uma das minhas mãos em suas costa a trazendo ainda mais perto e com a outra na sua nuca a beijo, um beijo urgente e delicioso, cheio de saudade e tensão, ela corresponde e todo o resto já não importa, ali somos nós. Elizabeth, minha Elizabeth e eu. Nada mais importa.

Ela interrompe o beijo se afastando.

- você não pode me beijar quando bem entender, eu não posso ok? - ela fala magoada. Virando as costas indo até a porta de seu apartamento me deixando ali sozinho, sou tomado pela frustração e raiva acabo socando a parede. E aquilo pareceu doer menos do que ela me deixar ali para estar com ele, aquele Playboyzinho fodido metido a besta. O que estava acontecendo comigo? O que Elizabeth fez comigo? Esse não sou eu. Não o eu de 30 anos. Seja homem Rick. Meu subconsciente grita. Cresça e seja um homem.

Já não me reconhecia mais. E bom, isso precisava mudar.














Estrela perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora