guia de frente e guia chefe

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A mediunidade serve para que possamos crescer e ajudar outros a crescerem também, porque nos permite aliviar, através de nossa intermediação, (comunicações com os espíritos) as dores daqueles que nos procuram nas casas espíritas. A umbanda trabalha para caridade a fim de auxiliar a evolução espiritual própria e de outrem.  A mediunidade  deve se desenvolver adequadamente a fim de que nos tornemos aparelhos mais capazes para que os espíritos, na umbanda denominados de entidades ou guias espirituais, possam praticar os seus trabalhos espirituais.

Há diversas maneiras de se entender o tipo e a condição de trabalho da mediunidade e, conseqüentemente, do médium. Tais maneiras dependem sobremaneira da doutrina aplicada, no entanto, é fato que, por mais capacitado emais estudado, ou até emsmo vaidoso que seja o médium, ele sempre será um intermediário. A essência do trabalho caberá sempre ao espírito, à Entidade, ao Guia.

E uma das perguntas comuns recebidas é COMO SABER MEU GUIA CHEFE?

Cada médium tem sempre um espírito que é líder em seus trabalhos.

Que se apresenta mais e que responde mais vezes quando solicitado pelo médium. Todas as falanges de trabalhadores ligadas àquele médium estão “subordinadas” a ele. Este é o chamado “guia chefe”, “guia de frente” ou  “chefe de cabeça”.

Em geral, é um caboclo ou preto velho, mas pode também pertencer a outras falanges em casos específicos.

O Próprio guia de frente deverá se apresentar. É um erro comum tentar prever isso em algum momento, ou o médium ou zelador tentar “forçar” que seja esta ou aquela entidade, por questões de afinidade.

Percorrendo nossa caminhada espiritual enquanto médiuns iremos nos encontrar com vários espíritos trabalhadores que influenciarão muito em nossas vidas. Todos os guias em que vibramos, incorporamos e/ou conhecemos são com certezas muito importantes pra nós, mas quase todos os médiuns em iniciação ou desenvolvimento, buscam encontrar o que seria o guia chefe ou o mentor, que nos acompanha desde o dia de nosso nascimento e o espírito que nos acolherá em nosso desenlace.Mas o que seria um GUIA CHEFE?Todos nós nascemos completos e viemos a Terra com missão pré-determinada pela espiritualidade superior. Somos escolhidos por nossos ORIXÁS (pai e mãe de cabeça e Orixá ancestral).

       A maioria das doutrinas de Umbanda afirma que Nossos guias chefes são espíritos que já foram seres encarnados, viveram nesse plano de existência, para a partir das experiências obtidas em suas passagens terrenas por evolução espiritual ocupam hoje a posição de mestres ou mentores, e são escolhidos pela espiritualidade para nos guiar e auxiliar outras pessoas.Os  guias chefes podem ser caboclos, pretos e pretas velhas, e em algumas casas, inclusive, as crianças/ ibeijis também podem ser consideradas Guias chefes.

Chico Xavier fala da missão de nossos mentores/guias chefes:“O mentor é um espírito que se comprometeu com o trabalho espiritual do médium, dedicando parte do seu tempo para preparar o médium para sua tarefa, trabalhar ao seu lado e fazer o possível para protegê-lo do contato com as energias degradantes do astral inferior.”

Em algumas casas, os médiuns trabalham somente com os guias chefes. Mas é perfeitamente possível que um médium trabalhe com entidades de todas as falanges.

Existem casos em que mais de um guia mentor esteja ligado ao médium,o que é muito natural na Umbanda. É como se todos fizessem parte da mesma equipe, existe uma hierarquia, onde o chefe é o espírito mais experiente, ou seja, nosso GUIA CHEFE.

Para conhecer o Guia chefe, depende da sua casa de Umbanda. O mentor já interage em nossa vida espiritual como explicado anteriormente, mas é no processo de desenvolvimento mediúnico é que vão surgindo as primeiras manifestações desse guia que por serem ou muito intensas, ou muito brandas destoam totalmente das manifestações dos outros guias. Nessa fase eles se comportam de forma diferenciada, cuidando muito mais de sintonizar a energia do médium, não trazendo nenhum tipo de desconforto, por exemplo. Esse guia chefe geralmente se apresenta como já dito no texto, ou as demais entidades do médium começam a interagir, dando a entender que determinado assunto deve ser questionado a tal entidade

A maioria dos médiuns gosta mais de trabalhar com seu guia chefe, devido a essa afinidade. Isso é muito comum. Errado é impedir que outras entidades trabalhem só porque você gosta mais de uma delas. Quase todo médium tem mais afinidade com alguma falange específica de trabalhadores, ou com um determidado guia espiritual. O que não pode acontecer é deixar a vaidade sobressair as questões da espiritualidade.

Algumas casas adotam o guia chefe da falange de EXU. Isso não costuma ser uma regra.

Entretanto, muitos médiuns dizem que seu guia chefe é o EXU tal ou a pombogira tal, mas as vezes por vaidade, e isso nem costuma ser a regra adotada em sua casa. Existe a cultura popular de que as falanges de exu são mais forte, e que essa falange também é “mais forte” ou causaria medo. Infelizmente isso acontece.

A entidade Guia Chefe de Cabeça é responsável pela nossa evolução espiritual, cuidando de nos ensinar, doutrinar e guiar dentro da espiritualidade, sempre que buscamos tais atributos. Sendo também o ordenador de toda a nossa trama de guias, pois as demais entidades – “de direita e de esquerda” – submetem-se à sua autoridade que é exercida de forma totalmente pacífica e serena, sem conflitos. Cabe esclarecer ainda que podem não ser necessariamente da mesma linhagem desses Orixás, ou seja: um filho de Xangô com Oxum pode ter como guia chefe de cabeça um caboclo de Oxóssi ou um preto-velho de Ogum. Isso não interfere em nada.

O ideal é que o zelador no terreiro, Sempre que uma entidade se apresenta como chefe de cabeça de um filho, peça que ela nos ensine o seu ponto e o ponto riscado, para que através da interpretação desses fundamentos possamos identificar sua linhagem, seus atributos e atribuições, os quais facilitarão o estreitamento do relacionamento do seu médium com ela, estabelecendo um convivência harmoniosa e equilibrada, além de melhor orientar o Pai Espiritual nas fundamentações dos preceitos envolvendo aquele filho.

Importante salientar que cada falange ou linha também tem o seu chefe de linha, e dependendo da necessidade você poderá trabalhar com mais de uma entidade de cada linha. Por exemplo, você pode ter mais de um preto velho, mas um deles será o “chefe de linha”, geralmente é a entidade de linha que mais incorpora.

Algumas casas adotam o “guia de firmeza”, ou seja, o guia que o médium tem mais afinidade e gosta mais de trabalhar. O que pode gerar conflitos e até mesmo animismo, uma vez que essa liberdade é dada ao médium. Aumentando ainda o grau de vaidade. O zelador que adota essa conduta deve estar sempre atento.

Existe também a ligação dos guias chefe com a casa que o médium se desenvolve. Afinal, eles se tornam membros daquela equipe de trabalho. Há casos onde as falanges de trabalho de um médium não se afinam com um a espiritualidade da casa onde ele escolheu trabalhar. Se isso ocorre, ele raramente consegue permanecer nesta casa, pois o trabalho fica comprometido em sua raiz. O médium acaba por fim trocando de casa. O que deve ser visto nesse ponto é importante, pois um médium que pula de casa em casa por vezes pode estar também desestruturado mediunicamente, trazendo malefícios a sua pessoa. E se caso você sair de sua casa, lembre-se que ali seus guias vieram e foram bem recebidos, você teve um zelador, e um guia espiritual na casa, deve respeito ao chão que lhe acolheu.

Sempre converse com seu zelador ou guia espiritual de sua casa. Textos na internet são somente para agregar conhecimento, e toda e quaisquer dúvidas devem ser tiradas na sua casa.

Giseli Lemos
#CasaDeAntonio
#Tucca

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