12. AZULEJOS

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Os azulejos brancos

Estavam manchados de vermelho.

Um corpo estava jogado no chão.

Os observadores daquela cena estavam estupefatos.

Eram mãos decepadas.

A vítima era seu próprio assassino.

E a morte,

Era o principal influenciador.

O corpo,

Trazia consigo marcas de um passado distante.

Marcas de dor e sofrimento.

Ainda espantados,

Os observadores fizeram seu trabalho.

Levaram o suicida para seu leito.

Mas a morte soltou sua risada de escárnio.

Ela não o levou.

O prometera descanso em troca de suas mãos.

E as usara para dar o triunfo final.

Estava vivo agora sem mãos,

Enquanto a morte dava risada.

A morte era uma vadia

E ele não a conquistara.


Delírio ContadoOnde histórias criam vida. Descubra agora