Capítulo 1: Lírio

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Nova História...

Lírio:

Meu nome é Lírio Felix, tenho 16 anos, sou filha única, nunca namorei quer dizer tentei namorar um rapaz da escola no 1º ano do ensino médio, mas não sentia nada por ele e eu simplesmente terminei e atualmente estou solteira e moro com meus pais Bárbara e Flávio em um bairro rico de Londres, meu pai é advogado e minha mãe é cirurgiã cardíaca em um grande hospital aqui em Londres o Hospital St. Thomas, graças a isso nossa família vive bem e eu sempre tive tudo que qualquer garota poderia querer, estou no 2º ano do ensino médio e meus pais são super protetores, eles não gostam que eu vá para a escola sozinha, dizem que as ruas são muito perigosas, mas confesso que eu sempre desejei ter minha liberdade, ir à escola sozinha, fazer minhas escolhas e passear por todos os lugares, mas sempre que tento dizer algo aos meus pais, eles sempre cortam o assunto; como ainda faltam 2 dias para acabar as férias vou até a sala onde meus pais estão e digo:
"Mãe, pai eu posso sair com minha amiga?"

Minha mãe adoro Amanda somos melhores amigas desde o ensino fundamental e estudamos na mesma escola no ensino médio, ela diz:
"Aonde vocês irão minha flor?"

"Eu vou chamar ela para ir ao shopping mesmo, ela virá com o carro dela."

Sim pessoal, minha melhor amiga tem a minha idade, mas seus pais já a deixaram tirar a carteira de motorista, já os meus ainda não. Minha mãe diz:
"Certo, mas não desligue o celular para caso queiramos te ligar e nada de chegar tarde em casa, ok?"

Eu suspiro e respondo:
"Ok mãe."

Dizendo isso vou ao meu quarto, deito na cama e ligo para Amanda, ela atende e fala:
"Ei minha flor mais querida, o que houve?"

Eu adoro ela, mas odeio quando todos me chamam de flor, só por que me chamo Lírio todos me chamam de flor, eu suspiro e digo:
"Eu estava pensando, você gostaria de ir ao shopping?"

"Claro, que horas?"

"15:00 você pode passar aqui de carro para irmos?"

"Pode deixar, chego aí às 14:40."

"Ok, até já."

Depois que desligo o telefone olho a hora, já são 13:50 eu resolvo tomar um banho e já me aprontar para esperar Amanda. De banho tomado e já vestida desço as escadas e decido fazer um lanche antes da minha amiga chegar, vou até a cozinha e a nossa cozinheira Maria diz:
"Lírio, posso ajuda-lá?"

Eu adoro Maria, eu e ela conversamos sobre tudo, ela está conosco desde que eu nasci eu a trato como minha segunda mãe, eu digo à ela:
"Olá Maria, sim eu gostaria de um sanduíche e um suco de morango antes de Amanda chegar para irmos ao shopping."

Ela acena e começa a preparar meu lanche, com tudo pronto eu como meu lanche e fico na sala aguardando Amanda.

Meia hora depois, a campainha toda, me levanto e vou até a porta para receber minha amiga, ela entre me cumprimenta com um abraço e vai até a sala cumprimentar meus pais, ela diz:
"Olá tio, olá tia, como estão?"

Meu pai diz:
"Olá Amanda, estamos bem."

Nós nos despedimos deles e vamos para o shopping. Chegando ao shopping olhamos algumas lojas e tomamos um milkshake, quando já eram 17:50 minha mãe me liga e diz:
"Minha flor, vocês já estão voltando para casa?"

Eu suspiro cansada disso e digo:
"Sim mãe, já estamos saindo do shopping, até já."

"Até querida."

Digo a Amanda que já devemos voltar para casa e ela diz:
"Certo, só vou ao banheiro primeiro."

Eu e ela fomos ao banheiro e quando já estávamos indo para a saída do shopping eu vi uma linda garota, mas ela estava toda suja e com roupas muito simples:  uma regata rasgada, uma jaqueta velha com capuz, um short e chinelos, ela se aproximou de uma das lojas de comida do shopping e pediu para um casal de clientes lhe pagar um salgado e um suco ou lhe dar algum trocado para comprar algo para comer em outro lugar, ela estava com fome, mas eu só ouvi o homem gritando:
"VÁ EMBORA SUA VAGABUNDA, SUA IMUNDA, NÓS NÃO TE DAREMOS NADA."

E a mulher também gritou:
"SAIA DAQUI! Como podem deixar pessoas como você entrarem aqui."

Eu só tive tempo de ver ela tremer de raiva por ser tratada como um lixo, ela pega o croissant e a carteira deles que estava em cima da mesa e sai correndo e eles gritam para todos que passam:
"PEGUEM AQUELA GAROTA."

Ela correu e passou por mim e Amanda, seus olhos eram verdes, eles encontraram os meus e eu sorri para ela, nunca senti o que senti ao vê-lá, já ela simplesmente fugiu e não conseguiram pega-lá. 

Depois daquilo eu e Amanda vamos para casa, no caminho ela diz:
"Você viu aquela garota? Como ela pode ir ao shopping e depois fazer algo assim."

Eu digo:
"Ela deveria estar com fome, nem todas as pessoas tem boas condições como nós."

Ela não falou mais nada e continuou dirigindo, chegando em minha casa ela estaciona, nos despedimos e ela segue para a casa dela, assim que entro cumprimento meus pais e subo para tomar um banho, depois janto com meus pais e volto para meu quarto, lá deito na cama e fico pensando naquela garota que apesar de simples eu confesso que algo nela me atraiu de alguma forma, nunca questionei minha sexualidade, mas agora mesmo só a olhando tenho completa certeza que sou lésbica, afinal nunca consegui namorar o garoto do colégio e sempre via a beleza das garotas mais "a fundo", com isso pensei: será que a verei novamente? Será que poderemos conversar? e assim com esses pensamentos, eu adormeço.

Continua...

Lírio e Emily: O amor quebra barreiras (GirlXGirl)Onde histórias criam vida. Descubra agora