Capítulo 17

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Emily:

Eu a levo para a estação de trem, mas sei que preciso leva-lá ao médico, assim que chegamos a coloco em minha cama e pego uma toalha molhada para colocar em sua testa, ela abre um pouco os olhos e diz:
"Emy... E... Emy."

Eu logo a acalmo:
"Shh, shh meu amor, está tudo bem agora eu..."

Meus olhos enchem de lágrimas e eu continuo:
"Eu... eu nunca deveria ter... ter te deixado, eu tinha que ter te protegido."

Ela coloca sua mão em minha bochecha, sorri e fala com dificuldade:
"Está... está tudo... bem. Eu que... eu que não deveria ter ido embora daquele jeito. Eu te amo Emy."

"Eu também te amo Lírio. Eu preciso te levar ao hospital e falar com seus pais."

"Não, eles irão te afastar de mim, eu tô com medo."

"Eu não vou deixar ninguém te tirar de mim."

Eu a pego e a levo a um hospital público que fica a meia hora da estação de trem abandonada onde eu moro, o médico disse que precisava informar a família e Lírio a contra gosto passou para ele o número de telefone da casa dela.

Depois de ligarem e falarem com os pais dela e informarem onde fica o hospital em que estamos, eles a levaram para fazer exames e o médico vendo que eu estava aflita disse:
"Eu não deveria dizer a você o estado dela por vocês não serem parentes, mas... Ela está com um inicio de pneumonia e terá que ficar em observação."

Eu logo digo:
"Posso vê-lá?"

"Claro, mas só por 10 minutos, ok?"

"Sim, tudo bem."

Assim que entro no quarto  em que ela está a vejo deitada tomando soro na veia e com uma máscara de oxigênio para a ajudar a respirar, eu me aproximo dela e ela olha para mim, mesmo com a máscara a posso ver sorrindo para mim, ela estica a mão para eu toca-lá e me aproximar, ela tira a máscara e eu rapidamente digo:
"Não amor, coloque de volta, isso é para te ajudar a respirar."

Ela diz com dificuldade:
"Mas... e se eu... quiser que... você me beije?"

Eu sorrio para ela e antes de colocar a máscara de volta eu dou a ela um beijo apaixonado e repleto de saudade. Assim que nos separamos eu coloco a máscara novamente nela e logo ouvimos alguém bater na porta, Lírio responde:
"Entre!"

Assim que a porta se abre vemos os pais dela, sua amiga Amanda, o tal do Breno e três policiais com eles, sua mãe diz:
"Quem é você? O que fez com minha filha?"

Estou prestes a dizer algo quando Lírio tira a máscara de oxigênio e diz:
"Ela é minha amiga que me ajudou, e acima disso... ela é minha namorada, eu a amo e ela me ama."

Ouvi-lá dizer isso faz meu coração se aquecer, seus pais a olham chocados, sua amiga não esboça nenhuma reação e Breno tem um olhar de ódio, seu pai bravo grita:
"COMO É? NOSSA FILHA NÃO É LÉSBICA, VOCÊ A ESTÁ CHANTAGEANDO PARA ELA DIZER ISSO, VOCÊ FEZ A CABEÇA DELA..."

A enfermeira entra e o corta dizendo:
"Senhor estamos em um hospital, por favor fale mais baixo, se tem assuntos a serem discutidos saiam e façam isso lá fora."

Ele tenta se acalmar e diz:
"Vocês não ficarão juntas, está claro que ela (apontou para mim) te sequestrou e a partir de agora vocês nunca mais irão se ver."

Ele olha para mim e depois para os policiais e diz:
"Levem ela."

Eles entram com algemas e antes que eles me prendam dou um último beijo nas mãos de Lírio e digo baixinho que tudo ficará bem, eles me algemam e me levam dali, só consigo ouvir Lírio gritar:
"EMY, EMY, NÃO ME DEIXE, EMY EU TE AMO... EMY..."

Eu também a amo, a amo mais que tudo, mas o que será de nós agora?

Continua...

Lírio e Emily: O amor quebra barreiras (GirlXGirl)Onde histórias criam vida. Descubra agora