Capítulo 1

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- Mãe! Mãe! Mãe! -- Desci as escadas correndo e chorando. - Chace me bateu! -- Me escondi atrás de suas pernas.
- É mentira dela! -- Ele vinha em minha direção.
- Parem vocês dois! Quando vão parar de brigar? Já chega disso, somos uma família, não pode brigar desse jeito! -- Ela nós pegou pela mão e advertiu.
- Mas... -- Tentei argumentar.
- Mas nada! Venham aqui. -- Ela se abaixou e beijou com carinho nós dois. - Eu os amo e não gosto de vê-los brigando, ok?
- Olá crianças! -- Robert havia chegado do trabalho. Chace correu em sua direção animado. Eu gostava dele, sempre tratou eu e minha mãe muito bem. Ele era legal. Me dava brinquedos, brincava comigo, lembrava meu papai que foi para o céu há um tempo.

Alguns anos depois...

Chace vai morar na Itália com seus avós, decidiu que seria melhor para ele. Aqui ele lembrava muito de sua mãe e não fazia bem para ele. Chace era problemático, brigava muito com as pessoas, não ia bem na escola, muitas vezes nos nos pegávamos no soco. Eu odiava Chace, ele era asqueroso.
- Nicky? -- Olhei para porta e era Chace.
- Vai embora, Chace! Aproveita e some para sempre! -- Falei com raiva cobrindo minha cabeça com o travesseiro. Percebi que ele entrou e sentou na beira da minha cama.
- Eu só vim me despedir de você...
- Não quero! -- Falei seca.
- Tudo bem, você tem esse direito. Mas eu queria te falar que sinto muito por tudo que te fiz e te falei. Eu sinto muito a falta da minha mãe, mesmo a sua mãe me tratar como filho de verdade dela. Eu não sei por que agi assim com você. Desculpa irmãzinha. Espero que um dia você possa me oerdoar. -- Ele levantou e saiu, e eu chorei muito com o rosto no travesseiro.

Já fazem oito anos que Chace se mudou, todos os anos ele vem passar os feriados com a família, mas eu faço questão em viajar nessas datas. Assim, não preciso vê-lo e consequentemente não me aborrecer.

Dias atuais...

Anos se passaram e minha mãe e Robert estavam grávidos do seu primeiro filho juntos e eu deixaria de ser filha única. Os dois fizeram anos de tratamento para engravidar e agora com 42 anos minha mãe estava grávida. Prestes a nascer, pois já havia completado 39 semanas, Julie iria chegar a qualquer momento. Eu estava feliz demais, ver a felicidade dos meus pais era alegria para mim. Eu já estava acostumada a chamar Robert de pai, afinal ele me criou desde bem pequena. E eu o amava tanto quanto meu pai legítimo que infelizmente nós deixou tão precocemente. Chace também chamava minha mãe de mãe também, pois perdeu a sua muito pequeno, assim como eu com meu pai. Confesso que hoje eu entendo sua revolta, suas brigas comigo logo no início, até me sinto culpada em não ter sido mais compreensiva com ele. Mas tantos anos já se passaram que até seria estranho começarmos a nos dar bem. Então seguimos nos 'odiando', agora, claro de uma forma mais civilizada.
- Oi Nicky -- Devin chegou em minha sala na empresa.
- Devin? -- Gritei e corri em sua direção pulando em seu colo. Devin era um super amigo e também era apaixonado por mim, mas eu nunca o vi como um namorado.
- Saudades! -- Ele falou ainda abraçado em mim.
- Você não estava em turnê? Achei que tivesse na Califórnia! -- Devin é vocalista da banda I See Stars e nos conhecemos há alguns anos no Lollapalooza. 
- Eu voltei antes, queria conversar com você.
- Jura? Mas não podia ligar? -- Falei brincando voltando para minha mesa. Eu trabalhava na empresa da família de sapatos de luxo. Era uma das sócias e fazia parte da direção em Los Angeles, já Chace comandava a parte da empresa em Londres, onde ele morava.
- É importante demais para falar por telefone.
- Nossa, Devin! Assim você está me deixando preocupada. -- O olhei com atenção. Devin tira do bolso uma caixinha preta, ele tremia.
- Namora comigo, Nicky?

- Namora comigo, Nicky?

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A Insustentável Leveza do TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora