Polo:-- eu não posso te esconder, eu perdi minha confiança diante á você.
O dono da taberna se retira da mesa velha indo para fora do local e ao sair a ultima vista que o rapaz teve foi uma carroça com uma mulher e seus filhos esperando por Polo, e a fundo uma vista das montanhas diante de cânions que era pra onde iriam seguir.
Naquele momento não havia nada doloroso e belo ao mesmo tempo foi como se ver em uma família que o deixara para trás mas ao mesmo tempo ver a vida e suas discórdias foi como uma obra de arte que em anos de trabalho estava concluída.
Mas seu tempo apreciando aquela vista alegre das crianças na carroça e chamando pelo pai que ia em direção a elas não durou muito tempo para que tivesse que acordar do sonho e seguir matando a sua perseguição.
O tempo parecia paralisado e revivescer uma alma sem perdão e fria, o tempo diante dos olhos dos homens era rápido mas para o rapaz a mais lenta película de transição de imagem.
Sem muito esforço o mesmo via os três homens gritarem de dor caindo ao chão seu único olhar ou reação diante aquilo era ódio por ter lhe tirado um de seus refúgios para sua alma dolorida que agora vaga pelo mundo inteiro como um cego que não sabe pra onde vai mas quer sobreviver e sentir sensações, sentimentos e prazeres.
Em suas mãos havia um poder imprescindível que realizava controle de tudo que tocasse,agora parte para o seu destino que era o seu real motivo de estar naquele lugar.
O rapaz agora caminha pela estreita passagem de terra que continuava como se não tivesse o fim pela grama alta.
Depois de horas de caminhada ele senta em uma espécie de estrutura com telhado como um lugar para descansar alguns minutos e continuar, com um sorriso sádico no rosto se diverte em pensar o como aqueles três idiotas da taberna devem estar como maricas gritando fino por ver alguns monstrinhos criados por suas ilusões mentais.
Esta noite ele pretende concluir seu trabalho se tornando o mais louco e sádico possível para desespero do palácio de quem quer suas asas blindadas por vidro, essa noite existem 7 aliados para se derrubar, 2 idiotas pra matar e uma rebelião para tornar-se toda sua.
Com isso em mente ele se levanta e começa a seguir novamente para o único lugar que lhe deu honra.
Era noite e o paço lento de um ser esgotado por uma longa caminhada passava pela mesma pequena e estreita estada de terra separando o gramado, parecia nunca ter um fim até que a estrada parece mais íngreme e começa a subir como uma montanha, agora seu coração parecia estar mais calmo mais abatido ou com sentimento de arrependimento, não lhe passavam memórias ou qualquer pensamento ele apenas caminhava como um corpo que se movimenta sozinho, as estrelas pouco a pouco como seus paços começava a aparecer eram lindas e pareciam dançar em volta da lua amarelada e grande como seu irmão sol,seu momento neutro e calmo lhe deixava frágil a quaisquer sentimento que aparecesse primeiro que os outros,quando menos se percebeu já estava no topo do pequeno monte a observar o lago enquanto retirava as flores de seus talos.
E então um pensamento passou a sua mente como a mesma estrela cadente que caiu,a flor que segurava tinha um cheiro familiar e seu perfume parecia guiá-lo, se deslocou-se agora para um lugar perto daquele lago ele seguia a essência, aos poucos a sua fera interior parecia ser acorrentada, e o destino parecia mais próximo a essência parecia mais forte, mais forte que todos seus maus sentimentos.
E que por ultimo foi dominado,as flores agora pareciam dançar para ele como as estrelas, aquele local o saudava, como um rei que deixou sua coroa em seu reinado, havia pedras por muitos lados mas cobertas por belas flores.
Suas lagrimas agora escorrem como o inicio de um riacho,mas antes de se por a péssimas condições uma mão se estende pelo seu rosto,sua visão fica completamente desfocada e aos poucos parecem ficar negra, aquela era uma sensação que jamais não reconheceria, as mãos o acariciava levemente limpando as poucas lagrimas , e ambos dão passos para dentro de uma nova dimensão era como passos de dança enquanto a dama recua seu par a acompanha.
A mesma se afasta , enquanto observa o rapaz , o mesmo ofuscado pela delicadeza da mulher ao comandar seus sentimentos arredios para ofuscantes e orgulhosos, deixa lhe escapar o que tinha em mente ao ir aquele velho orfanato.