⊠Toujours Pur⊠

*3*

The Hippogriff 

Adhara

E cá estou eu na aula de Trato das criaturas mágicas ouvindo piadinhas ruins vindas do Draco, sinceramente, ninguém merece ! — Você quer calar a boca ?

— Você é tão chata

— Insuportável na verdade. — Logo o professor voltou com alguns...Hipogrifos !? Esses bichos são perigosos, mas fofos

— Alguém sabe me dizer que bichos são esses ?

Eu levantei a mão bem alto, já que eu sou baixinha, consegui ouvir Zabini rindo da minha cara

— Malfoy

— Um hipogrifo, professor

— Correto. A primeira coisa que têm que saber é que eles são orgulhosos, se ofendem fácil, então deixem que façam o primeiro movimento como...cortesia. Alguém quer tentar ?

Eu quero mas...e se ele não gostar de mim ? Bem...quem arrisca não petisca. Dessa vez eu só dei um passo a frente notando o garoto de óculos do meu lado. — Tig ? Uhul ! Vai ser divertido

— Sai dessa Adie

— Certo, façam uma reverência, se ele retribuir podem se aproximar, se não, se afastem depressa

E assim fizemos, eu não pisquei uma vez sequer, mas advinha ? Tive que correr, ou eu viraria janta de hipogrifo ! — Ahh ! Eles me odeiam ! E agora Blas ? O que eu faço ?

— Você pode observar seu irmão tentando

— O quê !? Não não não ! DRACO ! — Quando eu cheguei já era tarde de mais, o idiota estava no chão com a mão no braço, que por sinal estava sangrando, e o que eu fiz ? Bem, eu gritei junto com ele. — Alguém ajuda aqui !! Ele vai morrer !!! — Eu com certeza faria uma revirada de olhos se estivesse me assistindo. Hagrid levou Draco até a enfermaria. Eu não fui porquê acabaria fazendo escândalo. —Merlin ! Isso é mal de Malfoy ! Blas, o que aconteceu ?

— Ele chamou o hipogrifo de "brutamontes feioso"

— Tão idiota ! Argh ! Eu vou mandar uma carta para o papai e evitar uma treta maior

— Não tem mais aulas, têm ?

— Não. Bem, vou indo. — Fui para a comunal e escrevi uma carta. Mandei com minha coruja, Salem, e não diga que é nome de gato. Depois fui para a ala hospitalar e fiquei até que Pomfrey me expulsasse 

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Bati na porta e a mesma foi aberta pelo professor que está sendo tão comentado ultimamente. —Professor, queria agradecer por me ajudar no trem e...hm...preciso perguntar umas coisas

— Certo, entre

Assim eu fiz. — Bem, o senhor foi amigo de Tyana Potter, não é ?

— Sim, e a senhorita não devia saber disso

— Eu sei. Digamos que eu tenha recebido uma carta misteriosa e ela é a remetente, o que eu deveria fazer ?

— Falar com Dumbledore, talvez. Ah não ser que tenha motivos para não fazer isso

— Tenho sim, e posso dizer que eles são aceitáveis

— Posso saber ?

— Claro, na verdade ela fala do senhor também. Aqui. — Entreguei a carta para ele e confesso que fiquei ansiosa pela reação, tanto boa quanto ruim. Alguns minutos depois ele me devolveu a carta e parecia estar digerindo as informações

— Como...como soube de tudo ?

— Lúcio me contou, ele descobriu algo sobre mim e eu usei isso para cortar o assunto. No final do segundo ano eles estavam estranhos com algo, Narcisa fazia questão de mostrar o quanto me desprezava. Por mais incrível que pareça Lúcio foi um bom pai, nunca fez nada que pudesse me prejudicar, pelo menos não diretamente.

— Sua mãe ficaria surpresa, digamos que ela e Lúcio não tiveram uma boa convivência na época da escola

— Eu imaginei que sim, amm...mas não é sobre isso que eu vim falar. Eu queria saber por que acusaram meu pai

— Ele matou pessoas Adhara, além de ter traído Tiago e Lílian

— Não. Não foi ele, ultimamente eu venho tendo visões de coisas que aconteceram no passado, e eu vi o dia em que meu tio e minha tia fizeram de Peter Pettigrew o fiel de segredo deles ao invés de Sirius

— Como pode ter certeza ?

— Não posso, mas confio na inocência do meu pai, e quando tiver chance vou provar que ele não tem culpa de nada

— Você é determinada, mas como planeja provar a inocência dele sem provas ?

— Eu tenho provas, escritas a mão. Quando fui entregue aos Malfoy, tinha que ter algo da minha verdadeira família não ?  Na minha cesta além das cartas, havia uma caixa de madeira pequena com uma chave estanha. Lúcio me entregou a caixa alguns dias depois de eu descobrir a verdade

— Suas supostas provas estão na caixa ?

- Sim, bem, estavam. Minha mãe, que graças ao bom Merlin nasceu com inteligência, escreveu um diário ao longo dos anos de hogwarts e alguns anos depois. Por pura coincidência ela escreveu sobre a mudança do fiel de segredo e por algum motivo sem nexo nenhum havia um papel mais parecido com uma ameaça, ela mandou para alguém e a pessoa respondeu, magicamente o destinatário era Peter

— E aonde esse diário está agora ?

— Eu destruí. Mas claro que eu estudei bastante Oclumência e Legilimência, é só usarem uma penseira e "boom !"

—  Garota, você realmente é filha daqueles dois. Considerando os fatos apresentados vou ver se posso te ajudar em algo, Adhara

— Obrigada padrinho ! — Dito isso saí da sala e caminhei saltitante para a comunal, só teria aula no próximo tempo

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