Park Jimin possuía duas versões diferentes de si. Na primeira, ele era um grande renomado corretor de imóveis, com uma família bem sucedida, amigos incríveis e leais, e uma gata que ele ama mais do que tudo. Uma vida extremamente normal. Na sua segu...
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O toque de meu celular foi o que me acordou de meu belo sono. Ainda de olhos fechados, me remexo na cama e rolo com o lençol cobrindo da minha cintura pra baixo até a ponta da cama. Estico o braço e dedilho a escrivaninha ao lado da cama, de onde vem o som ensurdente do toque de meu celular. Assim que o sinto, o puxo rapidamente e com ele em mãos, rolo de novo até ficar de barriga pra cima.
Sem mesmo abrir os olhos ou ver quem esteja me ligando tão cedo, eu aceito a ligação e levo o aparelho a orelha.
— Hora de acordar gambázinho!— ouço do outro lado da ligação Baekhyun gritar no meu ouvido. Afasto o celular da orelha, fazendo uma careta insatisfeita e retorno logo depois.
— Me deixa dormir, hoje é sábado! Está muito cedo pra você vir me atazanar, beijos e boa noite.— eu digo meio enrolado, com a voz rouca e frágil.
Quando penso em desligar a ligação, ele volta a gritar.
— Garoto, já passa de meio dia. E seu encontro é hoje, ou você esqueceu?— assim que ele diz tais palavras, eu abro os olhos rapidamente pela primeira vez desde que acordei. Sinto um clarear forte no meu rosto, e pisco devagar por conta disso, logo em seguida me sentando na cama com brusquidão.
— Eu, ah, porra.— eu sussurro, batendo com a mão aberta na testa e suspirando. Sim, eu esqueci. E queria ter deixado assim. Definitivamente não quero ir nesse encontro.
— Jimin, você prometeu.— sim, ele fez questão de me lembrar disso também. Droga.
Ok. Vai ser normal, simples e rápido Jimin. Vocês vão se encontrar, se cumprimentar, comer e beber e se despedirem. Sim, fácil e prático.
Respiro longamente e jogo a cabeça pra trás, fitando o espelho enorme que se encontra no teto do quarto. Nossa, meu cabelo está um ninho. Mordo meu lábio inferior e assinto pra mim mesmo. Eu consigo.
— Tá bom. Eu vou, como prometido. Diz pra esse seu primo me encontrar as 19hrs naquele bar perto da farmácia, sabe?— eu digo, enquanto encaro minhas unhas das mãos bem feitas e bonitas.
— Pode deixar! 19hrs ele estará lá. Preciso ir, estou numa loja de roupas e acho que o atendente está flertando comigo, hoje tem!— meu amigo exaspera, num tom alto e animado. Rolo os olhos mas sorrio. Baek não perde uma chance sequer. Quando eu ia dizer adeus e desligar, ouço sua voz soar novamente:— Ah, e o nome do meu primo é Namjoon, Kim Namjoon. Beijos!— e então desliga.
Kim Namjoon.
É um nome bonito. E se a pessoa do nome também for, terei problemas. Não resisto a um homem bonito. Merda, como odeio encontros.
Bloqueio o celular e o jogo na cama, olhando em volta em seguida. Está escuro, e bem silencioso. Desvio meu olhar para o meu outro lado da cama e encontro o vazio. O lençol está todo bagunçado. As cortinas da sacada estão abertas, fazendo a luz do sol clarear boa parte do quarto. Volto meu olhar pra frente, para o outro lado do quarto, e fito a mesa. Está vazia também. A mala de Jungkook não está ali. A porta do banheiro está aberta e lá dentro escuro.
