Mother?

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Meredith Grey:

O silêncio já dava o ar da graça na minha casa. Conferi todas as janelas e todas as portas antes de me arrastar para o andar de cima. A brecha da porta do quarto das meninas me permitiu assistir em silêncio Addison deitada ao lado de Ellis enquanto cantava uma musiquinha para que a pequena dormisse. 

Não que fosse tão difícil, porque ela já subiu fechando os olhinhos no colo da minha ruiva. Ela se abaixou e deixou um beijinho terno nos cabelos loirinhos da minha filha e senti meu coração bater acelerado e inundado de amor. Eu estava completamente feliz. Acho que nunca me senti assim em toda minha vida, completa em todas as esferas, mas ali, ao lado da mulher que se tornou o amor da minha vida e os pequenos amores da minha vida, eu me sentia completamente realizada.

- Ainda está acordada, pequena? – ouvi Addison sussurrar quando passou ao lado da cama de Zola.

- Eu não sou pequena – Zola sussurrou e a ruiva deu uma breve risada.

- Tudo bem, mocinha – abaixou-se e deu um beijo em sua testa.

- Tia Addie – Zola pegou na mão da ruiva – obrigada.

- Por que está me agradecendo, meu bem? – a sobrancelha arqueada típica se fazia presente.

- Porque fazia muito, muito tempo que eu não via minha mãe sorrir tanto. Tenho certeza que é porque agora ela está mais feliz de ter você para fazer carinho nela.

O sorriso no rosto de Addison se intensificou na medida em que uma lágrima escorreu dos meus olhos.

- Posso fazer um pouco de carinho em você? – Addison se deitou ao lado de Zola e suspirou antes de passar a mão pelos cabelos cacheados de minha pequena não tão pequena assim – sua mãe é uma mulher muito especial. Ela é como o sol, entende? Tudo o que ela toca irradia e ela se centraliza em tudo e em todos. Ela faz parte de tudo e conquista o coração de todas as pessoas, porque ela é bondosa, justa, afetuosa e preocupada em fazer o bem, mesmo que isso signifique pular algumas barreiras.

- A mamãe tinha um coração de pedra – Zola riu e Addison não se conteve.

- Ela é dura, porque se tornou forte.

- É, ela passou por muitas coisas – minha filha fez um biquinho – você conheceu meu pai, Addie?

- Sim, eu conheci seu pai, mocinha – a ruiva fez um bico e eu ri – muito bem.

- Você era amiga dele? Ele não tinha muitos amigos. Só o tio Sloan, mas ele também morreu.

- Prometo que um dia conto toda a história para você, mas agora está tarde e você precisa dormir.

- Tia Addie – Zola chamou a ruiva antes que ela se levantasse – me leva para comprar roupas? Você tem bom gosto. Não quero mais me vestir como uma criança – arqueei a sobrancelha com a ideia de minha filha. Droga, ela estava crescendo.

- Tudo bem, mocinha, vou conversar com sua mãe e nós duas vamos ao shopping, ok? – acariciou a bochecha da garota e sorriu lindamente – agora durma bem que amanhã você tem que ir para a escola.

- Não posso ir com vocês para o hospital?

- Sua mãe deixaria? – Addie arqueia uma sobrancelha.

- Não – faz um bico.

- Eu não estou aqui para quebrar as regras dela, querida – beijou a testa da pequena e se levantou – não seja tão espertinha – a ruiva fez um bico que eu já estava morrendo de vontade de beijar – vai ficar nos espiando? – ouvi a voz da ruiva próxima ao meu ouvido e nem percebi que divaguei.

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⏰ Última atualização: Feb 02, 2020 ⏰

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