CAPÍTULO 13

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Acordei com muita preguiça, mas quando lembrei que era o dia do torneio sai correndo para o banheiro e tomei banho. Vesti a primeira roupa que encontrei no closet. Desci e fui até a cozinha, que para minha surpresa minha mãe estava lá e ainda por cima fazendo torradas.

– Bom dia, querido! – ela exclamou toda sorridente. Estranhei essa atitude dela, era mais fácil a Susan tá fazendo alguma coisa na cozinha do que a minha mãe. Olhei para ela com cara de desconfiança. – O que é? Por quê está me olhando desse jeito?

– Hmmm... Por nada não. É só que...

– É só que o quê?

– Calma – eu disse calmamente me sentando.

– Estou calma, filho. Vou te explicar o porque estou aqui fazendo essas torradas.

– Interessante, comece.

– Muito engraçado. Está bem. Hoje é o dia do torneio, certo? Pois bem. Você vai participar, certo? – Balancei a cabeça positivamente. – Pois então, eu quero que você se saia bem nele, por isso resolvi preparar um café da manhã pra você hoje.

– Só por causa disso?

– Você não quer? Então tudo bem, Susan e eu vamos comer tudo sozinhas. Você compra algo por aí...

– Não, não, mãe. Que é isso, estou brincando.

– Espero que sim.

– Sim, mãe. Estou brincando. Desculpe. É que é muito raro você preparar alguma coisa.

– Eu sei. Mas hoje é um dia especial, então teve essa exceção.

Eu queria perguntar se ela iria assistir, então perguntei.

– Ah, você vai assistir, mãe?

– Claro que sim, ué!

– Vai mesmo? Não vai me enganar não, né?

Ela pôs as torradas no prato e me olhou.

– E eu tenho cara de que engano as pessoas, senhor Estevan?

Fiquei sem graça.

– Desculpe, mãe. Eu hein!

– Tá bem, vamos comer agora.

– E a Susan? Não vamos esperar por ela?

– Ela já saiu. Saiu bem cedo, disse que ia resolver umas coisas antes de ir para o trabalho.

– Que coisas? – eu quis saber.

– Coisas. Assunto dela, né filho? Agora chega de conversa, chega de perguntas e vamos logo comer, se não nós iremos chegar atrasados. Você não quer chegar atrasado, quer?

Fiz que não.

Pus bastante leite no meu café e comi bastante das torradas que ela fez.

– Estão muito boas mesmo – eu disse com a boca cheia.

– Estevan – ela me olhou. – os modos.

– Desculpe, mãe. – Ri.

Eu estava muito, mais muito feliz que minha mãe iria me ver cantando. Eu queria que a Susan fosse também e queria que meu pai todo atarefado e responsável também fosse.

Suspirei no banco do carro de minha mãe. Fiquei observando o trânsito que estava pior a cada dia que se passava. Íamos chegar atrasados, com certeza. Eu dei graças a Deus que o horário do torneio de música não ia ser no mesmo do de natação. Assim eu poderia assistir o torneio da Lisa e ela o meu.

VERMELHO DA COR DO CÉUWhere stories live. Discover now