𝙲𝙰𝙿𝙸𝚃𝚄𝙻𝙾 𝚇𝙸𝚅

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𝓐𝓷𝓭𝓻𝓮𝔀 𝓙𝓸𝓱𝓪𝓷𝓷 𝓢𝓾𝓶𝓶𝓮𝓻𝓼

JURO QUE adentrei no colégio durante a manhã, contudo, não é como se eu dispusesse da força necessária para irromper através das portas das salas de aula

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JURO QUE adentrei no colégio durante a manhã, contudo, não é como se eu dispusesse da força necessária para irromper através das portas das salas de aula.

Ponderei muito sobre se deveria ou não vir ao colégio hoje, contudo, me lembrei de que este é o único lugar que ainda faz sentido na minha vida. Minha casa já não é mais meu lar, se é que algum dia eu realmente pude chamá-la assim.

Minhas mãos estão doendo, não sei se foi uma boa ideia ter socado a parede ontem à noite, mas também não é como se eu estivesse sob o controle de minhas ações.

Foi uma péssima ideia ter vindo para o colégio hoje. — Minha mente me acusa — Todos poderão ver o quão fraco você é.

Por que ela simplesmente não se cala por um tempo?

Meneio a cabeça em negação algumas vezes, na tentativa de afastar meus pensamentos autodepreciativos e destrutivos; entretanto, minha tentativa foi em vão, tendo em vista que os pensamentos apenas fizeram aumentar de intensidade.

E então aqui estou eu, uma vez mais; trancado no banheiro masculino que se encontra vazio, com o peito apertado e o ar me faltando. Talvez minha mente esteja certa e eu apenas seja mais uma pessoa fraca.

Droga!

Bato minha cabeça na parede algumas vezes, não com força o suficiente para que a machucasse de verdade, apenas forte o suficiente para que uma dorzinha incômoda se fizesse presente. Quando dou por mim meus olhos já estão embaçados e as lágrimas saem sem controle algum.

Parabéns, Margareth, estragou minha vida. — Mando para minha mãe sentindo cada fibra de meu corpo se quebrar quando aperto e en em "enviar"

Mamãe costumava ser a única pessoa com a qual eu poderia contar, a única pessoa que eu poderia confiar. Mas olha só o que ela fez: mentiu para mim por quase dezessete anos e, se eu não tivesse ouvido; ela certamente nunca teria me contado.

Do que está falando, querido?   — Ela pede, posso ouvir sua voz a indagar isso em minha mente

Ela não acha que eu sou tão bobo assim; acha?  — Penso contrariado e arremesso meu celular contra a parede

Merda!

Alguém precisa parar essa bomba relógio que habita em meu peito antes que eu enlouqueça a ponto de fazer com que ela exploda de vez.

Fraco. É isso que você é, Johann, fraco! Nem ao menos sei como você foi capaz de entrar no time de futebol do colégio. Fraco!

Cala a boca. — Peço baixinho e me levanto indo para a frente do espelho

Ver o meu reflexo apenas me dá mais ódio. Eu não gosto de ver no que estou me tornando, não é nada agradável para mim ter de olhar no espelho e me deparar com um garoto quebrado me encarando de volta.

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