𝙲𝙰𝙿𝙸𝚃𝚄𝙻𝙾 𝚇𝚅𝙸𝙸

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𝓖𝓮𝓷𝓮𝓿𝓲𝓮𝓿𝓮 𝓓𝓪𝓿𝓲𝓼

𝓖𝓮𝓷𝓮𝓿𝓲𝓮𝓿𝓮 𝓓𝓪𝓿𝓲𝓼

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— Johann, eu... — Travo nas palavras, não é como se eu esperasse que ele fosse dizer algo do gênero.

Eu não consigo pronunciar mais nada dali para frente, é como se eu tivesse criado uma barreira em volta de mim, é como se eu ouvisse que sou bonita porque as pessoas são obrigadas a me dizerem isso, e não porque elas realmente querem. Acho que ninguém nunca me achou bonita de verdade ou, se achou, nunca me disse isso.

Ouvir ele falando que me ama do jeito que eu estiver está completamente fora de cogitação, ele não pode fazer isso; não pode achar que vai me ganhar com essa, garanto que ele está zoando com a minha cara.

Mas ao mesmo tempo, eu não consigo deixar isso escapar; eu passei a vida toda ouvindo da minha mãe que eu deveria ficar com alguém que fosse sincero comigo. Ela pode ter sido uma megera por me deixar desse jeito que eu estou agora, contando todas as calorias do meu prato e vomitando todas elas no final do dia, mas a maior lição que ela me passou foi aceitar apenas quem realmente quer ficar comigo.

Tudo bem que ela foi a pessoa que mais destruiu a minha autoestima durante a minha pré-adolescência e adolescência. Ela nem existe mais e ainda me persegue querendo que eu continue seguindo o padrão que ela me impôs poe tanto tempo.

Pedir ajuda passou na minha mente várias e várias vezes, mas o que seria de mim se eu não contasse todas as calorias que eu como? O que seria de mim se eu deixasse toda a minha reputação de lado?

Por mais sincero que Johann tenha sido comigo, de alguma forma isso não entra na minha cabeça, parece mais um jogo dele, que eu quero participar.

— Olá — Beverly diz, se aproximando de nós.

Suspiro internamente, aliviada. Ela me salvou de um momento constrangedor. Não que ter ignorado Johann do que ele disse por vários minutos não tenha sido constrangedor. Sorrimos para ela, tento não parecer tão falsa, mas a situação anterior me deixou tão desnorteada, que a antipatia agora nem é o motivo principal.

— Olá — Johann responde em voz alta.

— Posso? — Beverly pergunta, se referindo a sentar.

Não é como se ela precisasse pedir para se sentar, eu não sou tão babaca assim; ou sou?

— À vontade — digo, a minha voz pode realmente soar um pouco antipática agora, mas às vezes é inventável.

Um silêncio se instaura entre a gente por um grande período de tempo, não convivemos com a Beverly a ponto de realmente termos assunto para conversar, apenas olho para Johann em alguns momentos; não podemos continuar a nossa conversa agora, não com ela por perto. Claramente ela notou a tensão entre a gente.

Assim que o tempo demora uma eternidade para passar, os outros membros do Grêmio finalmente chegam.

— Beverly, esses são Elijah, Evan, Havena e Dora; os nossos membros do Grêmio — apresento eles. — Pessoal, essa é a Beverly, a nossa nova integrante do Grêmio.

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