Destrua o Vante (TaeKook/VKook)

Capítulo 2: Vinte e sete cortes

P.O.V.JK

Interrompo meus pensamentos sobre Vante, voltando a atenção pro senhor Yoo.

- A Bangtan não é uma Márfia qualquer. Se duvidar, é a maior e mais poderosa que a Coreia do Sul já teve. Cada mínimo detalhe, palavra e ação devem ser pensadas de forma cuidadosa pra que não ocorra nenhum erro - nem mesmo pequeno - porque se tiver, podem ter certeza que a consequência será enorme. Mas não para eles, e sim para todos nós. - Cada palavra o senhor Yoo falou olhando para todos da sala, e quando seu olhar parou em minha pessoa, senti uma responsabilidade enorme ser jogada como facas para cima de mim.

- E você, agente Jeon, espero que tenha em mente, que tudo no final irá depender de si para que dê certo.

A única informação que temos foi dada ironicamente pelo próprio Vante.

Todo ano, a Bangtan hackea os dispositivos do país, mostrando uma tela em preto com um único endereço digitado nela, e em menos de 10 segundos, os dispositivos voltam ao normal.

Esse endereço é o local onde as pessoas que desejam fazer parte da Bangtan devem ir. E não são poucas, - podendo ultrapassar a casa do milhão - mas dentre elas, apenas uma se torna parte da Márfia e olha lá.

Não sabemos pra onde são levadas e o que acontece neste local, mas sabemos que depois de 24 horas todas são jogadas em um lugar desconhecido - faltando ou não uma delas - mas, com um detalhe diferente.

Todas sem memória.

Elas não lembram de nada - absolutamente nada - do que aconteceu nessas horas "desaparecidas".

Sim, eles são espertos - geniais - , mas esta esperteza será retida em um local fechado por grades, ferros e tijolos que chamados de cadeia.

Mantive o olhar firme do mais velho, sabendo que o mesmo estava me analisando, tentando encontrar algo como medo ou insegurança em minha face, lhe dissendo o seguinte.

- Não se preocupe senhor. Sei exatamente o que devo fazer.

Com o olhar ainda preso em mim por mais alguns segundos, o mesmo o desvia.

E assim tive a confirmação de que confiou em minhas palavras e no que venho lhe mostrando nesses meses de treinamente. O assegurando que não errou em escolher a mim - dentre tantos - para esta missão.

E após finalizar os últimos detalhes, me despedi de todos - menos do senhor Yoo - com uma reverência respeitosa. Tendo agora, apenas eu e ele caminhando para fora da agência, com todos nos olhando com expectativa e nervosismo, tendo poucos acenando a cabeça como forma de apoio.

Já fora da agência e saindo da floresta, seguimos em direção a estrada aberta, que depois de alguns quilômetros avistamos o ponto de ônibus - que com total discrição e naturalidade - esperamos o que nos levaria a estação de metrô.

Seguimos dentro do ônibus por cerca de uma hora e meia, até descermos seguindo em direção a rota que aguardaríamos o vagão que me levará em encontro a Bangtan e principalmente a Vante.

Com a espera de alguns minutos, ouvimos o som que nos confirmava a aproximação do vagão e quando as portas se abriram, fui impedido de entrar junto com os outros pelo senhor Yoo, me virei pro mesmo mostrando minha feição confusão, que se intensificou com a aproximação do mesmo, sentindo sua respiração quente em meu ouvido.

- O que irá fazer quando estiver entre eles, senhor Jeon?

- Descobrir quem é Vante, estudar sobre o Vante e destruir o Vante.

- Quando fizer isso, agente Jeon, o império Bangtan cairá junto. Sabe por quê?

- Porque quando se tem o rei, as outras peças seja a dama ou bispo, qualquer uma, não terá mais importância, pois teremos o xeque-mate e o jogo chegará ao fim.