Carta de Steven

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"Olá Lars,

Parece que a última vez que nós conversamos foi a anos, é engraçado quando penso nisso, por quê, de fato, foi.

Você permanece viajando pelas galáxias, após... todas as mortes. As off colors estão presentes aqui, parece que vocês brigaram, eu não tenho muito a discutir a respeito.

Mas, como você já deve ter escutado por algum lugar na galáxia, eu estou morrendo. É estranho falar isso, já que foi a minha escolha morrer. Sabe, eu quero que a Nora viva.

Após a morte de Connie, Nora foi a minha última esperança, mas ela está se tornando mais fraca a cada dia sem uma gem, eu preciso dar a ela a chance de ver a beleza que eu vi.

As cristal gens não aprovam minha escolha, Garnet diz que algo de ruim pode acontecer, caso eu faça isso, porém não posso apenas a deixar para morrer, eu a amo mais do que tudo.

Perola disse que eu deveria seguir o que eu acredito, contudo parece que ela e Garnet estão conversando sobre o futuro, e dessa vez, não haverá maneira delas cuidarem da Nora.

Lars, eu lhe imploro, por nossas aventuras, conquistas e abraços, cuide de Nora por mim. Quero que você a ensine tudo que eu não pude, que faça ela ter uma infância comum, em uma cidade comum, onde não exista resquício de gens.

Parece estúpido, mas era sempre sobre isso que eu e Connie conversarmos. Sobre como ela poderia ter uma vida comum, como ela cresceria ao redor de outras crianças.

Mesmo que eu acredite que a guerra tenha acabado, a cada dia tenho que travar uma nova batalha, com um novo ser, ou até mesmo comigo mesmo.

De qualquer forma Lars, no momento que receber essa carta eu estarei dizendo adeus para mim e para o meu eu rosa. Está na hora de deixar Nora ter a vida que sempre sonhei para ela.

Abrace a Ametista por mim, ela não fala comigo a dias, diz que não irá voltar a falar comigo até eu mudar de ideia. Mas dessa vez a dupla de baixinhos vai ter que se separar.

Com saudades,

Steven Universe."

Lars encarou a carta novamente em mãos, encarando o tumulo de Steven. A alguns metros dali, Nora corria animada tentando pegar uma borboleta. Já havia se passado dez anos desde o ocorrido.

O garoto rosa se ajoelhou e tocou a lapide com a mão aberta:

-Como os velhos tempos – ele suspirou afastando seus dedos – Nora! – ele gritou e a garota correu até ele animada – diga adeus para o seu pai.

-Tchau pai! Até ano que vem! – ela disse animada, faziam aquilo todos os anos.

Entre Rosas e DiamantesWhere stories live. Discover now